Minatozaki-Park Jihyo's Point Of View.
Vazia
Se eu puder me definir nesse momento, a única palavra que se encaixa é essa. Porque é assim que tenho me sentido. Vazia, completamente. É como se algo dentro de mim tivesse morrido com o bebê que estava em minha barriga, bem, de fato algo morreu. Uma parte de mim, outra vez. Mas dessa vez eu queria mais do que antes, era a chance perfeita que eu precisava para ter a minha Sana de volta outra vez, por completo.
Infelizmente eu não poderei fazer isso.
Não com um filho.
Eu não consigo dar um filho a ela. O quão merda isso é? É meu sonho, embora ela não se lembre, é o sonho dela também. Nós planejávamos isso desde antes de nos casarmos. Era o sonho dela me ver grávida.
- Você vai ficar linda com um barrigão. - Ela dizia e alisava minha barriga sem nenhuma protuberância. - Eu vou te mimar tanto. Será a grávida mais linda do mundo.
Sinto vontade de chorar ao lembrar desse dia. Era de uns oito anos atrás, na semana em que decidimos ter um filho. Eu deveria dar à luz ao nosso pequeno, fora minha decisão, tanto porque eu queria ser mãe e ela queria me ver grávida, quanto pela carreira que Sana estava seguindo. Ela estava começando a ganhar uma fama, eu não queria atrapalhar ela com uma gravidez. Eu não poderia ser egoísta com ela, afinal ela me deu tanto apoio para seguir meu sonho.
E eu queria dar um filho a ela. Céus! Como eu queria. Os olhos dela sempre brilhavam tanto quando ela falava em me ver grávida de um filho nosso. Sana estava empolgada, muito empolgada. Só que infelizmente não deu certo, eu perdi nosso filho três semanas depois de saber que estava grávida. Foi um dos piores dias da minha vida.
Lembro que Sana chorava tanto ao ponto de perder o are engasgar com seus soluços quando chegamos em casa. Eu apenas não tive reação nos primeiros dias. Depois entrei em algum tipo de depressão profunda e passei a chorar todos os dias. O pior de tudo, além da minha dor, era ver as pessoas ao meu redor sofrendo por minha causa. Todos me olhavam com dor nos olhos ao me verem afundar cada vez mais.
Principalmente ela. Sana ficou acabada, mas não saiu do meu lado em momento algum. Esteve sempre ali, me dando colo todas as noites e enxugando minhas lágrimas.
Ela é, e sempre será meu refúgio. Minha sanidade é ela quem mantém.
Meses depois que me recuperei, resolvemos tentar outra vez, infelizmente a inseminação não deu certo. Então, um mês depois, Sana decidiu desistir de sua carreira para me dar um filho. Eu juro que tentei impedir, de todas as formas.
Disse que poderíamos adotar uma criança, mesmo que demorasse. Mas ela estava decidida. Queria ter um filho, queria me dar um filho.
Foi a maior prova de amor que ela me deu. Afinal, ela abriu mão do sonho dela para realizar um dos meus. O quão maravilhoso isso é?
Mimei Sana de todas formas possíveis, ela merecia o melhor, merece e sempre vai merecer, independente de tudo. Não sei explicar a imensidão do amor que sinto por ela, é algo bem maior do que eu, maior do que tudo. E vê-la grávida de um filho nosso, foi a maior felicidade da minha vida. Eu realizava todos os desejos dela com um sorriso no rosto, até mesmo quando ela me acordava de madrugada querendo de arroz com chocolate a comer giz de cera com espinafre e sorvete. Ela ficou ainda mais linda com o barrigão de grávida. Eu lembro que acordava de manhã e ficava olhando para ela, a barriga redondinha, onde nosso pequeno filho estava. Ficava horas a admirando, eu fui uma boba, mas gostava daquilo.
Mimar ela é quase um hobby.
Sana... Como explicar o que ela significa para mim? E posso dizer que depois que ela me deu o Joongho, eu passei a amá-la ainda mais. O que sinto por ela pode ser considerado dependência para alguns, obsessão para outros e doença para aqueles que não sabem o que é amar alguém tanto ao ponto de ser capaz de perder sua vida pela pessoa. Eu arranco o coração do meu peito com as mãos se ela me pedir.
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Stupid wife - sahyo
Fiksi PenggemarVocê já se imaginou casada com alguém que você nunca suportou na vida? Sana também nunca havia imaginado isso, muito pelo contrário. Era para ter sido apenas mais uma manhã normal, Sana acordaria, tomaria seu café com sua família, depois iria para a...