Terceiro

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O calor que permeava aquele quarto era resultado direto da tensão sexual entre nós. A música abafada lá fora e os beijos intensos indicavam o quão próximo estávamos de nos entregar a atos impuros naquela pequena sala, que talvez não suportasse o fervor dos nossos corpos.

A mistura de suor e os corpos se esfregando como se fosse essencial para a sobrevivência faziam minha mente se desligar do mundo lá fora. Jamais imaginaria que, ao sair para beber numa noite comum, acabaria envolvido num encontro carnal no camarim de um bar qualquer, com um completo estranho.

Talvez eu precisasse daquilo; minha vida sempre saturada de livros e ansiedade pelo futuro me impedia de aproveitar convites para sair, preferindo trabalhar incessantemente em meu quarto. Sim, eu realmente precisava de uma foda satisfatória para poder recarregar minhas energias.

— Ei, ei… — Chamei sua atenção, ajeitando-me abaixo de seu corpo. Olhando em seus olhos escuros, retirei delicadamente fios de cabelo de seu rosto, observando o contraste da luz vermelha na sala sobre suas bochechas, realçando a beleza peculiar do homem diante de mim. — Não quero fazer nada aqui, podemos procurar um lugar mais reservado?

— Claro, para onde o Príncipe deseja ir? — Sorriu com malícia, deixando um selar em meu pescoço que arrepiou minha pele.

— É difícil dizer, mas não acho que em minha casa seja o ideal.

— Então o loirinho ainda mora com os pais? — Riu suavemente após meu assentimento. — Certo, não me surpreende um bebê desses ainda estar sob supervisão. — Levantei-me quando sua mão se estendeu na minha direção, arrumando minhas roupas e os cabelos em desordem.

— Não me trate como um bebê, sendo que você está prestes a foder comigo. — O observei pegar a sua jaqueta que estava em cima de uma cadeira, em seguida apanhar uma chave na penteadeira.

— Eu não vou foder com você, eu vou foder você. — Caminhou novamente até mim, agarrando a minha cintura.

— Uau, que diferença faz. — Sorri, recebendo uma mordida em meu lábio inferior. — Vem, vamos logo.

Segurando a mão tatuada, dirigi-me à porta da boate para sairmos, atravessando a multidão de clientes, alguns já embriagados, outros quase se entregando nos sofás, alguns até lançando notas para dançarinos que faziam striptease no palco, um caos impregnado de cheiro de bebida e cigarro.

Lá fora, o moreno me ofereceu um de seus capacetes ao chegarmos à sua moto, exibindo um dragão vermelho destacado no lado direito sobre um fundo preto, um design impressionante. Agarrei a cintura atlética quando a moto começou a percorrer as ruas iluminadas de Seul, com a sensação de que ele acelerava de propósito, incentivando-me a apertá-lo ainda mais, acompanhado por suas risadinhas cada vez que eu o fazia.

Pouco tempo depois, entramos no estacionamento de um prédio. Ele estacionou a moto perto do elevador, e descemos, entrando na cabine de metal. Observei-o pressionar um botão, voltando-se para mim quando as portas se fecharam.

— Jeon... há câmeras aqui. — Ronronei sentindo seus beijos quentes em meu pescoço e orelha, embora na verdade eu mal me importasse; se pudesse, transaria com ele ali mesmo. — Para com isso, vai...

— Eu percebi que você gosta de ser observado, putinha safada. — Sussurrou com a voz rouca junto ao meu ouvido. — Lá no fundo você tá gostando disso.

— Você é um ótimo observador. — Ri, mas antes que eu pudesse fazer mais alguma coisa, sua boca colou na minha bruscamente, beijando-me com certa violência. Nossas línguas, novamente, brigavam por espaço, mais desesperadas do que antes, agora sabendo que estávamos prestes a transar de verdade, e eu sabia que, uma vez começado, não iríamos querer parar.

Sex Demon | JJK+PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora