Bom dia, Amor

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— Bom dia, amor – a voz normalmente doce que enchia o coração de Taehyung, que cantava e o encantava a cada palavra proferida, agora tinha notas graves e aveludadas, um pouco cavernosa depois de todo o esforço dos dois.

— Bom dia, Gukkie.


✨🌙✨




Taehyung despertou lentamente. Seu rosto estava amassado contra o travesseiro, seu corpo espalhado na cama king, os lençóis enrolados, cobrindo metade de seu corpo quente. Quando ainda estava procurando o apartamento e se deparou com o studio no último andar de um prédio de tijolos com vidros do chão ao teto, e que graças a um montante de dinheiro gasto por um pedaço aéreo, não possuía nenhum prédio na frente, tapando o sol, que agora aquecia as costas de Taehyung, sabia exatamente onde iria colocar a cama.

Ele respirou fundo o cheiro do tecido aquecido e fechou os olhos.

Manhãs de sábado eram sempre assim. Quentes e preguiçosas. Taehyung poderia ficar na cama olhando o sol subir e sumir no horizonte do outro lado do studio. De sua cama, conseguia ver a área da cozinha, e a luz rósea pintava o apartamento todos os dias, mas eram só aos sábados que Taehyung podia ver esse espetáculo privado em sua cama.

Ele abraçou o travesseiro, olhando diretamente para o sol, seus olhos se irritando, ele fechou os olhos e respirou fundo mais uma vez.

Estava em uma paz que nem ele, sendo um amante da literatura e praticante da escrita, poderia colocar em palavras ou descrever com riqueza de palavras o sentimento que invadia seu corpo todas as manhãs de sábado. Paz era simples demais, mas descrevia um pouco o que sentia.

Ele normalmente não pensava em nada nessas manhãs. Apenas ficava ali, deitado, sentindo o sol aquecer tanto a sua pele que ele precisava se levantar da cama, ou ficaria queimado. Mas ele esperava até o último segundo para fazer isso, agora, ele ainda tinha muito tempo ao sol antes de decidir que precisava fazer alguma coisa da vida, além de se alimentar da energia da bola de fogo.

"Só mais um pouquinho, sol. Não quero me levantar", ele murmurava sempre que sentia sua pele arder, como se sua súplica fosse alcançar o astro flamejante e ele compadecesse com a sua preguiça e diminuiria os raios, apenas para que Taehyung continuasse deitado.

Um braço tatuado acompanhado de uma perna musculosa o abraçaram, o puxando para mais perto do corpo de pele com a tonalidade mais próxima ao dos lençóis que a de Taehyung, que se assemelhava a um caramelo. Taehyung suspirou e se arrepiou quando ele respirou fundo contra a pele de seu pescoço.

Oh sim. O vento soprou uma nuvem na cara do sol, e Taehyung se arrepiou pela falta do calor do astro. Ele sentiu o corpo nu contra o seu, uma parte do outro estava bem desperta, enquanto o dono ainda acordava. Taehyung sorriu se contorcendo, movendo sua bunda contra o membro mais desperto naquele corpo, provocando um calor que subia do meio de suas pernas. O sol voltou a espiar eles.

Taehyung abriu a boca para chamar o dono do corpo musculoso a suas costas, mas deixou um arfar escapar, quando o membro duro do outro se encaixou entre suas bandas. Taehyung acreditava ter sussurrado o nome dele, recebendo um 'hun?' em resposta.

— Uhnn – gemeu. Seu corpo estava bem desperto agora e a nuvem cobriu os olhos do sol novamente. — Gukkie.

Taehyung se aconchegou mais ao corpo quente do namorado. Jeon Jeongguk, era tatuador e o motivo de três livros de romances consecutivos de sucesso. O homem que sua avó aprovava, que lhe desenhava em folhas crocki, arrepiava todos os fios de seu corpo e pintava-o de vermelho com os lábios, marcava suas digitais nos quadris e coxas de Taehyung e pérolava-o de branco onde ele queria.

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