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CHARLES LECLERC point of view_________________________

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CHARLES LECLERC point of view
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ME questionei diversas vezes o porquê eu ainda estou nessa festa, Carlos me puxou de última hora pois nos últimos dias não consigo nem sair do quarto.

As memórias daquele dia na praia ainda me rodeiam. Questionamentos não respondidos martelam a minha mente.

"Eu deveria ter falado?"

"Será se ela me odeia ainda mais?"

"Ela odiou o beijo?"

Os pontos de interrogações se embaralham formando um nó em minha garganta, não me deixando falar e muito menos respirar.

Percebo que estou encarando o chão há alguma horas enquanto estou encostado no balcão do bar, o gelo que estava em meu uísque já está metade derretido, só é o meu segundo copo mas já não suporto mais beber. Só penso em ir embora imediatamente.

Até que alguém me chama a atenção. Uma pessoa alcoolizada se jogando em cima do balcão, até tomo um susto.

— Moço, o que cura a dor do amor? — ela disse com a voz embriagada enquanto tirava alguns fios de cabelo que caíram sobre seu rosto. Mesmo bêbada ela continua linda, como sempre.

Quando você descobri, me avisa que eu preciso também. — tomei mais um gole de minha bebida. Ela chama o barman mas sou mais rápido pedindo uma água para ela.

Olivia faz um bico, igual as outras vezes, e me olha emburrada com os braços cruzados.

— Você é um folgado sabia?— disse ela com o cenho franzido.

— Eu? Por que? — a encaro com um sorriso brincalhão. Parece que já vivemos isso várias e várias vezes.

— Você pode beber mas eu não? Isso é machismo sabia?

Quase cuspo a minha bebida pela gargalhada que prendi na garganta.

— Você tá bêbada Olivia, estou evitando deixar você entrar em um coma alcoólico.

— Eu sempre bebi muito e nunca tive isso Leclerc, você mesmo já me viu beber diversas vezes. — ela agora se apoia na as costas no balcão.

Eu a encaro sem saber o que falar, então apenas a observo por alguns segundos até que começa a tocar uma música especial

Ela me olha com um brilho intenso nos olhos e com um grande sorriso, como se só o início da musica fosse o suficiente para lhe dar ânimo.

"I said I didn't feel nothing, baby, but I lied
I almost cut a piece of myself for your life"

Ela canta como se a vida dela dependesse dessa letra. E eu apenas a observo, com o seu brilho encantador, eu a aprecio como uma obra de arte esculpida por algum escultor muito famoso.

"So call out my name (call out my name, baby)
So call out my name when I kiss you so gently
I want you to stay (I want you to stay)
I want you to stay even though you don't want me"

Olivia agora canta olhando em meus olhos, com seu alto teor de álcool no corpo. Faço a decisão mais lógica possível.

Deixo algumas mensagens para Carlos avisando que estava indo embora, e levo Olivia para longe daquele ambiente, enquanto ela balbucia algumas palavras sem sentido e palavrões.

Como eu havia vindo de carona com Carlos, alcanço a chave do carro de Oliva, apesar dela relutar muito por querer dirigir mas eu não quero morrer hoje, e dirijo até a casa dela. No caminho não trocamos nenhuma palavra, ela olha para a janela e eu focado na estrada.

Quando chegamos, ela mal conseguindo andar e como sempre insistia em falar que está sóbria, tropeça nos próprios pés quase caindo no chão. E eu até gargalho com a sua insistência.

— Para de rir! Eu to bem ok? Só preciso de alguns minutos.— ela para e fecha os olhos, provavelmente por estar sentindo o mundo girar.

— Vem logo Liv.— Carrego ela estilo noiva e agora ela olha pra mim sem entender e começa a rir.

— Me põe no chão Charles— ela ri e balança os pés igual uma criança.

— Vamos logo já estou quase chegando no seu quarto ta vendo?— indico para ela que já estamos perto da porta do quarto dela.

Ao adentrar, vejo que quase nada mudou. Aquela parade continua roxa, algumas molduras estão no mesmo lugar, apenas com as fotos diferentes. Sinto meu peito apertado quando olho em volta.

Eu a coloco na cama enquanto ela ainda está rindo, na verdade nós dois estamos, e ela percebe a minha checada no ambiente, assim o seu riso foi se sessando aos poucos.

— Nunca tive vontade de mudar nada. — Volto minha atenção a ela, e Oliva olha em volta. Um silêncio pareia sobre nós.

Longos minutos de silêncio, mas foram cortados por um som de choro.

Olivia, está na minha frente bêbada e chorando igual uma criança sem seu doce.

— Por favor Leclerc, não entre na minha vida com a intenção de ir embora novamente, da última vez você me fez pedir para qualquer deus existente para que te tirasse de mim, e você sabe que eu não sou religiosa. — Olivia me implora com a voz trêmula, me pegou de surpresa. Eu me agacho ao lado da cama me aproximando dela passando a mão em seu rosto limpando as lágrimas e acariciando tentando acalma-la.

— Eu prometo que dessa vez será diferente Liv, eu prometo pra você. — deixo um selar na testa dela e vejo ela se acalmando. Quando eu ia me levantar, Ollie segura o meu braço.

— Por favor... Dorme aqui comigo. — ela me pede baixinho como se ninguém mais pudesse nos escutar, apesar de estarmos sozinhos naquele quarto.

Eu respiro fundo, pensando em como iria me arrepender amargamente daquela decisão e me deito ao lado dela.

Olivia se aproxima do meu corpo passando um braço pelo meu peito e jogando uma perna pelo meu tronco. Eu apenas coloco meu braço por debaixo da cabeça dela a aconchegando ainda mais perto.

Assim como fazíamos antigamente.

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É amigas, a cachaça antes de te matar ela te humilha
🤍

REMEMBER ME - Charles Leclerc Onde histórias criam vida. Descubra agora