Segundo

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Perdi o pouco equilíbrio mental que me restava quando o homem, cujo nome ainda desconhecia, começou a distribuir beijos em meu pescoço, fazendo os pelos do meu corpo arrepiarem-se e meu ventre revirar-se em desconforto.

Recusava-me a acreditar que estava prestes a envolver-me com um demônio, aquilo sequer parecia ser real, mas seus toques desafiavam essa negação.

Talvez me arrependa de ter mexido naquele tabuleiro; nunca mais lerei algo em outra língua sem compreender seu conteúdo. Se eu me controlar doravante, evitarei cair nas mãos de um possível demônio tarado, prometendo satisfazer-me ao ponto de obscurecer meu raciocínio.

- Você ficou calado de repente. Não está gostando, hmm? - Olhei para ele, que me encarava com uma expressão safada, prestes a responder até que pressionou a joia em meu mamilo direito, arrancando, contra minha vontade, um arfar surpreso. - Piercing no mamilo... você é uma verdadeira caixa de surpresas, não é?

- Ei, espera. - Chamei sua atenção. - Você poderia ir com calma?

- Calma? - Ele inclinou a cabeça confuso. Mordi nervosamente meu lábio inferior, concordando com a cabeça diante de sua pergunta. No entanto, assustei-me ao ouvir sua risada maliciosa mais uma vez. - A única "calma" que terei é em apreciar minha porra saindo da sua bunda.

Meus olhos se arregalaram, soltando um grito agudo ao ser virado de bruços sem dificuldade alguma. Apertei os lençóis e virei o rosto em sua direção, mas ele forçou minha cabeça de volta sobre o travesseiro deixando-me tenso, pois desconhecia seus próximos movimentos, a escuridão do quarto não colaborava, e eu tinha quase certeza de que ele não seria nenhum pouco gentil.

- Não há necessidade de ter medo. Estou aqui apenas para lhe proporcionar prazer. - Sua mão deslizava suavemente pelas minhas costas. Fechei os olhos e respirei fundo, tentando manter a calma, até sentir beijos calorosos em meus ombros, acompanhados de sua respiração quente. Esfreguei o rosto entre os travesseiros e puxei os lençóis com certa força, buscando conter os arfares teimosos que queriam escapar de minha boca. - Seu medo não me alimenta, mas sim o desejo que se acende ao meu toque.

A cada palavra rouca e sussurrada que escapava de seus lábios, eu me sentia diminuir, como uma ovelha à mercê de um lobo faminto. Isso me assustava, pois, olhando por outro ângulo, era exatamente assim que me encontrava.

- Quando tudo isso acabar, você pretende me matar? - Encaro-o novamente, seus olhos fixos nos meus, refletindo claramente meu medo nos olhos avermelhados.

- Te matar? Não, é claro que não. - Sua mão sobe, pressionando gradualmente meu pescoço, causando uma tosse devido à falta de ar. - Matar não está nos planos, mas fazê-lo desmaiar, oh, talvez sim.

Fechei os olhos com firmeza, suportando o aperto no pescoço que, ao ser solto, fez minha testa encontrar o colchão. Minha respiração desordenada revelava o quanto aquilo me afetou.

Antes de me recuperar, o indivíduo me virou novamente, retirou o roupão vermelho sedoso e, com alguma dificuldade, notei o volume na boxer preta, quase me afastei assustado se ele não tivesse me segurado.

- Shh... relaxa, são só 32 centímetros.

A afirmação me fez arregalar os olhos, ele sorriu de lado e, sem aviso, sua boca encontrou a minha em um beijo rápido e intenso. Eu tentava acompanhá-lo, resultando em batidas nos nossos dentes.

Sex Demon | JJK+PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora