𝗖𝗔𝗣.𝟮 - 𝗠𝗔𝗦𝗦𝗔𝗖𝗥𝗘 𝗘𝗠 𝗢𝗥𝗙𝗔𝗡𝗔𝗧𝗢 𝗗𝗘 𝗗𝗘𝗡𝗩𝗘𝗥.

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𝑁𝑎𝑟𝑟𝑎𝑡𝑜𝑟'𝑠 𝑃𝑂𝑉 - 𝐶𝐴𝑃. 002

𝑀organ levantou-se, fora de controle. Pegou a faca que havia na cintura de sua saia, que nem mesmo sabia que estava lá.

As garotas atrás de Williams se assustaram, afastando-se junto de Williams. — Estou farta. F̶o̶d̶a̶-̶s̶e̶!̶ sim, eu machuquei essa vadia, mas eu só estava me divertindo. Ninguém aqui sente vontade de fazer alguma loucura, hm?— Riu ironica, antes de olhar para Williams novamente. — Não me interessa se eu fiz ou não, oque importa é oque eu vou fazer com você agora. — Morgan aproximou-se da mais velha, que agarrou seu pulso para segurar a faca. — Morgan, controle-se! — Disse, puxando a faca da mão de Morgan.

Em desespero, rapidamente Morgan deu um soco na janela de vidro, e riu quando os cacos penetraram sua carne. Com a outra mão, ela agarrou o pedaço maior que acho, puxando-o para atacar a diretora. Acertando seu rosto várias vezes, e̶s̶f̶a̶q̶u̶e̶a̶n̶d̶o̶ sua face sem dó, antes de Ayla a segurar por trás.

— Me ajudem a segurar ela! Ela está louc...a... — Morgan riu, vendo a afeição de determinação de Ayla mudar ao receber uma f̶a̶c̶a̶d̶a̶ no estômago. Morgan puxou a f̶a̶c̶a̶ de Williams, f̶i̶n̶a̶l̶i̶z̶a̶n̶d̶o̶ seu trabalho com Williams e logo acertando Ayla com força, e Ayla caiu de joelhos no chão, se engasgando com o próprio sangue.

As garotas assistindo tinham reações diferentes, algumas corriam, outras congelavam, e outras caiam em prantos abraçando umas as outras, com medo.

Morgan gargalhava a cada f̶a̶c̶a̶d̶a̶ no tórax, peitoral, e barriga de Ayla. Que chorava enquanto s̶a̶n̶g̶u̶e̶ escorria de sua boca. Por fim, a ruiva c̶o̶r̶t̶o̶u̶ s̶e̶u̶ p̶e̶s̶c̶o̶ç̶o̶ em um único golpe.

Mas aquela m̶a̶t̶a̶n̶ç̶a̶ toda não era o suficiente. Não para as vozes na cabeça da garota, não para ele.

"Só isso, Morgan? Nos dê mais!"

"Não seja fraca, isso é pouco!"

"Está com pena? Amarelou, foi?"

Gritavam repetidamente nos ouvidos da pobre adolescente perdida e fora de controle. Ah, se Morgan não tivesse cedido á v̶i̶n̶g̶a̶n̶ç̶a̶...

— C-chega... — Colocou as mãos na cabeça, em d̶e̶s̶e̶s̶p̶e̶r̶o̶ e a̶g̶o̶n̶i̶a̶. As vozes não iriam parar um segundo sequer, se ela não as obedecesse. E então, o zumbido; o m̶a̶l̶d̶i̶t̶o̶ zumbido, que servia de comando para que ela fizesse um caos em qualquer lugar.

"Eu estou mandando! Corra atrás delas, faça disso uma brincadeira."

Foi então que ela olhou para as garotas traumatizadas, sem saber oque fazer com a cena. Júlia foi a primeira a ser avistada, era seu alvo. Suas pupilas dilatam ao se levantar do c̶o̶r̶p̶o̶ já sem vida de Ayla, segurando sua f̶a̶c̶a̶ com força, antes de correr para atacá-la.

— NÃO! — Ana gritou, em desespero para salvar sua melhor amiga, agarrou Morgan pelos braços.

Morgan olhou para Ana por cima de seu ombro, então tentava soltar seus pulsos.
— Cai fora, i̶d̶i̶o̶t̶a̶! — Disse a ruiva, e então Ana apertou mais seu pulso, fazendo Morgan soltar a f̶a̶c̶a̶ ; que caiu em Julia, fazendo do desespero de Ana inútil.

— Julia! Ai meu Deus, me perdoa... — Disse, quando suas lágrimas de arrependimento e agonia tomaram conta da garota, Morgan foi deixada de lado e Ana abraçou Julia. — Julia, por favor, me perdoa... — Julia estava s̶a̶n̶g̶r̶a̶n̶d̶o̶ em seus braços, e foi então que Ana escutou um estrondo atrás de si. "Mas oque?" Pensou, ao olhar para trás e ver Morgan desmaiada no chão e̶n̶s̶a̶n̶g̶u̶e̶n̶t̶a̶d̶o̶.̶ Deu de ombros, o importante agora era sua amiga machucada.

— Ugh... Ana, eu acho que... — Julia se esforçou para falar, mas a f̶a̶c̶a̶ em sua barriga havia causado um certo estrago. — Julia, fica quieta... — As outras garotas estavam de costas para Morgan, preocupadas com Julia. — Ana, vamos ligar para uma ambulância ou algo assim! — Disse Amber, e Ana acenou para que elas fossem rápidas.

[... ]

Já eram por volta de 20:23 da noite, e as garotas estavam reunidas na sala de estar do orfanato.

Apenas 16 das 31 (incluindo Morgan) viveram. Todas estavam desacreditas, bom, as que não estavam no hospital. Eu poderia fazer uma lista do nome de cada garota que morreu naquele dia, no dia 12 de abril de 2009, assistir aquilo foi uma tortura. Cada segundo, cada grito agonizante... Tente imaginar...

Bem, não eram só garotas naquele orfanato. Haviam diversos meninos também, mas, Morgan não teve pena de quase nenhum...

Você sabe...

Sabe a sensação de ver aquelas pessoas morrendo... E não poder fazer nada para impedir...? Não é uma experiência que todo mundo divide. Como virar mocinha, ou ganhar um primeiro beijo.

Você já presenciou o último suspiro de alguém que ama muito? Ou alguém que convive com você por muito tempo?

Alice, Annabeth, Ayla, Catarine, Dayse, Dalya, Esther, Gabriela, Isabella, Jully, Katharina, Laurence, Laura, Lila, Arthur, Thomas... Todos. Mortos.

Vidas que acabaram tão cedo...
Logo aquilo sairia nos jornais; "Massacre em orfanato na cidade de Denver" ou "Mais de 20 adolescentes foram mortos em Denver, Colorado..." e ninguém poderia fazer mais nada para ajudar.

Amber, já exausta com todo aquele silêncio agonizante, levantou-se do sofá.

Como vocês conseguem ficar tão calmos depois de tudo que aconteceu hoje? Quer dizer... Foi tudo tão rápido, nosso amigos estão no hospital e outros... — A cacheada suspirou cabisbaixa, mas logo voltou a falar. — Morgan sumiu, e não podemos deixar que outras pessoas resolvam isso. Precisamos... Fazer algo...

Chrissy suspirou, abraçada com sua bff Margareth. — Cala a boca dela, por favor... — Resmungou, e Kelly pronunciou-se — Amber, temos que aceitar. O que você quer fazer? Sair por aí e dar uma de detetive? Não. Morgan não está desaparecida, ela é uma fugitiva com motivos agora. E não há nada que possamos fazer. — Amber permaneceu em silêncio após sua fala.

Ela ainda é nossa amiga...? — A pequena Sarah perguntou em seu tom ingênuo.

Não. Morgan machucou nossos amiguinhos, e nos traiu... Agora Morgan está contra nós, entendeu, Sa- — Margareth tampou a boca de Milly, e logo olhou para Sarah.

Morgan sempre vai ser nossa amiga, e eu acredito que há um motivo para seu surto. — Chrissy concordou, antes de pegar Sarah em seu colo. — Isso mesmo, Morgan sempre vai ser nossa amiga. Tem um motivo para ela não ter nos machucado... Só não sabemos qual...

[... ]

"𝑇𝑎𝑟𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑖𝑠, 𝑞𝑢𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑀𝑜𝑟𝑔𝑎𝑛..."

"

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𝗔𝗦 𝗩𝗢𝗭𝗘𝗦 𝗤𝗨𝗘 𝗧𝗘 𝗣𝗘𝗥𝗦𝗘𝗚𝗨𝗘𝗠. - 𝙏𝙄𝘾𝘾𝙄 𝙏𝙊𝘽𝙔Onde histórias criam vida. Descubra agora