Uma oportunidade de ouro

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— Não...Não! — me recusei a acreditar que era o Luciano, na minha frente, como ele entrou no castelo?Vi que Paulo não estava mais no quarto — O que você tá fazendo aqui?! Entra logo— sussurro e puxei seu braço para dentro do cômodo.

—Vim devolver o seu bracelete— ele também sussurrou e andou até o meio do quarto, olhando para os lados admirando meu quarto.

—Meu bracelete?!— eu segui ele— onde ele tá?

—Eu já devolvi— me encarou por um segundo e continuou a admirar o meu quarto.— olha pro seu braço!

—meu braç-.... Quê?!— nem tinha percebido mas Luciano já tinha colocado o bracelete lá.

—Nada mal, adorei o seu quarto.

—Como passou pelos guardas?!— Questionei, apesar dele ser um ótimo ladrão, era impossível passar despercebido por mais de 200 guardas.

—Isso não foi nada fácil, mas eu dei meus jeito!— se virou para mim e deu uma piscada de um olho só.— Já que o príncipe saiu, que tal a gente dar um rolê? Aí batemos um papo.

Merda. Esqueci totalmente de que eu tinha falado para ele sobre ser assistente do príncipe e tals.

—¡Su payaso! Você entra aqui, no palácio de penetra e acha que é normal!

—Se você não tem nada, tem de fingir que é dono de tudo.— Juro que não entendi bulhufas nenhuma que essa cara estava falando— Eai o que me diz?eu achei seu bracelete!— me deu outro sorriso debochado.

—Você roubou meu bracelete! Você não achou nada.— Dei um sorriso convencido de volta.

—Não fui eu, foi o pombo!— se aproximou de mim apontando para o meu bracelete.

—O seu pombo.— também aproximei dele de braços cruzados.

—Ainda é só um pombo!— ele riu, e confesso que também dei uma risadinha de leve.

—Quem pediu chá?— nos viramos e vimos Paulo, que estava na frente da porta do banheiro com uma mão em sua cintura.

—Fui eu!— Falei sem pensar, mas logo pensando em uma desculpa.— Eu.. pedi chá, para você.... Príncipe Martín!— Passei por Luciano, ficando um pouco atrás dele. Paulo me olhou torto.

—Prazer vossa majestade!— O moreno falou se curvando um pouco e levantou novamente. Quando começei a fazer uma mímica, para o tanso do Paulo tentar entender a situação ele me solta.

—Perdeu a voz?— cruzou o braço e ergueu uma sombrancelha. Luciano olhou para trás, e assobiei fingindo  estar olhando para o nada. Depois de fazer outra mímica, Paulo finalmente entende.

—aah, eu so- entendi — sussurrou apontando para si mesmo.— É... Eu sou o príncipe Martín e adoro.. ter os meus palácios...!— Começou a gesticular as mãos.—Amo.. coisas douradas! E também ... Usar ternos de tecido... fino e caro!— Fiz joinha com as mãos, já era o suficiente para convencer o tanso do Luciano de que ele era o príncipe.— E- eu vou no banheiro... Dar um banho no meu gato!— se virou e fechou a porta do banheiro, se trancando lá novamente.

Luciano se virou pra mim com uma cara confusa.

— E-ele não saiu muito.— expliquei.

—Uhum, percebi— colocou a bandeja de chá em uma mesa que tinha ali perto, mas quando se virou se deparou com Rajar andando em sua direção e rosnando baixinho.— Não era para você estar no banho gatinho?..— perguntou assustado com o tigre cheirando sua mão.

—É... Assistente, esse gato não vai se limpar sozinho!— gritou Paulo de dentro do banheiro.

—Mas... Os gatos não se limpam sozinho?— foi péssima hora que o cérebro do Luciano começou a funcionar.

Aladdin ( BRA X ARG)Onde histórias criam vida. Descubra agora