◇ 𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟑 ◇

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Três dias após a batalha, os soldados já estavam se recuperando de seus ferimentos.
O Sol estava alto, o som de cigarras ecoava na floresta, e os raios de luz apareciam entre as frestas das árvores, Nala treinava com Jamal por entre a floresta.

- Já está na hora de partirmos para o novo acampamento, sei que ainda há pessoas feridas, mas aqui não é seguro. Assim como sei que as pessoas de lá também não estão seguras.- diz ela enquanto o golpeava. 
- Terminamos por hoje, alteza, irei reunir o pessoal agora mesmo. - diz ele, recolhendo suas espadas e adagas.

Antes mesmo de saírem do local, uma ave mensageira pousou em sua frente segurando uma carta em seu bico. Nala a pega e o pássaro voa para longe, ela rasga o envelope  e em silêncio lê o que havia escrito no papel, o mesmo dizia:

"𝓣𝓮𝓷𝓱𝓸 𝓲𝓷𝓯𝓸𝓻𝓶𝓪𝓬𝓸𝓮𝓼 𝓺𝓾𝓮 𝓹𝓸𝓭𝓮𝓶 𝓵𝓱𝓮 𝓼𝓮𝓻 𝓾𝓽𝓲𝓵, 𝓮𝓷𝓬𝓸𝓷𝓽𝓻𝓮-𝓶𝓮 𝓱𝓸𝓳𝓮 𝓪 𝓷𝓸𝓲𝓽𝓮 𝓷𝓸 𝓪𝓷𝓽𝓲𝓰𝓸 𝓭𝓮𝓹𝓸𝓼𝓲𝓽𝓸 𝓭𝓮 𝓿𝓲𝓷𝓱𝓸𝓼 𝓹𝓮𝓻𝓽𝓸 𝓭𝓪 𝓐𝓵𝓭𝓮𝓲𝓪 𝓭𝓸𝓼 𝓒𝓸𝓻𝓿𝓸𝓼, 𝓿𝓪 𝓼𝓸𝔃𝓲𝓷𝓱𝓪 𝓸𝓾 𝓷𝓪𝓸 𝓪𝓹𝓪𝓻𝓮𝓬𝓮𝓻𝓮𝓲."

Ela guarda o bilhete em um de seus bolsos, e volta para o acampamento.
Depois de dar ordem de retirada aos guerreiros dali, ela comenta com Jamal o que tinha escrito no papel.

- Não está pensando em ir, está? - Pergunta ele em tom sério.
- Sim, eu irei. Sei onde fica essa aldeia, ela é abandonada, Aurora já me levou até lá.
- Alteza, pode ser uma armadilha. É perigoso, ao menos deixe-me ir no seu lugar.
- Eu sei, eu vou estar preparada. Felizmente nosso percurso até o novo local do acampamento passa perto dessa aldeia. Como vocês estarão a caminho de lá, não vao estar tão distante de mim. Caso algo aconteça, enviarei um sinal de chamas para que vocês venham a meu resgate, por hora, não comente com ninguém sobre este papel.
- Entendido. Prometa-me que ficará bem.
- Eu prometo.

Pouco tempo depois, a frota parte com Jamal na liderança. Ela os observa até eles desaparecerem no horizonte.
O horário do encontro se aproxima e Nala se prepara. Ao chegar no local marcado, ela empurra uma velha porta que range, seus passos ecoava em meio ao silêncio do local vazio, iluminado apenas pelo luar que entrava pelas frestas de telhas quebradas no teto.

- Eu sei que está aí, apareça! - diz ela sem se mover do lugar em que estava. 

De repente, uma sombra se move  na parte escura do depósito, caminhando em direção a luz.
A sombra logo se transforma na silhueta de um corpo masculino alto e forte e rapidamente se ilumina revelando o rosto de um homem que em qualquer outra hipótese, deixaria qualquer mulher a seus pés, ele vestia um traje em couro tingido de preto e seus cabelos formavam pequenas ondas escuras, ao vê-la, ele sorri maliciosamente e se aproxima em passos lentos.

- Você deve ser o maldito Trafalgar. - ela diz.
- Ah, por favor, assim você me ofende, querida. Vou começar a achar que não gosta de mim. - A ironia na fala dele era notória a qualquer um que ouvisse.
- Será mesmo? Talvez você esteja enganado.

Ele continua a caminhar e a distância entre os dois fica cada vez mais curta.

- Não se aproxime! - ela diz em um tom mais alto, abrindo sua capa e revelando adagas presas em seu corset.
- Só isso? - provoca ele.
- Acredite, se desde o início eu tivesse a certeza de que era você, teria trazido mais.

A risada dele se espalha pelo galpão.

- Queria agradecer pessoalmente pelo presente. - diz Trafalgar - Talvez eu possa retribuir o gesto, o que você gostaria de receber? A cabeça do aspirante a feiticeiro? Ou talvez, do seu braço direito? Jamal, se não me engano.
- Você não se atreveria.. - ela desembainha a espada e aponta na direção dele.
- Acha que não?

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⏰ Última atualização: Feb 16 ⏰

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