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                                                                                             Chiara

Acordei no dia seguinte e vi que a cama estava vazia, eu de fato não esperava encontrar Lorenzo dormindo ainda, as vezes parecia que ele nem dormia.

Assim que levantei da cama senti minhas pernas doerem.

- Queria o que né Chiara? Deu horrores ontem - minha própria mente me julgou e eu sacudi a cabeça espantando aqueles pensamentos.

Fui ao banheiro e fiz minhas higienes, e me lembrei daquela frase

"Pelo incrível que pareça você me assusta bambina, você não, o que você tem me feito sentir."

Ele disse aquilo ou foi um sonho? Fiquei com a segunda opção e me forcei a parar de pensar naquilo, eu com toda certeza do mundo não iria perguntar isso a ele.

Assim que sai do banheiro dei de cara com Lorenzo sentado na cama, vestindo uma roupa mais informal, geralmente eu sempre o via de terno.

-Buongiorno (bom dia) - ele disse sério. É tão estranho, porque quando estamos transando ele parece uma outra pessoa, e no dia seguinte é como se nada tivesse acontecido, pelo menos pra ele.

É claro né Chiara, vocês estão num casamento arranjado e já que você está ai, ele precisa de alguém pras necessidades dele. Confesso que aquele pensamento fazia total sentido pra mim.

- O gato comeu sua língua? - ele perguntou em tom divertido. Bipolar.

- Desculpe - eu disse me despertando - Eu estava pensando no casamento que é hoje, virão muitas pessoas? - eu menti, não ia falar o que estava me incomodando. Como eu sou esquisita, vou casar com o maior mafioso da Itália, num casamento que nenhum de nós 2 queríamos e a minha preocupação é que depois que ele me fode ele age como se nada tivesse acontecido. Burra, estúpida.

- Membros da organização com suas famílias e seu pai - ele disse e eu dei um sorriso, que saudade do meu Papa.

- Lorenzo - eu disse e ele me encarou - desculpe pelo tapa de ontem - eu realmente precisava me desculpar sobre isso, sempre odiei qualquer tipo de violência, ainda que ele fosse um idiota, eu não tinha esse direito, ainda mais um tapa no rosto.

- Tudo bem bambina - ele disse, levantou se aproximando de mim e passou a mão em meu rosto - você é a primeira pessoa que faz algo desse tipo e vive pra contar história - ele disse e deu um sorriso. Eu deveria ficar feliz com isso? - Eu não deveria ter falado aquilo pra você, sei que não é esse tipo de mulher - Tudo bem, ele não disse "me desculpe", mas já é um começo.

- Tudo bem, você foi a primeira pessoa que disse algo desse tipo pra mim e viveu pra contar história - eu disse o imitando e dei uma gargalhada, e pelo incrível que pareça ele também deu uma, sorriso lindo. Foco Chiara, foco sua safada - O Orlando? - eu perguntei e rapidamente ele tirou a mão do meu rosto e seu olhar escureceu - Lorenzo, eu só preciso saber se alguém morreu por minha causa - e após dizer aquilo meu corpo estremeceu.

- Não Chiara, eu não o matei - ele disse simples e eu respirei aliviada - mas uma surra ele levou - e eu o olhei incrédula - Chiara, no meu mundo, e ele sabe muito bem qual é o meu mundo, ele não deveria falar com moglie de ninguém, principalmente a minha, ele não trabalhará mais pra mim, e eu não quero mais que toque no nome dele - ele disse encerrando o assunto. Pelo menos ele não morreu, certo?

- Tudo bem Senhor - eu disse puta da vida por ele achar que sempre teria a última palavra, fui para o closet pra trocar de roupa e descer para comer algo.

Prometida ao Don - (Irmãos Ricci)Onde histórias criam vida. Descubra agora