Prólogo

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⚠️ Este capitulo contém cenas de sexo explícitas, palavras de baixo calão e morte.

Músicas do prólogo:

Pray - JR ft. Rooty
Mount Everest - Labrinth

♟️

O mundo estava em chamas. Uma guerra sem limites devastava tudo, e para a poderosa família mafiosa Park, a destruição era uma ameaça constante. Naquele dia fatídico, Park Minhae, uma mulher marcada pela dor e resiliência, caminhava pelas ruas de Seul com seu filho, o pequeno ômega Park Jimin, que estava doente e agitado por um desejo infantil que não conseguia expressar direito.

– Mamãe, um carrinho que acende e anda, eu quero, mamãe... – sua voz suave, marcada por febres recorrentes, tremia com a intensidade de sua súplica. Suas bochechas coradas, mesmo pela doença, brilhavam com o desejo inocente, enquanto suas pequenas mãos se fechavam com força, como se temesse perder aquela chance. – Por favor.

Minhae sabia que não podia pedir a ninguém para buscar o brinquedo. Jimin, com suas palavras confusas, não sabia descrever o que queria. Mesmo assim, ela nunca deixaria seu filho sem resposta, apesar do perigo que os cercava. Seu marido, Park Gong-Yoo, relutante, permitira a saída com a condição de que dois seguranças os acompanhassem. Era a primeira vez que Minhae pisava nas ruas desde o início da guerra por território, cinco anos atrás.

Ela aproveitou a oportunidade, comprando presentes, roupas e joias, um gesto silencioso de amor por sua família em meio ao caos. Seus passos eram lentos, mas firmes, a dor de viver em constante alerta estava gravada em seus ombros, porém disfarçada por sua expressão calma de mãe dedicada.
Após horas de caminhada, os olhos de Jimin brilharam ao avistar uma loja de brinquedos. Ele correu, os pés ligeiros e ansiosos, com um sorriso que fez Minhae esquecer, por um breve instante, o peso do mundo. Ela o seguiu, segurando sua bolsa branca com firmeza, uma mulher elegante e forte, protegendo aquilo que mais amava.

Encontraram o carrinho. Jimin, radiante, segurava o brinquedo como se fosse um tesouro. Minhae pagou e, quando estavam saindo, o mundo pareceu parar. O som de um tiro rasgou o ar. O sorriso de Minhae desapareceu enquanto uma dor lancinante atravessava suas costas. Sua mão tremia ao tocar o local, sentindo o sangue quente manchar sua roupa de seda.
Ela caiu, lenta e dolorosamente, seus olhos turvos encontraram os de Jimin, agora petrificados de medo. O pequeno, com apenas seis anos, não sabia o que fazer. Ele se ajoelhou ao lado dela, as lágrimas desciam silenciosas por seu rosto pálido. O carrinho, esquecido, rolava pelo chão enquanto o desespero tomava conta.

Um dos seguranças pegou Jimin nos braços e colocou os dois no carro, tentando afastá-los da zona de perigo. Mas o impacto daquele momento já havia marcado o garoto. O carro preto que ele viu partir, levando consigo o responsável pela destruição de sua vida, ficou gravado em sua memória: um Mercedes-AMG CLE 53.

– Vai ficar tudo bem, querido... – Minhae sussurrou com os olhos marejados, sua voz falhando enquanto a dor crescia.

Jimin se agarrou ao corpo da mãe, chorando desesperado, sentindo-se culpado por seu desejo infantil ter colocado sua mãe em perigo.
Gong, do outro lado da cidade, sentiu uma dor enorme em sua marca e seu lobo estava agitado e uivava em seu interior. Ele sabia que havia algo de errado com seu vínculo, a dor em seu peito, que nunca havia sentido antes, era como se fosse atingido por facadas diversas vezes e que atravessavam seu coração. Tamanha era a sua dor e o sofrimento de seu lobo, que o levou ao chão desmaiando instantaneamente.

Yoongi, o filho mais velho, o encontrou. Seus gritos chamavam o pai, mas não havia resposta. Ao ver o sangue manchando o pescoço de Gong, o desespero tomou conta de Yoongi. Ele sabia o que significava. O laço entre seus pais estava se desfazendo, a mordida de Minhae desaparecia com lentidão.

Sex and Secrets | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora