Percy
Depois de sua fala ela saiu correndo pelo gramado, os cabelos loiros esvoaçando atrás dela. Mas a garota negra, Annabeth, gritou pra ela voltar, e assim ela fez, com uma carranca no rosto, mas fez. Pude ver que elas conversaram e a Annabeth foi embora.
- Então - disse, ansioso por mudar de assunto -, o senhor, ahn, trabalha aqui, sr. Brunner
- Sr. Brunner não - disse o ex-sr. Brunner. - Lamento, era pseudônimo. Você pode me chamar de Quíron.
- Combinado. - Totalmente confuso, olhei para o diretor. - E sr. D... significa alguma coisa?
O sr. D parou de embaralhar as cartas. Olhou para mim como se eu tivesse acabado de arrotar alto.
- Rapazinho os nomes são coisas poderosas. Você simplesmente não sai por aí os usando sem motivo.
- Ah. Certo. Desculpe.
- Devo dizer, Percy - interrompeu o Quíron-Brunner -, que estou contente em vê-lo com vida. Já faz um bom tempo desde que fiz um atendimento domiciliar a um campista em potencial. Detestaria pensar que tinha perdido meu tempo.
- Atendimento domiciliar?
- O ano que passei na Academia Yancy para instruí-lo. Temos sátiros de prontidão na maioria das escolas, é claro. Mas Grover me alertou assim que o conheceu. Ele sentiu que você era especial, então decidi ir lá.
Convenci o outro professor de latim a... ah, tirar uma licença.Tentei me lembrar do começo do ano escolar. Parecia tanto tempo atrás, mas eu tinha uma vaga lembrança de outro professor de latim na minha primeira semana em Yancy. Então, sem explicação, ele desapareceu e o sr. Brunner assumiu a turma.
- Você foi a Yancy só para me ensinar? - perguntei.
Quíron assentiu.
- Honestamente, de inicio eu não tinha muita certeza a seu respeito. Contatamos a sua mãe, informamos que estávamos de olho em você, para o caso de estar pronto para o Acampamento Meio-Sangue. Mas você ainda tinha muito a aprender. Não obstante,
chegou aqui vivo, e esse é sempre o primeiro teste.- Eu preferia que você não tivesse passado nesse teste de vida, loiritcho. - Ela falou olhando suas unhas.
- Grover - disse o sr. D com impaciência -, vai jogar ou não?
- Sim, senhor! - Grover tremeu quando se sentou na quarta cadeira, embora eu não soubesse por que ele deveria ter tanto medo de um homenzinho gorducho de camisa havaiana com estampa de tigre.
- Você sabe jogar pinoche? - indagou o sr. D olhando para mim com desconfiança.
- Infelizmente não - disse eu.
- Infelizmente não, senhor - disse ele e a garota riu
- Senhor - repeti. Estava gostando cada vez menos do diretor do acampamento.
- Bem - ele me disse -, este é, juntamente com as lutas de gladiadores e o Pac-Man, um dos melhores jogos já inventados pelos seres humanos. Imaginava que todos os jovens civilizados conhecessem as regras.
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My Witch
FanfictionLuna Notte cresceu em meio às sombras, filha da misteriosa deusa Nyx e de um mortal italiano. Desde tenra idade, ela foi envolvida em um mundo de mistério e magia, com vislumbres ocasionais das habilidades e poderes que herdara de sua mãe divina. Su...