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                                                                                            Chiara

2 semanas depois

Duas semanas já se passaram desde que chegamos do Brasil. Eu e Lorenzo não havíamos mantido nenhum tipo de contato, aparentemente esse casamento seria bem pior do que eu pensei. E eu simplesmente não conseguia tirar esse sentimento, a saudade que eu sentia do toque dele, e até mesmo do seu jeito possessivo. E pra piorar quase todas as noites eu sonhava com esse maledetto.

As vezes eu acordava durante a noite e o via sentado na poltrona que há no quarto, utilizando seu notebook. Nenhum desses dias eu havia sentido ele deitar ao meu lado durante a noite, ele passava muito tempo fora, e aquilo me corroía, será que ele voltou a ir aquela tal boate? é claro que sim.

Resolvi que não iria mais ficar me acabando, eu precisava fazer algo pros dias passarem, precisava me sentir bem.

Fui tirada de meus pensamentos quando o vi entrando no quarto, em um perfeito terno preto. Delicioso.

- Eu gostaria de ter um celular - eu soltei de uma vez e notei que ele me olhou surpreso, não imaginou que eu falaria com ele do nada assim - o meu ficou na casa do meu pai, então eu preciso de um, ou então eu posso ir lá buscar - eu disse por fim.

- Não há possibilidades de você sair daqui - ele disse me encarando e eu não entendi - está acontecendo uma guerra lá fora, não sei como caralhos a Cosa Nostra descobriu quem você é e da onde você veio, tem um alvo nas suas costas, não posso deixar que você saia de debaixo dos meus olhos - ele disse e pude notar o quão cansado ele parecia.

- Como assim? - eu perguntei indo em direção ao closet quando o vi entrar lá - meu pai... sabem sobre o meu pai? - eu perguntei quase entrando em desespero.

- Seu pai está com segurança 24h por dia, há mais de 20 homens na casa dele, e algumas pessoas para dar todo o conforto que ele precisar, pedi a ele que desse um tempo no trabalho, ele está dando uma conferida em algumas papeladas da máfia e recebendo por isso - é claro que a máfia era ligada a advogados e a polícia, isso não era novidade - nada acontecerá com ele e nem com você, não vou permitir - ele disse aquilo e me olhou nos olhos. Eu sabia que aquilo era uma promessa.

Confesso que aquilo me pegou de surpresa, ele estava "cuidando" do meu pai.

- Amanhã cedo chegará um celular para você - ele disse e ia saindo do closet - preciso sair novamente agora - vi no relógio que havia no quarto que já ia dar 22h, até parece que ele iria resolver algo da máfia essa hora.

E infelizmente por um minuto eu não consegui controlar minha boca.

- Vai pra qual boate hoje? - cuspi as palavras e ele parou na porta do quarto me olhando.

- O que? - ele perguntou virando em minha direção.

- Estamos casados, e ainda que seja um casamento arranjado, eu quero que me respeite - Estava me sentindo uma louca ciumenta, mas eu não ia ficar presa aqui enquanto ele ficava com outras.

- Chiara, não estou com tempo pra discutir agora - ele se virou para sair do quarto.
Ele realmente parecia cansado, exausto.

- Ok, se você pode se encontrar com alguém, eu também posso - e me virei indo em direção ao banheiro.

Tudo aconteceu muito rápido e quando olhei, Lorenzo estava na minha frente, segurando em meus braços mas não de uma forma que me machucasse

- Eu quero saber - ele disse enquanto me olhava com aquele olhar sombrio - quem seria o louco de sair com você - ele apertou mais meu braço e eu soltei um gemido de dor, rapidamente ele soltou um pouco - Chiara não brinca comigo, qualquer homem que tentar se aproximar de você, estará decretando a própria morte.

- Engraçado né - eu disse praticamente explodindo - você sai todas as noites, faz o que quer e eu passo a porra do dia sozinha, isso tudo depois de eu falar o que eu sentia por você - eu não iria chorar dessa vez - eu não quero viver assim Lorenzo, eu quero ir embora daqui, não aguento mais que me olhe como um fardo - eu disse assumindo o que estava guardando pra mim desde que voltamos de viagem.

Ele me olhou de uma forma estranha, como se estivesse lutando contra ele mesmo. Uma guerra interna.

Ele abriu a boca pra falar algo, mas nada saiu.

E eu tive a certeza que era exatamente dessa forma que ele me via.

- Eu imaginei - eu disse e senti um nó na garganta.

- Chiar..- ele ia começar a falar.

- Chega - eu disse por fim - não preciso ouvir mais nada. Por favor saia - e ele ficou parado, sem reação - já que eu não posso sair, saia você - ele virou as costas e saiu batendo a porta forte.

Eu não tinha mais dúvidas, estava claro que ele não sentia absolutamente nada por mim .


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GENTEEEE

juro, coitada a chiara

qual a dificuldade desse bofe de falar o que sente? pfvr queridoooo

hahahahaahha

espero que estejam gostando amoresss

votem e comentem muitooo

até jaja

Prometida ao Don - (Irmãos Ricci)Onde histórias criam vida. Descubra agora