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Ana Flávia Castela Point of view Maratona 01/05

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Ana Flávia Castela
Point of view
Maratona 01/05

-Ela está dormindo.Me disseram que só vou poder vê-la quando acordar.-Explico ao meu pai no telefone.

Eu já havia ligado para Gabi e Giana,e elas me pediram desculpas na maior parte do tempo por não terem atendido o celular,mas eu as tranquilizei.E agora,tive que atender a sétima ligação do meu pai,e fui obrigada a pedir para ele buscar Antonella e deixa-la passar a noite na sua casa.

-Sua mãe é uma mulher forte,Ana.Ela vai sair dessa.E vai ser como se nem estivesse passado por isso.-Ele solta uma risadinha no fim da frase.

Bufo,revirando os olhos.

-Antonella só dorme com a luz do abajur aceso,ela tem medo do escuro.Se ela tiver pesadelos,cante alguma música de high school musical que ela se acalma.E,por favor,ela detesta pão com casca.-dito a ele várias exigências de minha irmã mais nova,já que provavelmente,ele não sabe de nenhuma.

-Eu conheço a filha que tenho.-ri.

-Antonella vai ficar bem.E você também.É bom ir pra casa descansar.Se quiser...hm...pode vir pra cá também.

Nem morta.

-Não se preocupe comigo.Eu me viro.-ele fica em silêncio,então me dou conta de que acabei sendo grossa demais.Mesmo ele sendo babaca as vezes,apenas quer o meu bem.-Desculpa,pai.Estou nervosa com toda essa situação.

-Eu entendo,querida.Eu entendo.

-E...hum...obrigada pelo Cabriolet.É realmente lindo.

Ele parece sorrir contra o telefone.

-Fico feliz que tenha gostado.Bem,eu vou desligar e tranquilizar sua irmã aqui,porque ela está a beira de um colapso.

Nos despedimos e eu encerro a ligação.

Uma hora se passou e agora já é praticamente um outro dia,considerando o horário.Convenci Gustavo a ir pra casa tomar um banho e dar sinal de vida aos pais.Ele relutou um pouco no começo,na verdade relutou muito,mais por fim acabou aceitando.

A verdade era que eu queria um tempo sozinha.Depois de ter chorado horrores em seu colo,foi difícil ficar calma perto dele.Parecia que a minha mente estava se afundando em pensamentos horríveis direcionados a mim mesma.

Apesar do horário,o hospital está com um número grande de pessoas na sala de espera.Paramédicos chegam com pacientes em ambulâncias,e médicos e enfermeiros correm para lá e para cá.É realmente assustador.

-Ana?-alguém me chama,e olho rapidamente para cima.

-Luiza?-questiono,com uma sombrancelha arqueada.-O que faz aqui?

-Minha mãe é pediatra oncologista.-ela revira os olhos,como se eu devesse saber.Eu sabia,só não lembrava.

Silêncio.Até penso que ela foi embora,mas ela faz o inesperado,e se senta ao meu lado.

-Estou sem as minhas armaduras hoje,Luiza.Então,por favor,não seja uma escrota.

Ela ri,irônica.

-Também estou sem minha espada.Estamos kits.

A encaro,percebendo que por incrível que pareça,ela está tranquila.Conversando comigo como se não me odiasse mais do  que tudo.

-Porque está falando comigo?Ou melhor,por que não está me insultando?Você me odeia,lembra!?-ergo as sobrancelhas.

-Eu não te odeio.-ela diz na defensiva.

-Adoração é que não é.-retruco.

-Faço isso pra alimentar o ego,Ana.E você também não ficaria feliz se seu namorado te trocasse.

-Você traiu ele,Luiza!Ele não te trocou,seguiu em frente.

-Você tem um ponto.-ela murmura.




•Veio aí a maratonaaaa❤❤

•Espero que gostem.

•Beijinhosss meus amores!!!

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