Essa história se passa após a morte de Meruem (o rei das Chimera Ants) e Komugi (a famosa jogadora de Gungi), ou pelo menos a suas supostas mortes.
A aura de Komugi embora não pudesse curar seu líder supremo, conseguiu aprisionar seus espíritos em u...
Apesar das horas terem passado, o céu continuava claro e sem muitas nuvens no céu. A brisa soprava levemente e as folhas balançavam com ternura.
Mas o jogo continuava fervoroso.
— "4-3-1, Marechal."
Disse Meruem, concentrado.
— "5-4-1, Capitão."
Rebateu Komugi, triunfante.
— "Mais um Checkmate..."
Meruem recolhe as peças e começa a reorganizar elas novamente.
Essa era a sua 46ª partida com Komugi, sem contar as outras milhares que jogaram antes de vir para esse lugar.
Meruem já não estava mais preocupado em vencer de qualquer maneira, então o tempo ou as derrotas não o afetavam.
Komugi observava Meruem organizando o tabuleiro e, ainda receosa de quebrar o embalo de suas jogatinas silenciosas, decide começar uma conversa.
— "Senhor Meruem, o senhor se lembra daquele dia em que fez uma aposta comigo?"
Disse Komugi, esfregando seus polegares um no outro, ainda tímida de sua repentina ação.
Meruem é pego de surpresa novamente, ele não esperava que ela quisesse falar sobre aquele dia. Afinal de contas era algo que ele mesmo sentia desconfortável de relembrar, então imaginava que seria traumático para uma humana como Komugi.
Mas estava curioso sobre o que ela pretendia falar, então resolveu apenas ouvir.
Komugi se permitiu a continuar após ver que ele estava prestando atenção.
— "Eu apostei minha vida, assim como nas minhas partidas anteriores, mas eu nunca cheguei a perguntar isso antes... Por quê o senhor queria arrancar meu braço?"
Komugi dirigiu seu olhar para os olhos profundos de Meruem.
Porém, Meruem baixou seu olhar, envergonhado.
Ele apenas queria uma vantagem sobre ela, algo que pudesse desequilibrar seu ritmo e o fazer ganhar de uma vez.
Porém, quando Komugi ofereceu sua vida ao invés do seu braço, isso despertou algo nele. Um senso incoerente de justiça.
Ainda muito envergonhado dessa lembrança, ele apenas balançou a cabeça.
Porém Komugi persistiu na conversa.
— "Há algo que eu poderia oferecer em troca, senhor Meruem? Qualquer coisa que queira!"
Bom, ele não desejava nada... exceto uma coisa.
— "Se bem me lembro, antes de virmos parar neste lugar, te pedi humildemente que me chamasse somente pelo meu nome."
Disse Meruem, voltando a olhar diretamente para Komugi.
Ele não queria a intimidar, mas gostaria de frisar seu pedido.
Komugi sentiu seu rosto queimar de vergonha, fazendo sua pele pálida se tornar um vermelho tênue.
Komugi rapidamente tentou se corrigir, gaguejando e se forçando a falar o nome de Meruem.
Meruem deu um leve sorriso, entretido pela sua timidez.
Num ato misericordioso, Meruem decidiu ajudá-la a pronunciar seu nome.
Chegando mais perto, ele segurou o rosto dela, fazendo-a parar de falar por um minuto.
— "Me–Ru–Em."
Disse ele, pausadamente.
Enquanto ele observava Komugi estremecer perante seu toque, ele também notara como seu rosto era esbelto.
A pele pálida combinava com o corado de suas bochechas e complementava muito bem com o azul de seus olhos.
Mas não era só a aparência, sua pele também era macia e sedosa, como um lenço de cetim.
Komugi, ficou paralisada. Ela mal conseguia abrir os lábios por conta da mão de Meruem comprimindo suas bochechas.
E pior ainda, ela estava tremendo de vergonha, era impossível ela conseguir espremer qualquer palavra de sua boca agora.
Porém ela tentou...
— ᵐwₑrᵘhₑiᵐ...
Sua voz saindo torta e baixinha.
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Meruem não disse uma palavra sequer.
Ele apenas a encarou por mais alguns segundos antes de soltá-la.
— "Melhor..."
Ele voltou ao seu lugar novamente. Dessa vez decidiu olhar para o céu azul que ainda estava radiante mesmo depois de todo esse tempo jogando.
Komugi respirou fundo, tentando se acalmar.
Quando finalmente recupera o folego, ela percebe Meruem olhando para o céu.
— "Não escureceu nem um pouco..."
Meruem diz, encabulado.
— "Realmente... O que será que pode estar causando isso?"
Komugi questiona, refletindo na sua própria pergunta.
Meruem olha novamente para Komugi em seu rostinho pensativo.
— "Pode ser você, Komugi."
Continua...
Nota do autor: Eai? Tão gostando? Querem mais? Eu sinceramente adoro escrever esse enredo, mas me dá um trabalho que talvez não valha tanta a pena. Mas me digam vocês, se quiserem mais só comentar 👍.
