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Eu acordo e vejo Mikey na minha frente segurando um prato de comida.
- Bom dia querida, coma, desculpa por ontem, mais você sabe que mereceu.
Olhei pro meu braço quebrado relembrando, Ele segurava um prato cheio de espaguete, eu não sentia fome no momento então olhei pra ele e disse:
- Não estou com fome. - digo calmamente
- Coma. - ele diz ríspido, olho no seu olho e digo novamente - Não tô com fome.
Manjiro joga o prato contra a parede fazendo que caia espaguete pra tudo quanto é lado e eu de um pulo. - Eu tento ser legal com você, eu tento! - ele diz saindo e batendo a porta.
Me levanto um pouco trêmula e abro a porta do banheiro que ficava no quarto é vou tomar um banho.
Me agacho no chuveiro e começo a chorar, eu não aguentava mais aquela situação, meu braço estava quebrado por culpa dele.
logo escuto batidas na porta do banheiro, limpo meus olhos rapidamente e coloco uma toalha sobre meu corpo com um pouco de dificuldade pois so podia usar uma mao e abro a porta.
- Tenho uma reunião da Bonten num restaurante hoje, quero que vá comigo. - ele diz frio como sempre mas apesar disso amei a ideia, e uma ótima oportunidade de fugir - Nem pense em fugir querida. - ele diz piscando é saindo.
Quando saio do banheiro tem um vestido preto de seda longo em cima da cama com um bilhete: "esse vestido foi feito pra você meu amor, vai ficar perfeito no seu corpo e combinar com seu belo cabelo."
Não poderia negar, o vestido era incrível porém muito longo, podia atrapalhar na hora de correr.
Tento abrir a porta do quarto mais sem sucesso, então grito o nome de manjiro, ele abre a porta e pergunta se ocorreu algo.
- Que horas é sua reunião? - pergunto ansiosa, ele olha seu relógio e diz: - daqui 30min. - Faltava tão pouco assim!?
Agradeço e rapidamente visto minha roupa e calço um salto da Saint Laurent que estava do lado, passo os dedos no meu cabelo pra tentar ficar apresentável.
Sento na cama esperando manjiro me chamar o que não demora pra acontecer.
- Não faça nenhuma gracinha, e se alguém der em cima de você me fale imediatamente escutou amor? - ele fala enquanto toca seus dedos gelados na minha bochecha
- Sim manjiro. - falo gaguejando um pouco - Não quero mais que me chame de manjiro, pode me chamar de mikey princesa. - concordo com a cabeça e ele me acompanha até a porta e quando coloco o pé pra fora ele segura meu braço firmemente, olhando em volta vejo que é um bairro rico.
Ele abre a porta do carro pra mim e quando entro e começo a observar as casas vejo que tem uma plaquinha escrito 'Área da Bonten'
[...]
- Chegamos Princesa - Ele diz estacionando o carro, o restaurante era muito, muito grande, descemos e ele logo encaixa seu braço no meu. - quando vou poder tirar o gesso? - não aguentava mais aquilo no meu braço.
- Daqui 2 meses amor, daqui 2 meses. - ele diz enquanto entramos no estabelecimento.
Sigo ele até o restaurante onde ele me guia a uma mesa cheia de homens que parecem babar quando me ver, nojentos
- Parem de olhar assim pra ela, ela é minha. - ele diz autoritário é todos obedecem e desviam o olhar.
Ele se senta na frente de um homem de cabeleira rosa e eu me sento ao seu lado.
[....]
Quando maniiro está distraído decido que é a melhor hora pra fugir, me levanto mais logo sinto a mão dele no meu braço. - Onde você vai!? - tento pensar em algo e falo a primeira coisa que me vem na mente - Vou ao banheiro, onde fica inclusive?.
Ele faz uma expressão de desconfiado pra mim mas fala:- é ali do lado da entrada. - concordo com a cabeça e vou até lá, só que em vez de dobrar vou direito pra saida.
Tiro os saltos que eu usava pra facilitar na hora de correr, quando eu estou correndo que nem uma maluca na rua sinto alguém me puxar e agarrar, tento me debatar mais sinto um paninho branco invadir minhas narinas.
[...]
Quando acordo estou amarrada numa cadeira.
- M-Manjiro? - digo com a voz trêmula e logo vejo a figura dele na minha frente, ele segura uma jarra.
- Acho que agora você aprende querida. - ele diz e suspira. - Desculpa por ontem Manjiro, eu prometo que- não consigo terminar a frase em vez disso dou um grito de dor.
Aquela jarra tinha água quente, água fervendo na verdade e ele estava derramando em minhas pernas.
Começo a chorar e implorar pra ele parar mas manjiro parece gostar de ver eu em desespero.
- Manjiro me solta e deixa eu me secar, POR FAVOR. - Digo entre soluços e dou ênfase no por favor mas em vez de me ajudar ele dá um sorrisinho ladino e se retira da sala.
Meu choro fica mais alto e minha dor aumenta, não aguentava mais isso, não aguentava mais ter que viver com manjiro ele ter virado água quente em mim foi a gota d'água.
