A MELHORA DA MORTE - PARTE II

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"Não, não me acorde, eu quero continuar neste sonho, não me salve, não tente me salvar. Eu preciso de uma maneira para que possamos sonhar"

Separar seus lábios do de Mina era torturante e triste, mas necessário, mesmo que fosse tudo aquilo que sempre desejou durante todos esses anos distante dela, porém acredita fortemente que terá tempo suficiente para fazer isso mais a frente. Primeiro, precisa colocar tudo em seu devido lugar.

— Mina — jogou seu rosto para trás, com muito pesar, quando a japonesa tentou beijá-la novamente — Eu preciso... — dessa vez não conseguiu esquivar, pois a bailarina segurou em sua nuca a puxando para um novo selar.

Novamente seu celular tocou, era uma nova mensagem.

— Mina — sua voz saiu manhosa quando sentiu a mais velha rebolar em seu colo e passar chupar seu pescoço — Eu tenho... — não conseguiu terminar a frase, pois acabou deixando um gemido escapar de seus lábios, todavia, com uma força, tirada do 'além', pegou o aparelho de seu bolso e, assim, podendo visualizar o nome do tatuado na barra de mensagens — Eu tenho que ir, é importante, não que está aqui com você e dando apoio ao Rowoon não seja, mas... — a essa altura Mina já tinha cessado seus movimentos e olhava para Chaeyoung tentando justificar a sua partida.

— O que você vai fazer? — uma simples pergunta, a bailarina entendia que elas tinham muitas coisas para resolver antes de decidirem o que seriam futuramente e respeitava isso.

— O Jungkook tem uma teoria idiota em que a Tzuyu me trai — revelou — Eu disse que precisa me provar e parece que ele vai me colocar em 'cena'.

— O que o Jungkook exatamente faz para você? — Chaeyoung mostrou sua covinha quando viu Mina franzir o cenho, era uma cena fofa aos seus olhos.

— Ele é um investigador particular, ele me ajuda a ficar... — outra vez foram interrompidas, agora com uma ligação vindo dele — Eu preciso ir, mas eu vou voltar, é sério.

— Tudo bem, eu sei que vai — antes de sair do colo da coreana, deixou vários selinhos até se afastar — Me ligue se precisar de qualquer coisa — saiu do automóvel junto a baixinha que rapidamente assumiu o lugar do motorista, agora, mantendo seus olhos na japonesa pela janela.

— Eu que devo dizer isso, espero não demorar — deu um sorriso ladino enquanto ligava o carro — Eu apenas vou ver o que realmente está acontecendo.

— Não faça nenhuma idiotice, por favor — pediu, suas órbitas estavam sérias.

— Eu não irei — inclinou o rosto na direção da mais velha na intenção de receber outro selar, a qual seu pedido foi atendido — Nos vemos mais tarde.

Com uma última troca de sorrisos, se despediram e a Son partiu. Na mensagem de Jungkook tinha a localização de Tzuyu exatamente no estúdio onde Mina, Momo e Sana eram donas, conforme conversado entre eles o fato da taiwanesa está bastante presente no local citado.

Chaeyoung não sentia nada de negativo em relação a isso.

Sem mágoa ou raiva, mas de certa forma estava surpresa com essa suposta traição, e se não for verdade?

Dirigiu pelas ruas tranquilas da cidade até parar em uma certa distância do estúdio e se acomodou no banco do motorista, mantendo o motor desligado para evitar chamar a atenção. Reconheceu inicialmente o carro de Kyung Pyo parado na porta, possivelmente, ele seria cúmplice de Tzuyu, como um dia ele foi durante a sua adolescência.

O tempo passou lentamente. Chaeyoung estava determinada a manter sua vigilância, ignorando o desconforto que crescia em seus músculos. Então, pouco depois, Park Jihyo surgiu em seu campo de visão, entrando no estúdio. Segundo Jungkook, Tzuyu já estava dentro do local, muito provável que Sana também.

UM ATO, MIL CONSEQUÊNCIAS: O ECLIPSE | MICHAENGOnde histórias criam vida. Descubra agora