Quarto

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#contémgatilho

Entre as ruas congestionadas, onde carros se apressavam entre semáforos e buzinas, a pressa era palpável. Era o fim de mais um dia de trabalho, e cada motorista ansiava apenas por chegar em casa. Essa cena cotidiana revelava a triste rotina desses humanos, dedicando suas vidas a empregos que muitas vezes pareciam vazios, apenas para enfrentar a repetição diária mesmo que, no final das contas, teriam o mesmo destino: morrer sozinho debaixo da terra, sem levar consigo nada do que conquistaram ou tentaram conquistar.

🍑

Essa reflexão ecoava em minha mente enquanto eu girava distraído um copo de uísque entre os dedos. Com um movimento brusco, esvaziei o líquido amargo, sentindo-o queimar como fogo ao descer pela minha garganta.

— Senhor Jeon, Christian está livre para recebê-lo. — A voz do segurança interrompeu meus pensamentos, anunciando que meu em breve ex-chefe estava disponível para me encontrar. Levantei-me sem demora.

— Já era hora.

Caminhei pelo corredor que se abria à minha frente, deixando para trás o segurança. Ao entrar na sala, um suspiro silencioso escapou enquanto eu observava Christian a sós com uma das dançarinas do bar. Respirei fundo, esperando pacientemente que a cena terminasse. Finalmente, a mulher se levantou do colo dele e se retirou, deixando-nos a sós.

— Fiquei surpreso ao ser notificado de que queria falar comigo. Não é todo dia que isso acontece, não é?

Christian e eu nunca nos demos bem, alimentado pelo seu arrogante senso de superioridade. Ele se achava no direito de menosprezar todos aqui, como se fôssemos inúteis e restos a serem descartados. Quantas vezes desejei desfigurar aquele rosto peludo, arrancando cada um de seus dentes por cada palavra repugnante dirigida a mim e aos meus colegas? No entanto, contra minha vontade, foi ele quem nos tirou do fundo do poço, a mim e a todos nós. Assim, mesmo relutante em admitir, eu sentia um sentimento de gratidão a ele.

— Vim me demitir. — Declarei, cortando o ar com a firmeza da minha decisão.

O sorriso sarcástico de Christian desapareceu rapidamente, surpreendido pela minha iniciativa direta. Ele suspirou profundamente e se levantou, dirigindo-se à pequena adega à esquerda de sua mesa. Serviu-se de uma bebida na qual eu não me dei ao trabalho de adivinhar qual era.

— Não me faça rir. — Ele respondeu finalmente, quebrando o silêncio tenso que ele mesmo havia criado. Virou-se para mim, seus olhos exibindo o habitual desdém. Eu suspirei, impaciente com seu comportamento previsível. — Não seja ingrato, Jeon. Fui eu quem proporcionou este lugar para você. E agora, simplesmente quer abandonar tudo e partir? Com que direito você pensa que pode fazer isso?

— Se você não vai aceitar minha demissão, tudo bem. Engula-a, estou saindo. — Declarei, virando-me para deixar a sala.

— Vai abandoná-lo? — Sua voz ecoou estática, fazendo-me parar na porta. Segurei meus punhos ao lado do corpo, cerrando os dentes. — Uau, o que aconteceu com você? O que te ofereceram para largar tudo, especialmente aquela vagabunda e partir?

— Não o chame assim. — A minha voz cortou o silêncio, fazendo-me virar bruscamente.

— Como é?

— Ele não é nenhuma puta, nunca foi. Esse não é o lugar dele, e você sabe disso.

Christian soltou uma risada ácida.

— Ah, você sabe muito bem que é. Imagina quanto dinheiro eu já consegui lucrar com aquele rostinho bonito? Quantos caras já pagaram para foder aquela bunda, e só você tinha esse privilégio…

Sex Demon | JJK+PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora