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— entrei ao meu quarto e logo parei na porta raciocinando o que tinha acontecido, desde muito tempo eu não ficava perto de Aemond assim, a última vez foi a praticamente 10 anos atrás, o que me estranhava lembrar que já fui minimamente próxima da criança de Aemond, apesar de ele e seu irmão desprezarem a nós, Aemond era diferente comigo.
— quando Joffrey nasceu, sua primeira semana foi complicada com minha mãe, ele estava muito birrento e minha mãe com dores ainda do parto, mas em específico 3 dias depois de seu nascimento, eu estava no meu quarto a noite me preparando para dormir, quando caiu a chuva, eu sabia que sofreria para dormir naquela noite, minha mãe que não poderia me acudir e meus irmãos que já estavam dormindo a horas por passarem o dia inteiro treinando e estudando, teria que lidar com meu medo sozinha por uma noite aquela vez.
— desfiz as tranças que estavam em meus cabelos mas logo soltei o pente que eu segurava – um barulho muito alto de trovão veio em seguida de um grande clarão – sem a intenção eu soltei um grito, uma criança com pânico de chuva sozinha não iria dar certo nunca.
— sai de perto da prateleira e fui para uma poltrona do lado de minha cama me sentando abraçando meu joelho escondendo minha cara neles – os cabelos caiam pelo meu rosto se molhando com as lágrimas que começavam a cair – o medo que realmente parecia bobo, mas aquela criança sofria e sofre até hoje com essas chuvas
— escutei um barulho de alguém batendo na porta e estava esperando muito que fosse algum de meus familiares, Leanor, Harwin, Nyra, ou meus irmãos, eu implorava que fosse qualquer um deles, só precisava de alguém para me acalmar ali – vesti minha blusa de frio, e fui em direção a porta correndo e abrindo
— vi a criança de cabelos longos e loiros a minha frente com uma capa de frio com cara de preocupação – Rhaenyse, eu escutei seu grito, está bem? – Aemond pergunta se cobrindo da chuva
— sim, obrigada por perguntar – a morena sorri para o garoto
— eu escutei Jace dizer que você tem medo de chuva, quer que eu ajude em algo? – era inacreditável aquele ser Aemond, mas era, era uma criança gentil, até mesmo com sua sobrinha que nem deveria conversar
— por favor – dou espaço para ele entrar
— o garoto entra e tira sua capa maior que o cobria da chuva – o que exatamente eles fazem quando precisam te acalmar?
— o quarto se ilumina com o raio perto que havia caído, rapidamente eu que fechava a porta me escorei nela e me sentei no chão tapando meus ouvidos
— Rhaenyse? – a criança vem até mim e se agacha preocupado
— não esboço reação até o barulho do trovão estourar, quando a fortaleza treme um pouco com o barulho eu aperto ainda mais meus ouvidos, forçando também meus olhos a fecharem
— Aemond parecia assustado por basicamente não saber o que fazer – Helaena tem sensibilidade com barulho também, minha mãe sempre a abraça nessas situações, acha que é uma boa opção?
— concordo com a cabeça sem mudar de posição
— o garoto meio desajeitado se senta ao meu lado no chão e passa o braço pelo meu ombro dando um abraço de lado enquanto fazia uma tentativa de carinho no meu cabelo
— solto meus braços dos meus ouvidos e relaxo um pouco dando mais liberdade ao loiro – obrigada – eu falo
— não precisa agradecer, estou retribuindo por ter brigado com seus irmãos no dia do fosso
— quando Aegon e meus irmãos trouxeram um porco para Aemond eu acabei brigando com eles falando o quão idiota tinham sido e também pedi desculpas para Aemond.
— os trovões foram diminuído, mas ainda sim continuavam, Aemond tapava meu ouvido quando percebia o trovão, e foi assim até que peguei no sono encostada no peito do garoto
— fui acordada com ele me falando para ir para cama, afinal a chuva tinha passado – obrigada Aemond, e me desculpe pelo meus irmãos novamente por aquele dia – sorrio para criança abrindo a porta – obrigada.
— não há de que – ele sai e eu vou dormir em minha cama
— o meu tio mais novo não era uma criança ruim, era o mais tranquilo entre ele e Aegon – ele nunca tinha feito provocações ou qualquer outra coisa comigo, até porque eu sempre fui pouco próxima de Helaena e a garota era próxima a ele, o que ocasionava na relação pacifica entre mim e o loiro.
— mas depois do acidente do olho dele, quanto ele simplesmente me chamou de bastarda e praticamente me enforcou, eu já não reconheci ele, obviamente, não era a mesma criança que me acalmou numa noite chuvosa em King's Landing.
— com tantas memórias e eu estava ali parada na mesma porta onde fui abraçada por Aemond, mas agora havia acabado de ser ameaçada, o que 10 anos não fazem com uma pessoa, principalmente depois de perder um olho.
ꕀ
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— meus amores, esse é meu capítulo postado favorito até agora, o único que não mostra o lado hostil de Aemond. — 𝙉𝙖̃𝙤 𝙚𝙨𝙦𝙪𝙚𝙘̧𝙖𝙢 𝙙𝙚 𝙫𝙤𝙩𝙖𝙧, 𝙢𝙚𝙪𝙨 𝙖𝙢𝙤𝙧𝙚𝙨!!☆
