➼five; provocations and fights

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A grande mão fria cobria minha boca, me deixando impossibilitada de gritar

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A grande mão fria cobria minha boca, me deixando impossibilitada de gritar. Já a outra, descia adentrando minha calcinha. Eu podia sentir sua respiração forte e quente em meu pescoço.

Era impossível abrir meus olhos, o medo e o pânico correndo em minhas veias não permitiam-me.

O vento frio espancava meu corpo por inteiro, como se eu estivesse nua. As lágrimas grossas escorriam pelas minhas bochechas.

Seus dedos adentraram minha carne, me rasgando por dentro, meu interior se contraiu em dor e agonia. Mas ele não parou, ia cada vez mais fundo e forte.

─── Não chore, minha pequena coelhinha. Logo essa dor irá passar…

Ele não ligou, apenas continuou bombeando para seu próprio prazer. Ele adorava me ver sofrer, me ver quebrar e se despedaçar em milhões de pedaços.

Mas, por quê? O que eu tinha feito de errado? O que eu tinha feito para merecer isto? porque de todas as crianças, justamente eu?

A dor entre minhas pernas só aumentava, deixando-o ainda mais excitado. O meu sofrimento o deixava excitado.

─── Já brincamos demais por hoje. Está na hora de acordar, minha pequena coelhinha.

Meu corpo deu um sobressalto, sentando-me sobre a grande cama. Eu estava ofegante, suada e com medo. Aconteceu novamente.

De vez em quando, não com frequência, eu sonhava com aquilo. Sonhava com ele passando suas mãos imundas sobre meu corpo. Esfregando seu membro, às vezes nú, pelo meu traseiro. As palavras, as ameaças. Tudo. Eu sonhava com tudo.

Apalpo meus braços, os apertando fortemente enquanto sentia meu corpo formigando. Eu odiava essa sensação de pós-pesadelo. Era agonizante.

Giro minha cabeça em direção ao relógio digital na mesinha ao lado da minha cama. 02h57 da madrugada.

Retiro a coberta do meu corpo, colocando meus pés no chão gelado. As meias que cobriam os meus pés não serviram de nada, parecia que estavam desnudos.

Caminho em passos lentos até o banheiro, que estava com a luz acesa. Paro em frente ao espelho olhando meu estado.

Olhos inchados, nariz vermelho e cabelos bagunçados. Era uma visão um tanto desagradável.

Retiro minha blusa, logo em seguida meu short, junto da calcinha e minhas meias. Ficando completamente nua.

Adentro o box, fechando-o em seguida. Eu precisava desse banho, precisava retirar a sujeira que havia em meu corpo.

Eu me sentia suja, imunda. Não importa quanto tempo havia passado. Não importa quantos banhos eu tenha tomado, eu sempre irei me sentir assim.

Abro o registro do chuveiro, sentindo a água quente cair sobre minha cabeça. Não era bom molhar o cabelo à noite, ainda mais de madrugada. Mas isso era o menor dos problemas naquele momento.

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