I am a Straight Guy Working in A Gay Bar (Novel - PTBR)

Capítulo 09

Dez minutos depois, cobri meu pescoço devastado e olhei para o homem à minha frente, com lágrimas nos olhos e chateado.

Ele parecia completamente inalterado, sem nenhuma mudança em sua expressão. Ele se inclinou e lentamente prendeu meu colarinho que acabara de desfazer antes. As novas marcas na minha clavícula agora estão encobertas. Ele parecia tão calmo como se não tivesse sido ele quem pulou em mim em plena luz do dia momentos atrás.

Fazer algo assim na rua em público, mesmo estando no carro, ainda me fazia suar muito de ansiedade. Olhei para ele ferozmente e disse: "Você disse que só tocaria meu pescoço!"

No entanto, ele roeu minha clavícula também!

Ele se desculpou sem um pingo de sinceridade: "Desculpe, não consegui me controlar".

Eu deveria saber que nem uma única palavra desse cara é confiável. Só posso me culpar por ser muito descuidado. Felizmente eu ainda estava com meus curativos...

Peguei as bandagens brancas que estavam encharcadas de suor e torcidas em uma pilha bagunçada ao lado do assento e fiquei em silêncio.

Enrolar isso no meu pescoço de novo? Eu não acho que posso fazer isso,

Enquanto eu lutava contra mim mesmo em silêncio, o carro parou de repente.

Ele desafivelou o cinto de segurança e saiu do carro. Atordoado, só consegui olhar para ele na direção em que ele partiu. Antes que eu pudesse decidir se queria ou não segui-lo, ele já havia retornado a passos largos.

Um objeto branco foi jogado pela janela do carro. Eu inconscientemente peguei e olhei para baixo. Era um rolo de bandagens novinho em folha.

Parecia que ele foi à farmácia.

Hmph, pelo menos ele tem algum bom senso.

Olhei para baixo para desenrolar as bandagens. Ele não correu para entrar no carro, em vez disso encostou-se na janela do carro para olhar para mim. "Você está com tanto calor?"

Limpei o suor do pescoço e um punhado da minha franja meio encharcada na testa. Então, revirei os olhos para ele: "Que tal você tentar enrolar algumas malditas bandagens em volta do pescoço no verão? Vou te chamar de 'pai' se você não achar que está quente."

Sem expressão, ele despejou duas palavras antes de se virar e sair: "Espere aqui".

Que diabos? Isso o irritou?

Fiquei um pouco confuso, refletindo sobre o tom da minha voz antes. Mas não pareceu nada ofensivo? Nunca agi mal, mesmo quando ele se aproveitou de mim ou brincou comigo antes. Não posso dizer algo assim comigo? Todos os gays são tão mesquinhos?

Fiquei ali sentado com a cabeça cheia de pontos de interrogação por cinco minutos até que ele voltou com algo na mão. Novamente, ele não entrou no carro e me passou pela janela novamente.

Foi um sorvete.

Meus olhos brilharam imediatamente e eu peguei sem pensar. Mas antes de comê-lo, ainda reservei um tempo para perguntar a ele: "Para mim?"

Ele cantarolou em resposta, abriu a porta e sentou-se novamente.

O logotipo na casquinha de sorvete parecia familiar. Reconheci de onde veio – a sorveteria perto da nossa universidade. Durante o aniversário da minha veterana no ano passado, o namorado dela pediu um bolo daquela loja e estava tão bom. Infelizmente, era muito caro, então alguém tão falido como eu só conseguia olhar de longe enquanto babava e só sonhava em comê-lo algum dia.

O que estou segurando deve ter sabor de iogurte. Eu cheirei primeiro, depois cuidadosamente coloquei a língua para fora e lambi. A sensação de frio gelado fez um sorriso florescer em meu rosto.