~Clara Nunes
No coração pulsante da Rocinha, onde as vielas estreitas respiram histórias de sobrevivência e desafio, me encontro em meu território familiar. Com 19 anos de idade, sou uma alma resiliente, moldada pelas ruas de paralelepípedos e pela cacofonia de vozes que ecoam entre os becos sombrios.
O sol do Rio de Janeiro lança seus raios dourados sobre as casas empilhadas umas sobre as outras, criando uma tapeçaria de sombras e luz que dança ao ritmo da vida na favela. Caminho com determinação, meus passos ecoando pelas ruas estreitas enquanto me esgueiro entre os moradores que conhecem meu nome.
Sou uma figura enigmática na comunidade, conhecida por minha coragem e minha lealdade àqueles que merecem. Meu pai, um traficante respeitado na Rocinha, me ensinou desde cedo o valor da família e da proteção mútua. Minha mãe, uma psicóloga cujas consultas em casa são tão secretas quanto as transações ilegais de meu pai, vive em um mundo de ilusões, alheia à realidade que se desenrola sob nosso próprio teto.
À medida que avanço pelas vielas sinuosas, as gírias do Rio de Janeiro ecoam em meus ouvidos, um lembrete constante de minha conexão com a cultura vibrante da cidade. Cumprimento os conhecidos com um aceno de cabeça e um sorriso sutil, minha presença exalando uma mistura de confiança e cautela.
Enquanto o sol se põe sobre a Rocinha, lançando sua luz alaranjada sobre os telhados de zinco e as paredes caiadas de branco, sei que minha jornada está apenas começando. Estou determinada a traçar meu próprio destino neste labirinto de esperança e desespero, mesmo que isso signifique desafiar as expectativas de minha própria família.
Com cada passo firme em direção ao desconhecido, me vejo mergulhando mais fundo nas entranhas da Rocinha, pronta para enfrentar os desafios que aguardam adiante. Pois, no final das contas, é aqui, entre as ruas tortuosas e os becos sombrios, que encontrarei a verdadeira essência de quem sou destinada a ser.
Caminhava animada pelas ruas da Rocinha, pronta para se encontrar com Ana e assistir ao jogo dos traficantes, uma tradição local. Ela estava ansiosa para o evento, sabendo que seria uma noite cheia de emoções e diversão.
Ao chegar ao ponto de encontro, Ana já estava lá, com um sorriso no rosto.
Clara: E aí, mona! Pronta pra curtir o jogo?
Ana: Oi, Clara! Tô sim, já tava na expectativa desde cedo.
Clara: Que mara, mana! Vai ser demais, tenho certeza!
Clara: Com certeza, amiga! E aí, trouxe alguma coisinha pra gente beliscar durante o jogo?
Ana: Claro, mona! Peguei umas coisinhas na birosca ali perto, só coisa boa!
Clara: Ah, que beleza! Você sempre se garantindo, né?
Ana: É isso aí, maninha! Agora é só curtir e torcer pros nossos caras!
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~Gente como experiencia eu levo besteira pra comer em jogo pois na minha cidade as coisas são muito caras.
~A gíria "birosca" é usada informalmente para se referir a um lugar desorganizado, bagunçado ou de má qualidade.Usamos aqui pra representar bar e mercadinho.
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Minha Dama
FanfictionEsperei pelo momento certo só pra te impressionar Tu cheia de marra, tentando me ignorar Mas seu olhar já dizia tudo Roubei teu coração, te trouxe pro meu mundo