MONKEY D. LUFFY x FEM OC
INICIADA: 20 de fevereiro de 2024
TÉRMINO: ?
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* 𝐔𝐌𝐀 𝐂𝐑𝐈𝐀𝐍𝐂̧𝐀 nunca escolhe onde nasce, e nem onde é criada e as pessoas quê conhecemos ao longo da nossa vida podem moldar o nosso caráter e quem nós somo...
𝐎𝐒 𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎𝐒 espalhados pelo quarto escuro e a princesa de cabelos negros encolhida em um canto da cama gigante, que fazia o possível para que as lágrimas e o aperto em seu peito parassem por um momento e lhe deixassem respirar novamente. As palavras das criadas faziam eco em sua mente e não lhe deixava esquecer por momento algum. A dor de ser traída martelava o seu peito e fazia um nó em seu estômago, ela sentia nojo e ânsia de si mesma. O jantar colocado no chão lhe dava vontade de vomitar sempre que a menina passava os olhos, mais formigas haviam se instalado no prato e os pedaços de carne foram levados desde muito cedo pelos ratos.
" – Os tenryuubitos não são pessoas arrogantes e maldosas? Porque eles dariam a princesa para homens tão cruéis assim?
– Ouvi dizer que daqui a dois dias a princesa conhecerá o homem que ela se casará!
– Coitadinha, ela sempre teve uma vida sofrida! "
Ela não iria se casar, nem que tirasse sua própria vida. Akira tinha perdido todas as esperanças de que um dia poderia ser uma pessoa livre, nunca havia entendido as ações de seus pais e o porque de ter sido isolada, mas odiava eles até os ossos. Passar tanto tempo em silêncio lhe fez desacostumar com barulhos altos e hipersensibilisar seu ouvidos, dias em que os barulhos assustadores que vinham das celas da prisões perseguiam seus ouvidos, o seu corpo entrava em auto-defesa e parava de funcionar. E hoje era um desses dias. Quando criança ela passava horas gritando e socando a porta de metal até que suas mãos sangrassem e sua garganta estivesse em carne viva.
As suas unhas arranhava seu crânio e puxava seus fios escuros e sedosos, ela fazia o possível para que a dor em sua cabeça superasse a dor em seu peito. Ela reuniu forças para se levantar, os pés sobre a superfície gelada e dura caminham de uma forma desleixada até o banheiro, o zumbido em seus ouvidos vinha acompanhado de lembranças cruéis. O seu reflexo desgrenhado no espelho foi uma visão já esperada, olhando para os seus próprios olhos dourados por um tempo ela conseguiu sentir o ódio subindo e quando mais uma vez o pensamento viajou pela sua mente...
Clack!
A cabeça da princesa tombou de uma vez em direção ao espelho na parede, fazendo com que o vidro se estilhaçasse e a pequena garota de olhos dourados perdesse a consciência. E por um momento paz foi a única coisa que ela sentiu.
