5. Primeiro treino, início de catástrofes

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A segunda-feira chegou e lá estavamos eu e Lisa caminhando para a sala de aula. Eu bocejava de meio a meio segundo denunciando o sono que ainda tomava conta de mim. Essa prática de acordar cedo não era pra mim, sério.

— O senhora sono, tente abrir menos essa boca que eu 'to com medo dela rasgar. — Quê? Mais que merda era aquela que Lisa estava falando, meu Deus? Encarei seu rosto com uma careta indefinida, resolvendo por fim a apenas ignorar.

— Aigoo, me deixe. Eu nem consegui pregar os olhos por causa dos seus roncos essa noite.— Fitei-a indignada. Eu vou te falar uma coisa, roncar mais que essa pessoa no mundo não tem! E eu não relato de forma exagerada ou dramática, é a verdade mesmo, a mais pura verdade.

— Roncar? Eu? Nunca! — Rolei os olhos e encarei sua expressão convicta do que dizia. — Eu não ronco não! — Claro, então nós tínhamos um trator no quarto e eu não estava sabendo.

— Ah, imagine se roncasse então, puff...

— Senti uma ironia irônica nisso.

— Você 'tá falando umas coisas estranhas hoje. Tá usando crack ou algo do tipo? São só seis da manhã Lisa!

— Aish... sua idiota!  Não se pode nem mais filosofar e dizer coisas novas que já te chamam de cracudo.— Indignada, cruzou os braços. Seus lábios formaram um bico fofo. Ri de sua expressão, não deixando de reparar na sua pose infantil de mais para alguém com seus dezessete anos. Apertei mais os livros que eu tinha em mãos, assegurando que eles não fossem cair pelo corredor.

Entramos na sala de aula e nos sentamos nos nossos habituais lugares, já que era a mesma sala dos outros anos. Primeiro dia de aula nem havia comecado e eu já queria as férias novamente. O lugar ainda estava vazio, com apenas algumas pessoas ao fundo. Eu debrucei meus braços à mesa e comecei a encarar minha amiga, que observava o nada com uma cara engraçada. O que nela não é engraçado, né?

— Para de me encarar, vou começar a achar que quer o meu corpo nu. — Falou. Talvez eu queira, em. Brincadeirinha, isso era provável pro Jeon.

Eu ri e neguei com a cabeça, fechando os olhos e sentindo um sono próximo. Respirei calma, cada vez mais leve. Ah, tirar uma soneca ali, ainda que não fosse lá tão confortável era costumeiro.

Não houve nem um instante para que eu pudesse sentir a paz e os olhos pesarem, pois no momento que fechei minhas pálpebras Jimin e os outros entraram na sala. Cara, qual era a necessidade de tanto alvoroço? Era desnecessário! Bufei irritada e encarei o moreno que caminhava em minha direção. Argh, nem pra me deixar livre um dia na semana!

— Bom dia, meu amor. — Disse ele.

— Repete esse "meu amor" aí e eu te dou um murro, Jimin!

— Nossa, quanta violência para um pessoa tão pequena.

— 'Tá falando o que, imbecil? Você também é pequeno! — Rebati, fitando-o com desdém.

— Mas ainda sou maior que você!

Revirei os olhos e voltei a fecha-los, ignorando Jimin.

— Estão vendo? É assim que ela me trata. Eu sofro nessa relação. — Disse, fazendo o maior drama para os alunos que entravam na sala. Voltei a abrir meus olhos, onde aquele típico esverdeado se fazia presente. Iria responder o Park com toda a raiva concentrada em meu olhar, ou quem sabe mirar-lhe um soco no meio da cara para acabar com aquilo de uma vez por todas, no entanto uns gritos tirara minha atenção de Jimin.

Lisa discutia com Jungkook aos berros, querendo bater no mesmo. O amigo mais velho de Jimin, Jin se colocou na frente da ruiva, impedindo-a, ou tentando impedir que ela atacasse o Jeon. Se eu fiz algo para acalmar a situação? Fiquei olhando, apenas. Queria mais era ver o circo pegando fogo mesmo.

OS SUPER HERÓIS (Imagine Park Jimin) Onde histórias criam vida. Descubra agora