22 - Não me deixe.

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Momo fez questão de me deixar em casa após rodarmos praticamente o shopping inteiro. Se tem uma coisa em que ela não mudou nada, é em gastar dinheiro. Momo sempre esbanjou dinheiro por aí, ela não se importa com as contas em seu cartão de crédito. Eu já sou o contrário, não gosto de gastar muito. Não vejo necessidade, mas cada um com seus costumes.

Acho que nunca, nesses vinte e oito dias, me senti tão feliz em voltar para a casa. Meus pés estão latejando, e eu não aguento mais esse casaco enorme.

Está de noite, as luzes de minha casa estão acesas. Não faço ideia se Jihyo já está em casa ou se ainda está no estúdio. Adentro a casa e logo sinto cheiro de biscoitos de banana com chocolate, são inconfundíveis.

- Mama chegou.

Joongho grita do sofá assim que me vê na porta, abro um sorriso, deixo as sacolas cairem aos meus pés eme abaixo para abraçá-lo. Joongho agarra meu pescoço e eu aspiro seu perfume, perfume esse que parece de Jihyo. Levanto do chão com o pequeno, dou milhares de beijos em sua

bochecha, ele gargalha de olhos fechados.

- Que saudade, meu amor. - O abraço com mais força, sentindo o calor do corpinho dele. Não existe sensação melhor do que abraçar um filho, é uma coisa inexplicável. Um sentimento tão forte que sufoca. - Sua mãe está em casa?

- Foi preparar chocolate quente. -Responde quando o coloco no chão, ele não me dá nem tempo de retirar meus saltos e já sai me puxando em direção a sala. Vamos assistir um filme, vem assistir com a gente.

Na mesa de centro vejo uma bandeja cheia de biscoitos com gotinhas de chocolate. Um dos meus favoritos, impossível não reconhecer o cheiro de longe. Sento-me no sofá, Joongho senta em meu colo, de lado com a cabeça deitada em meu peito.

- E está prontinho… - Jihyo aparece na sala e surpreende-se ao me ver ali. - Chegou agora? Nem ouvi barulho do carro lá fora.

- Acabei de chegar. - Joongho desce de meu colo e vai até a mesa de centro para pegar uma das canecas que Jihyo trouxe. - Cuidado para não queimar a lingua.

- Pode deixar.

Ele diz e senta no chão ao lado da mesinha de centro, as pernas cruzadas em forma de índio. Volto a olhar para Jihyo que está de pé ainda, olhando-me.

- O que foi?

- Deveria ser tão erótico você toda séria assim?

Arregalo os olhos ao ouvi-la, Jihyo vira a cabeça um pouco de lado e fica me observando. Meu rosto começa a esquentar, minhas bochechas devem estar da cor de uma pimenta malagueta. Jihyo abre um sorriso, maldita! Então esse é o jogo dela?

- Mamãe… - Desvio o olhar daquela sem vergonha e olho para Joongho, que está de lado assoprando o chocolate na caneca. - O que é eroti… Erotic... Isso aí que a senhora disse. O que é?

Meu queixo cai um pouco e olho para Jihyo, que está tão, ou mais boquiaberta que eu. Mas então sorrio, bem feito. Ninguém mandou ficar falando esse tipo de coisa, ainda mais perto do nosso filho.

- É mãe, o que é erótico?

Sorrio cínica para Jihyo, que fecha a cara e me fuzila com o olhar. Ela respira fundo e olha para Joongho, o pequeno está com o olhar vidrado nela esperando a explicação.

- Erótico é.. Hm, é...Uma coisa...Como eu posso explicar. - Começa a gesticular com as palavras, deixo uma pequena risada escapar e ela me olha como se tivesse lazer em seus olhos. - Quando você tiver mais idade eu te explico.

Stupid wife - sahyoOnde histórias criam vida. Descubra agora