𝐗𝐈𝐕

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Hell Nocapítulo catorze:
mamãe Lee sabe mais.

Minho point of view

🐺

— O que ele acha que você fez de errado para te prender aqui? — Perguntei para Jisung enquanto o ajudava a separar as coisas que ele iria precisar para fugir lá para a minha casa já que eu não iria deixá-lo ficar ali com o louco do pai dele.

— Ele chegou mais cedo em casa e eu tive que falar onde estava… — Jisung parecia um tanto triste, o que era compreensível, visto o que estava acontecendo. — Ele não queria que eu trabalhasse e ficou ainda mais irritado quando eu respondi ele, então ele me bateu e prendeu no quarto, minha sorte foi que eu sempre deixo o frigobar cheio de comida para não ter que ficar fazendo, ele não apareceu mais em casa depois do terceiro dia.

— Ele sempre faz coisas assim? — Jisung estava me deixando preocupado com o que tinha falado e eu estava com medo de que seu pai possa ter feito algo ainda pior em algum momento.

— Geralmente ele só grita muito, ameaça e humilha, mas com isso eu não me importo mais, eu não sei porque ele ficou tão agressivo ultimamente. — Jisung explicou colocando a mochila nas costas e indo até a cama, onde pegou um ursinho branco (bem velhinho) — Minha mãe me deu isso… Vai querer arrebentar a porta ou vamos pular a janela?

— Pular a janela, assim fica fácil mostrar o que aconteceu. — Expliquei de desci primeiro, testando tudo para que ele pudesse descer também. — Cuidado com as madeiras, não pise nas pontas porque pode virar, pise só no meio.

Mesmo sabendo que era seguro, eu procurei ficar sempre atento enquanto ele descia aquilo e fiz questão de segurá-lo pela cintura quando ele chegou perto do chão.

— Acho que vou aceitar que você fale com seu amigo… — Enquanto pegávamos suas coisas mais importantes, eu contei que tenho um amigo alfa que tem uma república para ômegas, parece estranho a primeira vista, mas ele é o "síndico" e não mora com os ômegas, mas sim no apartamento que fica no prédio em frente, assim ele ta sempre perto e cuida de todo mundo já que tem câmera na porta e nos corredores da casa, nada que seja invasivo. Depois de contar sobre as vagas que tinham eu me arrependi, era óbvio que Jisung ia preferir morar com outros ômegas do que nunca casa com três alfas, ainda mais depois de tudo que passou com seu pai.

Eu queria que ele ficasse comigo, mas tudo bem, não é como se ele fosse se mudar para a Suécia.

[…]

Era estranho ver Jisung tão calado e quietinho, mesmo sendo tímido ele não era de ficar em total silêncio. Normalmente Jisung gosta de conversar sobre coisas bobas, mas agora ele só estava ao meu lado, esperando eu abrir a porta da sala. O cheiro de comida veio como um tapa, indicando que minha mãe estava em casa.

— Mãe? — Chamei ouvindo ela gritar "na cozinha". Peguei Jisung pela mão e o levei comigo até onde minha mãe estava, a alfa mexia em uma panela enquanto o avental quase caía de sua cintura por estar amarrado de qualquer jeito. — Estamos esperando alguém?

Haviam quatro pratos na mesa e tenho certeza que ela não contava com a presença de Jisung.

— Heemin vai vir, ela quer passar um tempo com Minhyuk. — Ela se virou para me olhar, podendo ver o ômega ao meu lado. — O que aconteceu?

Jisung suspirou e começou a contar o que aconteceu, ele contou com mais detalhes do que contou para mim, disse algumas coisas bem diferentes — mais chocantes — e de alguma forma eu sabia que era para que eu não ficasse ainda mais irritado.

— Veste uma roupa mais prática meu anjo, eu vou te levar na delegacia e denunciar isso.

— M-Mas-

— Não vou arriscar que ele te procure e faça algo pior. — Minha mãe disse firme. — Minho, você também. Vão te interrogar também.

Jisung parecia assustado, mas entrou no banheiro para se trocar, já eu não ia trocar de roupa, não precisava passar pelo corpo de delito, por isso procurei o número de Christopher na lista para avisá-lo que encontrei alguém que quer a vaga na república de ômegas.

Hell No » minsung | ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora