VULNERÁVEL

111 11 23
                                    

"Seus olhos já me dão uma resposta e agora eu me sinto mal comigo mesma, é assim como tudo desmorona, eu estou desmoronando, você vai embora? Ou eu vou embora de você? Eu preenchi o seu coração com todo o meu amor, mas agora sinto que vou morrer"

Por três dias Tzuyu está sem ver Chaeyoung.

Três dias de puro desespero e agonia, ela simplesmente não consegue descobrir onde a Son está e a coreana não possuir um celular piorava tudo, portanto perguntou a avó dela, ao Kyung, Jimin ou Jungkook onde ela poderia estar e nenhum deles soube responder, porém uma pessoa sábia, uma pessoa que também chegou a até ser questionada, mas sua lealdade a sua chefe era maior do que qualquer coisa.

Kim Chungha.

A própria ficou quieta durante os três dias até ficar no estado em que a taiwanesa estava, então tomou a iniciativa de ir ao apartamento ver se a baixinha estava lá, precisava se limpar desta preocupação.

Inevitavelmente soltou um suspiro de alívio quando colocou a senha na fechadura digital e a porta foi aberta e como uma cena de filme de suspense sentiu todo seu corpo ficar tenso vendo aquele ambiente tomado de escuridão pelas cortinas bloqueando a entrada de luz do lado de fora. Era um apartamento simples e mobiliado, ela sabia que Chaeyoung não tinha tempo e nem cabeça para se responsabilizar para comprar os móveis.

Adentrou a sala não encontrando nenhum vestígios da ceo, apressadamente seguiu para o quarto e nada, partiu para o quarto de hóspedes e nada também, sem contar do grande silêncio que tinha ali dentro. Vendo que os lugares óbvios ela não estava, foi até os banheiros e por último a lavanderia, mas ainda não obteve sinal algum dela, restava apenas um lugar.

O apartamento tinha um segundo andar, era como um sótão e se Chaeyoung não estivesse lá poderia declarar de vez que ela sumiu por completo.

Ansiosamente subiu as escadas, porém evitando fazer barulho e mais uma vez soltou um suspiro de alívio ao chegar no topo e ver um corpo encolhido no chão sobre o tapete de veludo e enrolada na coberta, sua cabeça estava virada em sua direção, mas seus olhos estavam fechados.

Chungha nunca a viu desta maneira.

Tão vulnerável.

— Chaeyoung — chamou assim que ficou próxima da menor e se abaixou — Ei, Chaeyoung — a chamou mais uma vez, observando o corpo da baixinha começando a se mexer pouco a pouco.

A Son soltou um som sem nexo enquanto abria seus olhos, a Kim aguardou alguns segundos para tornar a falar.

— O que aconteceu? A senhora Son está te procurando loucamente — informou, porém a de fios escuros apenas abriu seus olhos por completo os revelando inchados e avermelhados — Mas não se preocupe, ela não sabe sobre o apartamento, ela não sabe que está aqui.

Silêncio.

Neste momento, Chaeyoung não se importava com Tzuyu, talvez seu casamento esteja pronto para entrar na primeira crise, algo que nunca aconteceu.

Nunca ocorreu uma crise, uma briga ou uma separação em curto período, nada disso nunca aconteceu pois a coreana não deixava, permitiu a mais nova pensar que a tinha como submissa.

Entretanto agora Chaeyoung estava em um estado deplorável que poderia fazer todas essas coisas terem sua primeira vez em seu casamento, mas no fundo sabia que não valeria a pena, sua mãe poderia fazer algo desagradável.

No entanto, bastava uma ligação e provavelmente estaria livre ou não, e este era seu problema.

Sua liberdade custava um preço, assim como o fim do seu casamento.

UM ATO, MIL CONSEQUÊNCIAS: O ECLIPSE | MICHAENGOnde histórias criam vida. Descubra agora