This is my first love - Damian Wayne

Talvez esse seja o primeiro amor.

  Damian Wayne  

— Você está aqui!

A voz feminina se fez presente na varanda, me fazendo debruçar ainda mais sobre o parapeito.

Ela tinha um dom estranho de me encontrar, principalmente quando tenho o desejo de estar só.

Seus passos eram leves, observei-a evitar algumas partes do piso, soltando um riso nasalado para mim mesmo de sua forma tranquila e ingênua.

Ela me deu um grande sorriso ao chegar ao meu lado, pondo suas mãos sobre a área de proteção.

— Os adultos são um pouco chatos, né? Falando e falando sobre trabalho e números.

Comentou, não podendo simplesmente ficar quieta. Era mais forte que ela.

— É porque você ainda é uma criança.

— Você também tem treze!

— Pois é, ver a diferença entre nós?

A garota ameaçou dar a língua, mas se conteve em um biquinho, observando o trânsito há vários metros abaixo.

Segui seu olhar por um instante, mas prendi meu olhar sobre a garota novamente, algo que já havia se tornado casual para mim. Se ela estava por perto, minha atenção estava sobre ela, era simples.

"Talvez seja seu primeiro amor, Damian."

A voz do maldito Grayson soou pelo meu consciente, me fazendo revirar os olhos.

Amor? pff.

Não tenho tempo, nem interesse nesses sentimentos melosos e inúteis que só me deixariam fraco com o decorrer do tempo. Estou percorrendo meu caminho pela justiça, coisas como paixão não fazem parte disso. E o que Dick sabe sobre o amor de toda forma, aquele cara diz que está apaixonado por qualquer coisa que se mexa muito em sua direção.

Apaixonado. Ridículo.

Só não a acho irritante, bem, não totalmente. E definitivamente, não é nem um pouco o meu tipo.

O que há de bom em uma garota idio-, bobona, como ela?

Devo admitir que é um pouco engraçado às vezes, principalmente porque ela é quase um desastre ambulante, tipo, ela quase estragou o vestido da própria mãe a alguns minutos durante a festa. Com certeza não é, tão, chato assim, quando estou com ela. Ela é um pouquinho divertida.

Ela é meio bonitinha também, mas é irritante quando ela tenta exibir seus três centímetros a mais de altura para mim.

E tem aquele sorriso idiota. Aquele sorriso que podia iluminar Gotham City inteira que sempre me dava toda vez que me via.

Cerro meus pulsos sobre o parapeito.

Droga. Maldição.

— Ei, Damian...

Soou quase como um sussurro.

— Vou pegar alguma coisa para beber.

Disse rapidamente, necessitando está longe dela nesse exato momento antes que saísse do meu controle.

Óbvio que não seria do meu jeito, nunca era quando se tratava dela. Sinceramente me dá nos nervos.

Sua mão agarrou meu pulso quando me virei, impedindo-me de prosseguir.

— O que?

Falei sobre o ombro, em um conflito interno para entender o porquê de não ter puxado meu pulso ainda.