Sempre será você.

II - Luiz.

Entro com muita raiva no meu quarto.
Não deveria falar daquela forma com Anny.
E o que ela quis dizer quando disse que eu não sabia?

Fico irritado e vou tomar um banho gelado para acalmar.

Preciso pedir desculpas pra ela, mas acho que ela agora me odeia tanto que não vai querer me ouvir.

Estou cansado de ser sozinho assim, preciso falar com alguém, mas não tenho com quem falar, deixei meus amigos de lado e fiquei esses cinco anos em estudos e trabalho. Me envolvi com algumas garotas. Mas nada que seja de verdade, depois que perdi meu melhor amigo, fiz uma promessa para ele e fui incapaz de cumprir.

"Cuida da minha irmã, por favor." - isso ficou soando na minha cabeça durante esses cinco anos, mas ela nunca nem me ligou, ela simplesmente foi embora sem nem se despedir de mim.

Levo um susto quando meu celular toca, coloco uma toalha em volta da cintura e vou buscá-lo.

-Alô?!

-Oi filho! - estranho meu pai me ligar assim.

-Pai? Tá tudo bem? - eu questiono enquanto me senti na cama.

-Sim! Só queria saber se você estará livre está noite, vamos ir para um jantar de negócios antes da reunião e gostaria que você estivesse lá, o que acha? - ele me pergunta.

-Ta, pode ser, que horas e onde?

-às oito no La'burie. - ele diz.

-Esta bem! Encontro vocês lá.

-Marcado, filho! Em falar nisso, vamos falar de alguns projetos, soube que Anny está desempregada, talvez seja bom ela participar com a nossa empresa, para tentarmos algo. - Merda.

-Pai... Sobre ela... - ele me corta.

-Luiz, seja lá o que fez com essa menina, dê um jeito dela estar lá. Mandei todos os históricos das maiores empresas de Londres, dizendo sobre o trabalho dela, dê uma olhada. Tem o histórico da faculdade também. - ele respira fundo. - devemos isso aos pais dela. Eles sempre estiveram ao nosso lado nos apoiando na empresa.

Ficamos em silêncio e ele termina.

-Filho... Tem algo que você não me contou sobre ela? - ele sabe que tem.

-Pai, vou ver os históricos dela, tentarei levar ela para a reunião, não sei se ela irá aceitar. - digo.

-Ótimo. Te encontro as 20h.

Ele desliga.

Ligo para Pierre, um amigo que fiz na faculdade e que trabalha comigo, nunca falei sobre minha vida com ele, mas no momento, ele sendo meu secretário, acho que posso falar com ele.

-Chefe? - ele diz sarcasticamente.

-Odeio ser chamado assim. - ele ri. - Pierre, quero me encontre agora no bar da praia do forte.

-Que isso chefe, praiou? - ele brinca.

-Eu preciso de um conselho.

-Ta bem, estou indo pra lá agora. - ele diz.

-Obrigado. - eu respondo e desligo.

Coloco uma bermuda azul e uma regata branca. Pego meu óculos escuro e um boné. Pego meu celular e as chaves do carro, assim que saio do quarto, vou até o quarto de Anny, a porta está entreaberta então empurro devagar.

O quarto está arrumado. Ela está deitava na cama, dormindo, me seguro para não ir até ela, ela se mexe e eu saio rápido, fecho a porta e desço. Encontro minha mãe na sala e digo que estou indo encontrar Pierre para resolver umas coisas.