Capítulo 5

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Pov Tom:

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Pov Tom:

-Bom... Foi uma coisa estúpida e muito simples. Também não acho que valha a pena contar, mas já que vejo você querendo...

Aaron era um curioso. Ele sempre enfiava o nariz onde não era chamado só para falar alguma coisa. Ele era o tipo de pirralho repelente que ninguém quer por perto, sempre se exibindo e se exibindo de tudo, fazendo isso com tanta naturalidade que parece ser sua própria natureza.

Eu sabia que ele era, ou pelo menos com o resto da gangue.

Comigo, nunca. Não sabia se era porque ele tinha medo de mim ou porque me respeitava e acreditava que eu merecia sua presença "real". De qualquer forma, ele não estava acostumado a ser agressivo na minha frente. Ele não costumava...

-Então? Por que capitão? - Estávamos vagando pela cidade, a caminho de lugar nenhum. A casa dele ficava do outro lado da cidade e eu me perguntei o que ele estava fazendo para me seguir como um cão vadio, mas não é como se eu me importasse muito com a presença dele.

-Aconteceu quando eu fiz dezoito anos e chegou a porra da carta que o governo mandou exigindo o serviço militar obrigatório.

-O claro. Isso. Felizmente minha mãe subornou alguém para que eu não tivesse que passar por lá. - Eu sorri. Ele já estava começando a se gabar.

-Eu não tive tanta sorte, eles até vieram me procurar. Fiquei lá por um mês e
meio, com Andreas, Ricky e alguns outros. Black tinha me falado muita merda sobre o recrutamento, mas não foi tão difícil. Talvez seja porque eu não sou judeu e ele é.

O Príncipe franziu ligeiramente a testa, reprimindo a vontade de reclamar. Ele cresceu em uma família rígida e conservadora, para não dizer fascista, e é claro, o que ele aprendeu não foi
exatamente uma ampla gama de tolerância em relação a certas
nacionalidades e tendências sexuais.

-Enfim, fiquei lá um mês e meio, até que o capitão da nossa brigada pegou um pequeno estoque de maconha e começou a gritar comigo na frente de duzentas pessoas. Ele se afastou dois centímetros do meu rosto e começou a gritar e me jogar saliva. Foi nojento.

-E o que fez?

-Limpei a saliva do rosto com o braço enquanto eles continuavam a me repreender e ele gritou: "Que diabos você está fazendo? Vai chorar, amor? A Alemanha não é um país para canalhas como você, uma bicha chorona!" - Os olhos de Aaron se arregalaram.

-Ele disse isso? E você... Iria enfrentá-lo, certo?

-Testa? Arranquei sete dentes com o soco que dei nele. Ele caiu no chão. Um bando de soldados pulou em cima de mim e
agarrou meus braços e pernas. O capitão se levantou do chão, veio em minha direção com a boca sangrando e me deu uma joelhada no baixo ventre, perto das bolas. Eu estava paralisado. Então eles me trancaram em uma cabine sozinho e no dia seguinte me expulsaram do exército. O capitão me disse pouco antes de eu voltar para casa que, se eu me desculpasse publicamente de joelhos, ele não apresentaria queixa contra mim.

Muñeco Abandonado By: Sarae - {PT-BR}Onde histórias criam vida. Descubra agora