Capítulo 1: Arrependimentos e uma segunda chance

121 10 9
                                    

Chase pov

Marshall... Um nome de alguém especial... De um dálmata muito querido... Eu me lembrava das vezes de quando nós passamos o tempo juntos, dos tempos felizes. Eu me lembro... Eu também me lembro do seu sorriso, das suas risadas, da sua fofura... Eu fico com vontade de chorar, quando tenho essas lembranças... Sim, lembranças, eu já não posso mais vê-lo. Eu fico olhando para a sua sepultura, com lágrimas saindo dos meus olhos. Eu tiro do meu bolso, uma foto minha e sua, onde nós estávamos sorrindo, nós dois abraçados, em um carinho confortável, e nessa foto, atrás dela com os dizeres; Marshy, meu melhor amigo... E meu amor. Marshy, um apelido que eu dei para ele, um apelido muito carinhoso, algo que eu queria ser com ele, lhe mostrar um afeto grande. Infelizmente, eu não pensei que eu te perderia... E eu gostaria de mudar muitas coisas do passado. Quando você precisa de ajuda, eu não te ajudei. Quando você precisava de alguém ao seu lado, eu não estive presente. Quando você queria alguém para conversar, eu não estava disposto para conversar. Em muitas coisas, eu acabei te ignorando... Como eu sou idiota! Quando você se apaixonou por mim, eu não percebi que eu sentia o mesmo por você. E quando percebi... já era tarde demais. Me perdoa Marshy, me perdoa por ser um idiota, me perdoa por ter te deixado sofrer. Eu fui um péssimo amigo. E se eu fosse o seu namorado, com certeza eu iria ser um péssimo namorado. Eu queria te fazer feliz... E eu não consegui. Me perdoa Marshy, não consegui cumprir a promessa. Eu sou uma desgraça! Enquanto anoitecia, lágrimas dos meus olhos continuavam caindo, como uma cachoeira. Se eu pudesse, eu voltava no tempo e consertava tudo de ruim que eu fiz. Meus amigos, com olhares tristes, estavam olhando para a sua sepultura. Como eu disse antes: Estava anoitecendo, eles começaram a ir embora, eu também tinha que ir.

...

...

...

Assim que eu cheguei em casa, eu estava muito deprimido, eu ainda não conseguia lidar com a situação. Eu não queria fazer nada. Eu fui no meu quarto, sentei na minha cama. Não conseguia fazer nada, só pensava nos meus momentos com o Marshy, e o que eu poderia ter feito de bom para ele. Enquanto eu estava deprimido, chorando, o silêncio continuava no ambiente. Eu não queria viver mais, eu não aguentava mais essa dor, esse sofrimento... Eu vejo uma arma na minha mesa. Eu vou na direção dessa arma e a pego. Assim que eu pego, eu aponto na minha cabeça... Ouve-se um barulho de tiro... Sim, eu tinha atirado em mim mesmo. Eu tinha que colocar um fim na minha dor. Eu queria morrer, e eu consegui.

...

...

...

Tudo que eu via era escuridão... Até que eu vejo uma... Luz? Que estranho... Mas enfim, assim que essa luz cobre toda a escuridão que tinha, eu sinto alguém me segurando, e parecia que eu estava pequeno, como um bebê. Eu vejo um médico e dois pastores alemães, pareciam os meus pais. Por algum motivo começo a chorar. Escuto o médico falando que é um menino. Depois do procedimento, meus pais me pegam no colo. E olhando para eles, são muito parecidos com os meus pais. Eles ficavam falando do quão lindo eu sou. Enquanto eu escuto a conversa, percebo que o nome do pastor alemão é Arthur e da pastora alemã é Helena. Os mesmos nomes dos meus pais. Até que chega na seguinte parte da conversa deles.

Arthur: Querida, que nome damos para o nosso bebê?

Helena: Que tal Chase?

Arthur: Chase? É um nome muito bonito!

Parece que eu renasci.

...

...

...

Quando chegamos em casa, eu percebo que a casa era a mesma que a minha quando eu era pequeno. Ficamos morando nessa casa até a minha adolescência. Tudo é o mesmo, até o meu berço é o mesmo. Eu percebo que eu renasci... E mantive as minhas memórias da minha ''antiga vida''. E também que ao renascer, eu acabei ''voltando no tempo''. Seja o que for, entendo isso como uma segunda chance. Agora, eu tomarei as decisões certas. Marshy, eu irei fazer a coisa certa agora.

Segunda chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora