Capítulo 15

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Não se esqueça de mim

Não se esqueça de mim

Mesmo quando eu duvido de você

Eu não sou bom sem você, não, não

Doubt/ Twenty One Pilots


ALGUNS ANOS ATRÁS 

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ALGUNS ANOS ATRÁS 

— Você não vai, e ponto final! — Henry parece puto quando pega as chaves do carro.

— Do que você me protege tanto? Um dia eu ainda vou namorar, casar, ter várias crianças por aí — cruzo os braços na altura do peito.

Ele respira fundo, e se aproxima de mim, pegando em meu queixo.

— O dia que isso acontecer, eu vou esperar ele com uma arma no altar, ele vai sair correndo se souber que minha mira é boa.

Ele abre um sorriso, e eu caio na gargalhada.

— Não pode estar falando sério. Vai mesmo matar qualquer um que se aproximar de mim?

— Sim, principalmente se ele te machucar. Kris, eu queria muito te pedir uma coisa.

— O quê?

Henry se afasta, e senta na minha cama, o contraste dele com suas roupas pretas — ele só anda assim, é difícil ver alguma roupa colorida em meu irmão — em um quarto rosa, chega a ser estranho.

— Não se aproxima dos garotos.

Rio.

— Ciúmes deles?

— Não é isso. Claro que eu não posso te afastar deles para sempre, mas... tenta ficar o máximo que puder longe, ok? principalmente do Andrew.

— Vai dizer que ele é demais para mim?

— Você é demais para qualquer um aqui. Principalmente para ser minha irmã — Henry levanta da cama, e se aproxima de mim, me abraçando em seguida.

Não entendi o que ele quis dizer na época, porém, parando para pensar em tudo o que aconteceu, Henry tinha razão em cada palavra dita. Uma pena que eu não tenha escutado.

— Não é como se pudéssemos escolher isso — sorrio, e encaro ele.

Henry parece sério demais, absorto em pensamentos.

— Você tem razão. Família infelizmente não se escolhe.

— O que você tem? Parece sério demais.

— Não é nada. Eu preciso ir, os garotos estão me esperando.

— Eu quero te ver correndo.

— Aquele lugar não é pra você, Kristen, se nossos pais chegarem, diga que eu fui estudar.

Ele quer que eu minta para encobri-lo?

— Já que quer que eu minta, me traga pelo menos um lanche.

Meu irmão sorri, e bagunça meu cabelo.

— Milk-shake?

— E batatas.

— Fechado! — ele aperta minha mão, e sai.

Há algumas coisas sobre mim, que talvez meu irmão não sabe, uma delas é que eu nunca cumpro com o que ele me pede.

Caminho até meu guarda-roupas, e pego a jaqueta de couro preta que fica guardada bem no fundo, onde não fica à vista das pessoas, o capacete escondido, e uma saia da mesma cor, junto com uma bota.

Me arrumo, e escondo o cabelo loiro no capacete, ninguém seria capaz de me reconhecer assim.

Desde que meu irmão começou a me ensinar a pilotar motos, comecei a ir nas corridas, até que um dia acabei pegando a moto do meu amigo emprestada, a adrenalina de fazer as coisas às escondidas te deixa viva, principalmente que eu sei o que pode acontecer se meu irmão souber que fui eu que ganhei deles na última corrida.

Todo dinheiro pego eu dei para o meu amigo, afinal, ele precisava mais do que eu do valor.

Mando uma mensagem rápida pedindo novamente a moto, e ele me responde me mandando buscar em sua casa.

Pego um táxi até lá, chegando em poucos minutos.

— Vai ganhar de novo? — Drew indaga assim que me vê saindo, como o esperado, está me esperando no portão.

Nos conhecemos na escola, depois dele ter rodado alguns anos, é o mais velho da turma.

— Talvez. Arrumou o que estava estragado da última vez?

Ele anui.

— Você teve sorte de não ter te deixado na mão. Usei o dinheiro que me deu pra isso.

Sorrio, e subo na moto, colocando o capacete em seguida.

— Cuidado para não ser pega, sabe que pode dar ruim para mim, você é menor de idade. Tem sorte deles não se importarem com a idade de quem participa.

— Não se preocupe com isso.

Dou a partida.

— Eu volto com mais dinheiro para você investir nela.

...

Dias atuais

Minha cabeça dói quando abro os olhos, vendo o teto branco em cima de mim.

Olho para o lado vendo um acesso intravenoso em meu braço, descendo um líquido que passa por ele até minhas veias.

Alguém está ao meu lado, os cabelos loiros, vestido com um tipo de jaleco branco, os olhos escuros. Eu não esqueço desses olhos, é igual aos de nosso pai.

Henry.

Ele está aqui?

Mas como? Meu irmão mais velho morreu há mais de cinco anos atrás. Será que morri também, e aqui é algum tipo de céu?

Sua mão tatuada vem parar em meu rosto, como um tipo de carícia.

— Está tudo bem, eu prometo te tirar daqui, vou te proteger dele.

O quê?

A porta se abre, e outro cara aparece vestido com o mesmo jaleco.

— Henry é perigoso demais te verem aqui. Vamos embora logo.

— Ela acordou, você não vê?

— Sim, e pode contar aos outros sobre você.

Contar aos outros sobre o que estão falando?

Tento falar qualquer coisa que seja, mas minha boca parece seca demais para isso.

— Água — é a única coisa que sai.

Meu irmão volta a me olhar, e em seus olhos, eu sei que ele fica dividido entre me tirar de seja lá onde eu esteja, ou fugir.

— Eu volto pra você. Me desculpa por ter te causado isso.

Sua voz é a última coisa que ouço antes de desmaiar de novo.

...

VOLTEI (OU NÃO RSRS)

Só quero avisar a vocês que esse é o útimo capitulo postado aqui agora. Irei finalizar ele no of, e postar na amazon agora (a autora é pobre igual vocês, e precisa se sustentar) tudo sobre Andrew na época de lançamento será avisado no meu instagram, então quem não me segue lá, já aproveita autorabisognin em todas as redes sociais.

ANDREW (SÉRIE OS BABACAS LIVRO 2, DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora