Cap. 2 NOVOS ARES

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Foi muito difícil convencer sua amiga, mas a mesma viu o quanto Bianca estava definhando, não suportaria ver sua amiga morrer de maneira trágica. Seus olhos já estavam vermelhos de tanto chorar e elas se recordavam dos momentos bons que tiveram todo esse tempo e Elisa desejou toda a sorte do mundo para ela.

Elas estariam afastadas por uma longa distância, mas não perderiam os laços de amizade, manteriam contato sempre e quando tivesse oportunidade, se veriam novamente.

De repente apareceu Gustavo, o melhor amigo de Elisa, que sempre demonstrou ter uma queda por Bianca, apesar de sempre estar trocando de namorada e nunca ter se aproximado diretamente da mesma, para confirmar isso.

Bianca sabia da história, pois sua amiga dizia isso, porém nunca deu importância para tal fato. Ela sentiu seu olhar queimando sobre si, porém ele disfarçava muito bem, ficou confuso ao ver sua melhor amiga, chorando e os olhos de Bianca marejados.

Ele as cumprimentou e estava prestes a questionar o motivo de estarem tristes, mas Bianca não queria ficar se explicando, então tomou a frente, dizendo que era hora de sua partida, precisava ir, respondendo para Elisa que talvez algum dia elas se veriam.

Bianca se despediu de Elisa, dando tchau para Gustavo, que ficou mais confuso ainda, ela seguiu em frente sem olhar para trás. Seu pai a esperava no carro para ir embora.

Ela não viu a conversa dos dois, e nem viu quando sua amiga, disparou em um choro sofrido a ponto de soluçar, sem poder dizer uma palavra a Gustavo que ficou perdido naquela situação, sua única opção era consolar sua amiga dizendo que ficaria bem e que ela precisava se acalmar.

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Enquanto Bianca seguia pela estrada em silêncio, respondendo somente algumas perguntas de seu pai, sua mente divagava pensando em como seria dali em diante. Realmente a cidade em que vivia a deixava mal, talvez erros em sua vida presente, ou maldições do passado, ela não entendia como sua vida virou do avesso daquela maneira.

Entretanto, sabia que precisava se resolver internamente, ou teria que viver assim pelo resto de sua vida, porque mudança nenhuma de cidade, modificaria seu destino pré-definido. O tempo começou a fechar, iniciando uma chuva branda, mas que não durou muito, foi algo passageiro.

Seu falecido avô, dizia que chuvas passageiras eram chuvas de bençãos, então sorriu olhando para algum ponto do céu. Ainda faltava algumas horas para chegar em seu destino, sua mãe ligou para ela, querendo saber se estava tudo bem, e se tinha se despedido de sua amiga, que confirmou tudo, conversou com ela por um tempo e depois desligou. Logo depois pegou no sono, não vendo que já havia chegado em sua antiga cidade.

Seu pai a acordou e ela olhou tudo em volta e sem perceber sorriu de orelha a orelha, parecia mais viva, como se todo o peso que carregava durante muito tempo, havia sido retirado de si, adentrou a casa e poucas coisas tinham, mas aquilo não importava, iria adquirir o que precisava com o tempo. Buscou suas coisas no carro com seu pai colocando na casa.

O mesmo ficou por um tempo lá, e fizeram compras de mantimentos, indo embora no dia seguinte bem cedo. Bianca estava sozinha em um lugar desconhecido longe de seus familiares, e torcia que tudo se encaixasse e voltasse aos eixos, no fundo, ela sentiu que daria certo e assim ela esperava.

Má sorte ou karma Onde histórias criam vida. Descubra agora