Stupid wife - sahyo

17 - Eu gosto quando você me chama de amor.

- Essa aqui, no nosso baile de formatura.

Jihyo diz e aponta para uma das milhares de fotos penduradas ali, vou até ela e olho para a foto. É impossível não sorrir ao ver a versão mais nova minha e de Jihyo juntas, na foto eu estou sentada de lado em seu colo, Jihyo está com a cabeça recostada em meu colo, seus olhos estão fechados e ela sorri. Meu sorriso na foto não é menor que o dela, parecemos felizes.

- Nós fomos juntas?

- Sim. Continuo olhando para a foto, tento forçar minha mente para me lembrar desse dia, mas não acontece. - Eu aluguei uma limusine gigante, você quase infartou quando viu.

Ela conta e gargalha, olho para ela e sou contagiada pelo som de sua risada. Sua cabeça sendo balançada de um lado para o outro, Jihyo morde o lábio inferior e olha para baixo.

- Isso é a sua cara. - Ela levanta a cabeça ao ouvir meu comentário. - Me lembro bem do quão exagerada você era no colégio, acha que me esqueço daquela sua moto gigante?

- Ela nem era tão grande assim.

- Era sim. O dia que você me deu carona, eu quase morri, eu pensei que saíriamos voando com aquele troço.

- Que exagero, amor. - Mordo os lábios e dou um pequeno sorriso ao ouvi-la me chamar daquele jeito. - E-eu... Saiu sem querer.

Olho para ela que está com as bochechas coradas, junto as sobrancelhas confusa.

- O quê?

- Eu te chamei de amor... Foi sem querer.

Esclarece, a expressão em meu rosto suaviza, hesitante dou um passo para mais perto dela. Jihyo me olha quase sem piscar, e se mover. Nem sei dizer se ela está respirando, mas acho que não. Aproximo o meu rosto do seu e quando eu estou prestes a juntar nossos lábios, o celular dela começa a tocar. Saltamos uma para longe da outra por causa do susto.

- Jesus!

Exclamo levando uma mão até meu peito, Jihyo solta uma risadinha nervosa e busca pelo aparelho em seus bolsos, quando ela finalmente o acha logo atende a ligação.

- Oi, pai. - Me recupero do susto aos poucos. - Não, eu vim dar uma volta com a Shasha... Sim, nós viemos aqui no sítio. - Ela me olha e sorri enquanto ouve o que seu pai diz. - Já estamos indo, okay.

- Vamos embora?

É impossível não notar a decepção na minha voz, e com certeza Jihyo notou.

- Sim, mas nós podemos voltar amanhā ou quem sabe dormir aqui...

- Aqui?

- Não aqui na casa da árvore, mas na casa lá na frente. - Ela explica apressadamente e eu acabo sorrindo de seu jeito meio afobado. Jihyo se afasta da parede e ajeita suas roupas. - Vamos?

Me chama e apenas concordo com a cabeça, estamos quase saindo da casa quando eu a seguro pelo pulso. Jihyo me olha sem entender e antes que ela possa falar algo, seguro o seu queixo com minha mão livre e selo nossos lábios. Ela suspira com força, o ar batendo contra meu rosto. Sinto Jihyo apertar minha cintura e então aprofunda o beijo. Nossos lábios se movendo lentamente, como se estivéssemos dançando numa valsa.

- Só para deixar claro, eu gosto quando me chama de amor.

Confesso após pararmos o beijo, me afasto um pouco de Jihyo e a vejo abrir um enorme sorriso. Zeus! Que sorriso mais perfeito ela tem. Eu acho que tenho uma queda por ela.

Na verdade tenho um abismo por ela inteira... E só parece aumentar.

Eu simplesmente não consigo tirar os olhos dela.