capítulo 15

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Voltei galera.

Vou fazer uma mini maratoda para vocês.

Boa leitura.
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Marco dispensou a conversa por hora, saiu com Maiara me deixando sozinha no andar, com pensamentos confusos. Deixei a empresa minutos depois, dirigindo pelas ruas movimentadas, meu coração não me permitia me acalmar nem por um segundo e minha mente menos ainda, maquinando mil e um pensamentos. Minha mãe foi minha melhor opção para o momento.

A porta abre antes mesmo que eu saia do quarto, me passa pela cabeça que Murilo pode estar aqui, já que a casa também é dele. Sigo rumo à sala, em silêncio, com a sensação de que se abrir a boca, nenhuma palavra saíra ou saíra miseravelmente falha.

- Marilia, o que foi aquilo? Eu não consegui
entender nada, o que aquela menina tem?
Eu falava com ela e não recebia resposta
alguma.- Minha mãe pergunta se sentando
ao meu lado no sofá.

- Eu cometi um erro tão grande, logo eu...Tento e as lágrimas veem.
Jogo-me em seus braços sem forças. Nunca
me senti dessa forma, tão mal a ponto de ter vergonha de me encarar ou a qualquer um que seja.

– Eu fico fora alguns dias e você se perde?
Começa do começo. Quem é ela? Eu me
lembro do rosto. – Diz passando os dedos
em meus cabelos, busco ar e repasso todos
Os momnentos que tivemos.

–É Maiara, filha de Almira. -Digo com
um sorriso escapando-me ao lembrar-me de quando a vi pela primeira vez.

-Claro! Já havia visto ela, Eva me fala
muito dela.

— Ela é linda, não é? E sua voz alterna, ora baixa, ora alta. E é muito organizada! Se a senhora ver o almoxarifado, vai querer que luiza não passe nem perto dele! E é curiosa, seus olhos varrem tudo em todo lugar. —  O sorriso faz-se presente o tempo todo enquanto falo. —  Ela é uma excelente pintora também mãe! Em sua casa tem uma sala cheia de telas que pintou, tem uma minha... e nós fomos ao planetário ver a chuva de meteoros, foi um dos melhores dias de minha vida. —  O gosto salgado das lágrimas adentra minha boca, aperto minhas mãos buscando controle.

- Você...Não pode ser, Marilia!– Minha
mãe toca em meu rosto, fazendo-me olhála.
- Maiara  é uma criança! Você não está
confundindo o seu encantamento comn algo a mais? – Pergunta séria, fico frustrada, esperava que ela entendesse ao menos 5% de tudo.

-Não é só   um encantamento. Fecho os
olhos encarando meus próprios sentimentos.
-Não é nem próximo do que eu sinto por
Murilo ou o que senti por qualquer pessoa
nessa vida. E grande e me assusta... agora
mais ainda, como vou chegar nela? Meu
medo fica estampado nessa ûtima questão.

—  Como você vai chegar em seu marido, Marilia? Vocês eram ótimos juntos, eu não entendo e uma mulher, menina...Eu não entendo. —  Ela se levanta do sofá, indo até a janela. —  Se você fosse uma adolescente ainda, cheia de dúvidas como era antes, eu não te repreenderia, mas hoje sendo a adulta que se tornou, sensata e correta, como pôde se deixar levar?

—  Mãe você não está entendendo! Não é me deixar levar... —  Sento-me olhando para o aquário lembrando de Maiara se divertindo com os peixinhos. —  Eu estava ciente o tempo inteiro, tentei não pensar, fiz perguntas às quais já sabia as respostas, fugi de Murilo todos os dias porque sabia, desde o início que ela havia entrado em meu mundo sem pedir licença e não sairia. —  Seco as lágrimas, busco organizar as coisas dentro de mim. Lembro-me da conversa com Marco. —  Devo me sentir culpada por me apaixonar?

-Quando se é casada, sim, você deve.
E repito, Maiara é uma criança! Você
vai passar a vida inteira satisfazendo as
curiosidades dela? E as suas vontades?
Anseios? Onde ficam? Logo você que
sempre quis tanto! Sua voz acusa-me,
uma mãe autoritária que nunca foi. Uma
pessoa fechada, porém, ainda assim não
me faz em nenhum momento duvidar ou
arrepender-me de meus sentimentos.

You Captivated Me || MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora