◇ 𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟐 ◇

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A noite, grande parte do acampamento reúne-se diante de uma grande fogueira para comemorar o sucesso do resgate de Jacob. Música, comida, dança e risada são um prato cheio para os olhos de qualquer um que visse. Nala observava toda a movimentação de um canto afastado do grupo, e uma estranha sensação de aconchego preenchia o seu peito. 

 - Você não parou um minuto sequer desde que chegamos. Sempre preocupada com o tratamento dos feridos, ou procurando ajudar quem quer que seja. - Jamal aproxima-se, a entregando um copo com bebida. - Seu pai estaria orgulhoso de você. 

 - Para vocês foi só mais uma batalha, mas para mim, foi a primeira e saber que nos saímos tão bem, me deixa muito feliz. Jacob já acordou? 

 - Sim, ele pediu para vê-la.

 - Então irei agora mesmo. 

Ela vai em direção a tenda onde Jacob estava, ao entrar, aproxima-se de cama, e senta-se ao lado dele.

 - Imagino que tenha sofrido bastante durante esses últimos dias, me perdoe por não ir te resgatar antes. Tem muita coisa sobre mim que você precisa saber. - diz ela.

 

Ele a olha, e põe as mãos no rosto dela. Os olhos dele começam a brilhar em um tom amarelo e em seguida, como se estivesse em transe, ele diz: 

 - Você não veio desse mundo, mas agora está aqui, o lugar a onde pertence. Você já estava destinada a aparecer aqui, isso iria acontecer a qualquer momento. 

 - Bom isso é o que me disseram. Então, você já sabe o motivo de eu não ter lhe resgatado antes, me perdoe, se a Nala de vocês estivesse aqui, ela já teria o resgatado.

 - Não há outra, sempre foi você. 

Ele retira a mão de seu rosto, e seus olhos voltam ao castanho-escuro que ela havia visto mais cedo. 

 - Você é um bruxo, não é? Será que você consegue me ajudar a voltar para casa?

 - Eu sou só um aprendiz de feiticeiro, minha habilidades atualmente são apenas visões do passado, presente e futuro, e alguns feitiços simples. Não tem como lhe ajudar, mas se o destino quiser, logo você retornará. 

 - Eu entendo. - a voz dela sai um tanto desanimada. 

 - Há outra coisa que eu gostaria de lhe dizer, você não deveria ter me resgatado. 

 - Por que não? Me disseram que somos como irmãos. 

 - Sim, nossa relação é essa. Mas Trafalgar, o "Rei Cruel", sabia disso. Ele deu a ordem para Szafir fazer o acordo e assim poder observar seu desempenho. Ele estava nos espionando no momento da troca. Ele quer saber suas estratégias para lhe derrotar com mais facilidade. 

 - Foi uma boa estratégia, mas não tem problema, não me importa se ele é humano, bruxo, ogro ou seja lá o que for, eu irei derrubá-lo do trono. Esqueceu? Eu nunca fujo de uma luta!

 

... Enquanto isso, no castelo de Bóris, agora governado pelo Rei Cruel:

 - Você é uma vergonha para meu exército! - Diz Trafalgar, sentado ao trono, olhando com desprezo para Szafir. - Estou cansado de ver você falhar em uma coisa tão simples! Ela não me parece uma oponete for, como você não foi capaz de matá-la?! Ainda deixou que ela o humilhasse daquela forma!  

 - Perdoe-me, milord. Não deixarei algo tão patético acontecer novamente. -  a voz de Szafir é quase inaudível, seu maxilar se contraia de raiva e seus dentes estavam semicerrados. 

𝐃𝐎 𝐎𝐔𝐓𝐑𝐎 𝐋𝐀𝐃𝐎 𝐃𝐎 𝐄𝐒𝐏𝐄𝐋𝐇𝐎 Onde histórias criam vida. Descubra agora