Capítulo- 22- Carlos

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(...)

Eu já havia desistido de contar quantas xícaras de café eu havia tomado, já era por volta das cinco da manhã e comecei a escutar alguns barulhos advindos da cama onde Carlos estava

Carlos- Á-Á....gua...água

Pego um copo de água e me aproximo dele

S/n- Devagar...

Carlos abre os olhos aos poucos, me encarrando com estranheza no olhar

Carlos- Quem é você? – Pergunta um pouco rouco

S/n- Sou uma detetive, está seguro agora

Ele concorda com a cabeça um pouco hesitante, mas aceita a água que ofereço, resolvo não dizer o meu nome já sabendo que o HSR falou que sou culpada pela morte do primo dele, então espero o mesmo tomar um banho e  faço um sanduíche para ele, pela aparência esquelética, o garoto não estava sendo alimentado

S/n- Serviu? – Falo me referindo as roupas que Tyler havia separado para ele

Carlos- Ficaram um pouco largas, mas nem se compara aos trapos que eu estava usando

-Agora vai me explicar o que está acontecendo?

-Posso ter só 18 anos, mas sei que eu devia estar em um hospital...ou você me sequestrou?

S/n- Vamos com calma?

-Aqui, fiz esse sanduíche para você, deve estar com fome

Carlos- Tem veneno?

S/n- Se eu quisesse te envenenar, colocava na água, era mais fácil e eu não perderia tempo fazendo um sanduiche

Carlos- Tem razão- Fala dando os ombros e pegando o lanche

S/n- Antes de começarmos, quero ser sincera com você

-Eu conheço o Miguel

Carlos- Não quero falar sobre ele, aqueles babacas me sequestraram por conta desse assunto e aquela maldita da S/n, assim que eu a encontrar, será uma mulher morta!

S/n- Tudo que aqueles homens mascarados te disseram, é mentira

Carlos- Cadê as provas?- Diz irredutível

Já disse que odeio adolescentes?

S/n- A prova sou eu, a própria S/n

No mesmo instante o garoto levanta me olhando espantado, seu olhar vai direto para a arma e as facas que eu havia colocado na mesinha ao meu lado

Carlos- E-Eu...Você...

-Eu não quis dizer aquilo, viu? – Fala agitado

S/n- Preciso que se acalme, por favor...Vou te contar uma história

Influenciado pelo medo, Carlos se senta na cama e me encarra atencioso, assim como fiz com Ary, conto toda a história de como conheci Miguel e como ela terminou, além de acrescentar algumas coisas sobre o HSR para que ele entendesse onde se encaixa nessa história, percebi o olhar triste quando eu falava da morte de seu primo

Também mostro algumas fotos e documentos que comprovavam minha fala

Carlos- Então Ary é a única sobrevivente?

S/n- E você...Consegui te achar antes que fosse tarde demais

Carlos- Isso é loucura! Muita informação! Como você suporta?

S/n- É a pergunta do século!- Falo com uma risada fraca

Carlos- Como eles ainda estão soltos, eu corro perigo?

Onde ele se esconde...- Livro 2 (Duskwood)Onde histórias criam vida. Descubra agora