CAPÍTULO 2

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Talvez eu não devesse tentar ser perfeito

Eu confesso, que estou obcecado com a superfície

No final, se eu cair ou se conseguir tudo

Só espero que valha a pena

Nervous/ The Neighbourhood

Nervous/ The Neighbourhood

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Uma semana depois...

Já faz mais de uma semana desde a última vez em que vi ela. Por sorte, nunca nos esbarramos na faculdade. Eu não sei o que sentiria se tivesse que vê-la novamente.

Meu corpo inteiro dói quando tento levantar da cama, já faz algum tempo que comecei a praticar box. É uma forma de manter minha cabeça longe dos problemas, e principalmente, pensar com mais clareza. Meu treinador disse que sou bom, e que se eu quisesse, conseguiria me colocar em uma luta clandestina. Mas, eu não sei se conseguiria ir às corridas, e lutar ao mesmo tempo. Seria ainda mais exaustivo.

Pisco os olhos algumas vezes tentando dissipar a névoa do sono. Minha cama é ainda mais atrativa, e me faz repensar se devo ir à faculdade, ou voltar a dormir seria melhor.

A porta do quarto se abre, e uma garotinha franzina, com um urso entra saltitante por ela.

Todos os dias é assim. Uma forma de melhorar cem porcento o meu dia.

— Bom dia, maninho! Mamãe perguntou se você pode me buscar hoje na escola — ela diz se jogando em cima de mim.

Sorrio, e a pego no colo.

— Posso. Eu saio mais cedo da faculdade, não tem problema. Ela te leva? — indago.

Ela acena com a cabeça, e me dá um beijo na bochecha.

— Você é o melhor! Te amo — ela sorri, e desce, correndo em seguida porta a fora.

Ava, e mamãe foram o motivo de eu trabalhar desde cedo. Quando meu pai foi embora, a deixando com dois filhos, ainda pequenos. Eu vi o quanto ela sofria, e definhava, dia após dia. Mas tenho duas crianças para cuidar, precisava ser forte. Foi por isso que meu tio me ofereceu um trabalho como ajudante dele, apenas pegando peças. Aos poucos eu fui aprendendo tudo sobre carros, e puxei Logan para nos ajudar ali, visto que, ele estava tão fodido quanto eu. Aos quinze, descobrimos o que era corrida ilegal, e desde aí, nunca mais paramos, até nos transformamos nos melhores.

Eu sei que fizemos errado, até porque nem idade tínhamos para isso. Porém, meu tio sempre nos acorbertou, e quando a polícia pegava, era ele quem nos tirava da cadeia, foi assim que nossas mães nunca souberam sobre isso. O dinheiro, elas achavam que vinham da oficina, se soubessem da verdade, com certeza o coro ia comer.

ANDREW (SÉRIE OS BABACAS LIVRO 2, DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora