"Você sempre lembrará de mim." Era isso que Liv falava para Charles em seu antigo relacionamento.
Aonde Olivia e Charles, o il predestinato, estão destinados a ficarem juntos...
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""Quantas vezes você já foi amada?"
Foi o que a minha psicóloga perguntou e uma grande incógnita se plantou em meus pensamentos. Será se eu fui amada algum dia?
Se contar com o amor dos meus pais, acho que minha mãe me ama. O amor que Charles realmente sentiu amor por mim? Ele me amou igual eu amei ele?
Talvez sim, talvez não. Perguntas sem respostas.
A única certeza que eu tenho é, eu te amei muito e ainda amo. Amo o sorriso, o som da risada, amo aqueles olhos azuis cristalinos igual o oceano que me afogam assim que entram em contato com os meus, amo como eles são sinceros e espelham qualquer sentimento que você está sentindo.
Como disse Harry Potter: "Aqueles que nos amam nunca nos deixam de verdade."
Eu sempre falei que você lembraria de mim, você lembra? Lembra que eu te fiz assistir o musicais? Lembra das minhas danças? Lembra das minhas birras? Lembra dos carinhos no seu cabelo? Lembra dos filmes que eu fiz você assistir mesmo você insistindo que eles eram ruins?
Você me disse que sente saudades, minha psicóloga uma vez me disse que a saudade são pedaços do outro que ficaram eternizados em nós. As vezes quando eu me deitava para sonhar, eu imaginava um mundo em que a gente deu certo, parece meio humilhante eu sei, mas eu já aceitei que ainda há um pouquinho de você dentro de mim.
Mas na vida real nós demos certo, né? Na verdade, você não quis que desse certo.
A sua ligação em plena madrugada acendeu uma chama quase apagada em meu coração, e percebo que mesmo você partindo, não se foi completamente do meu coração. Parte de mim entende a tua partida, a outra parte morre de saudades.
Saudade, um sentimento que não tem cor, odor, corpo ou textura mas consegue ser o mais complexo e, muitas vezes, doloroso. Seja ela boa ou ruim, sempre dói. Tinha vezes em que eu parava tudo o que eu estava fazendo e olhando distante com meus pensamentos fixos em ti, eu esperava meu coração parar de doer.
E o pior tipo de saudade é aquela que você sente, mas não pode ir atrás
Quando você partiu não se foi somente o meu namorado, mas também o meu melhor amigo. Quem eu contava absolutamente tudo da minha vida, e quando mais eu precisei de você, me abandonaste. Você levou tudo de mim, soleil¹.
Oblívio (S.M.) é um coração abandonado. é o sentimento de te procurar infinitas vezes sem resposta. é um grito no vazio. é saudade em corpo frio. é a falta da própria falta. é brindar sozinho num bar.
É assim que eu me sinto, e isso é a sentença final da existência. Mas eu vou ficar bem, eu sempre fico. A sua ausência me fez um mal necessário, o seu silêncio me ensinou muito.
E como eu falava para você: "O passado é fixo e não vai mudar, o futuro é grande e não nos pertence."
Você, Charles Leclerc, foi a melhor e mais dolorosa coisa que já me aconteceu, e eu daria tudo por uma despedida descente, um último beijo, um último abraço.
Mas quem sabe em uma próxima vida."
Uma carta escrita dois dias após a última ligação de Leclerc. Olivia escrevera a carta com todos os seus sentimentos aflorados, dava até para ver as letras borradas com algumas gotas de suas lágrimas. Escrevera sem intenção alguma, mas agora o objeto está nas mãos do destinatário.
Charles lera a carta com total atenção e absorvendo cada letra escrita pela mulher. Ele havia a recebido pelas mãos da mãe da garota que, ao fazer uma grande faxina na casa de Olivia, encontrou a carta e levou para Leclerc.
Ele, com os olhos marejados e com o choro entalado na garganta, estava dentro do quarto de hotel quando finalmente criou coragem o suficiente para ler o conteúdo.
O seu peito grita, rasga, quebra, dói clamando pelo colo da garota que ele tanto amava e ainda ama demais. Sua mente borbulhando de sentimentos queria tanto explicar para Olivia o que realmente havia acontecido, mas ele sabia que ela nunca acreditaria.
E ele aceitou a sua sentença, ficar sem sua amada por algo que foi parcialmente sua culpa.
Será que aceitou?
Dói, uma dor aguda, uma dor desesperadora, uma dor enlouquecedora. E ele chora, um choro doloroso, torturante, agoniante como uma pequena criança sem seu doce.
O problema é que ninguém o acalentaria.
E em meio o as suas lágrimas desesperadoras por sua amada, ele finalmente decide concertar tudo. Não o passado, mas o presente para que no futuro tudo mude.
