ABRIRAM AS PORTAS DO INFERNO

222 9 14
                                    

Londres.

Foi para Londres que Chaeyoung e seus pais foram, era lá que estava a matriz de sua empresa e desde então, ela chama, depois de onze anos, de lar. Para a Son, Londres representava o equilíbrio perfeito entre o glamour e a sofisticação de uma grande metrópole e a serenidade e a beleza da vida urbana. Ela aprendeu a se sentir em casa na cidade, onde podia viver uma vida perfeita.

Existe vida perfeita? Não, definitivamente não.

Mas ela conseguia vender isso para todos e como conseguia.

Um casamento estável, se tornou ceo da empresa de seus pais e não existe preocupações para a mulher, tinha tudo dentro do seu controle e desejo. Ela se tornou tudo que sua mãe queria ou quase tudo, todos ao seu redor diziam que ela tinha uma vida perfeita, todos queriam a sua vida, sem ao menos saber o quão superficial era.

A ceo era uma boneca de plástico, suas emoções eram falsas, suas atitudes eram calculadas, sua mente monótona como sua rotina, ela tinha tudo ao mesmo tempo não tinha nada, uma tela em branco e esse era o preço que estava pagando pelo o que aconteceu a onze anos atrás.

Era a vida cobrando? Não, era uma mera consequência.

"Eu estou sentindo as ondas neste momento? Sim. Eu continuo sendo perseguido pela tempestade de areia? Sim. Isto é o mar ou o deserto? Isto é esperança ou desespero? Isto é real ou é falso? Merda"

Com a janela do seu carro aberta, Chaeyoung sentia a brisa fria do inverno acariciar seu rosto enquanto ela se dirigia para sua empresa. Seu cachecol felpudo e seu elegante sobretudo a mantinham aquecida, enquanto observava a cidade movimentada. O céu estava adornado com nuvens cinzentas, típicas do clima londrino nesta época do ano, mas isso não diminuía a beleza da cidade aos olhos dela.

— Obrigada — foi a única palavra que disse ao ter a porta de seu carro aberto pelo o motorista e segurança contratado pelos seus pais, ao contrário de como foi com seu fiel amigo Go Kyung Pyo, atualmente ela tinha um pessoa diferente toda semana responsável pela sua locomoção, um método por eles para ela não criar vínculos, nada de distrações.

Foi calorosamente recebida pelas pessoas que já se encontravam por aquele horário dentro do prédio, cumprimentavam-na com sorrisos calorosos e palavras de encorajamento enquanto ela passava por eles, era respeitada, mas nada disso importava para a mesma, nada importava na verdade, se gostavam ou não dela, se respeitavam ou não, seu foco era seu trabalho e seu casamento, algo além era resto como lixo.

— Bom dia, senhora Son — Kim Chungha, sua secretária surgiu assim que colocou os pés no corredor em que ficava sua sala — Aqui está sua vitamina de morango — pegou o copo da mão dela.

Chungha está com Chaeyoung desde o momento que assumiu o cargo, era fiel a sua chefe no mesmo tamanho que era competente ao cargo, até mais e a Son sabia que ser colocada como sua secretária era pouco a sua capacidade e pretendia mudar isso futuramente quando surgisse uma oportunidade.

Chaeyoung era uma líder admirada, conhecida por possuir uma visão totalmente contrária de seus pais.

— Bom dia, senhorita Kim, o que temos para hoje? — após falar saboreou sua vitamina.

— A senhora Son, sua esposa, já retornou de viagem e está na sua sala te aguardando — a de cabelos com tons castanhos e mechas platinada disse — Park Jimin marcou uma reunião de urgência com a senhora, portanto, o coloquei em primeiro na sua agenda diante a sua ordem em relação a ele, temos reuniões, videoconferências e e-mail para revisar e responder.

UM ATO, MIL CONSEQUÊNCIAS: O ECLIPSE | MICHAENGOnde histórias criam vida. Descubra agora