Hm... oi. Eu sou Kara Rogers, e essa é mais uma crônica que você vai ler no programa Mist City, o seu podcast favorito. Esses dias aconteceu uma coisa bem estranha comigo e contei pra um amigo meu que é policial, e ele disse que acabou tudo bem... na visão dele. E se você está aqui... tudo isso tem relação com o nosso apresentador do programa.
A coisa volta lá pra 2014, quatro anos atrás, quando eu fui realocada do meu emprego de jornalista investigadora s me mandaram pra crônica. Okay, não é lá ruim só que eu
só tenho a reclamar da maldita redução de 500 dólares. É, a coisa não tá fácil pra ninguém num mundo capitalista onde você é só um número.Procurei por alguns dias por anúncios em lugares sombrios tipo o Facebook, e um moço de uns vinte e cinco anos num anúncio do Marketplace disse que queria rachar um aluguel porque ele
também estava passando por "escassez de trabalho", e então eu concordei em fazer uma visita. 250 dólares divididos por dois, e as fotos que ele enviou eram deslumbrantes. Fechei o negócio em menos de três minutos.O nome desse moço era Keith Hawthorne, e pela foto do perfil era um moço desses que ae você chutar uma árvore no seu bairro, caem 15.
Bem, com ele sendo mais jovem do que eu, supus que ele deveria ser mais agitado, mas
conversamos e ele disse que a bagunça que ele faz é incrivelmente silenciosa e que promete ser o mais responsável possível com seu pagamento. Então concordei e dois dias depois eu o encontro lá no apartamento para me mostrar como é a casa que supostamente iríamos dividir. Aquele flat era numa rua muito bem movimentada e o apartamento era quase na cobertura,
com encanamento a gás e chuveiros nesse encanamento, o que é bom; odeio chuveiros elétricos. Depois chequei os quartos, havia dois disponíveis, além do dele. Incrível como me apeguei ao lugar, e eu poderia colocar a minha parafernália ali no quarto que sobrava e não atrapalhar mais espaço dele.Quero descrever meu "colega de república": ele era bem alto, tinha mesmo a cara de uns
vinte anos no máximo e tava usando uma jaqueta de couro em cima de uma camiseta azul com a cutie mark da Rainbow Dash bem no peito, surrada pra caramba e bem velha. Okay, me senti meio constrangida de ter reconhecido algo de My Little Pony, mas isso não vem ao caso; voltando a minha descrição, ele tinha um cabelo comprido cacheado enorme de um ruivo bem
chamativo. E natural, de fato. Ele tinha os olhos verdes e um jeitinho afeminado, mas não me incomodava em nada. Ele me convidou para conhecer os vizinhos e ver alguns locais do bairro pessoalmente, tipo um passeio e então...o investimento é MUITO maior do que o preço que ele
ofereceu. E fechei negócio sem pensar duas vezes.Keith parecia estar superanimado; e um detalhe que quero esclarecer sobre ele é que ele tem um sotaque latino beeeeem forte; rapaz adorável, um bombonzinho, brincalhão e fala palavrão
um atrás do outro. Gostei dele imediatamente.Bem, combinamos de nos ver no dia da mudança e ele sorriu, dizendo que estaria à minha espera para tirar as coisas do caminhão e subir, já que era uma crueldade uma dama carregar móveis pesados em escadas quase até o último andar. Okay, a mudança foi incrível e satisfatoriamente organizada.
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Jackrabbit
Cerita PendekKara Rogers não estava pronta para perder seu emprego como jornalista policial no jornal local de sua cidade, e muito menos perder seu salário exorbitante. Na busca por um teto para alugar e dividir as contas, a jornalista acaba se deparando com Kei...