16 - Sadness (tristeza)

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Ela aparatou da estação para sua casa, esperava que nenhuma roupa houvesse se perdido de sua mala na viagem, a aparatação a poupava de uma viagem de horas de táxi, mas ás vezes a fazia perder uma meia ou outra

Ela respirou fundo antes de bater na porta, os pais com certeza fariam questionamentos do porque ela havia chegado ali sozinha e explicar o motivo para eles era pior do que estar de fato sozinha

Violet pensou em chamar Mattheo, na verdade mais do que isso, ela de fato chamou ele, mesmo que soubesse que era absurdo, como iria explicar aquilo para os pais?

E ele recusou, alegando que falava sério quando dizia que estar com ele era um risco que ela não deveria correr

Então ela estava ali, em frente a porta de casa, dando duas batidinhas na mesma

-Finalmente você chegou!
Disse Grace, a mãe dela, a recebendo aos abraços

-Quanto saurdade!
O sotaque francês do pai, Julien, ainda continuava forte mesmo após viver tantos anos no Reino Unido, exatamente como costumava ser quando ele contava histórias para ela

Nos cabelos pretos do pai alguns fios grisalhos começavam a aparecer. Violet lembra quando começou a pintar o cabelo para se parecer mais com ele, no inicio era só preto, mas quando comprou a tinta errada e acabou passando um roxo tão escuro, que achou que era preto pela foto da caixinha, acabou assumindo essa nova cor, principalmente porque seu pai achava incrível

"É engraçado! Você deveria manter, Violet a menina de cabelo Violeta."

"Mas não tem nada haver comigo pai, e não é Violeta, tá mais pra um preto com fundo roxo"

Na época ela ficou aborrecida, mas começou a gostar e passou a continuar pintando assim desde então

E a mãe seguia exatamente como se lembrava, seus lindos fios loiros e sorriso bonito. Ela e Violet eram muito iguais, desde as covinhas nas bochecha até o cabelo levemente ondulado, que antes da tintura era tão loiro quanto o da mãe

-Onde está o garoto?
Perguntou a mãe confusa

A garota sabia que a pergunta viria mas não que seria tão cedo

-Nós terminamos.

Os pais ficaram em silêncio por um tempo não sabendo o que falar

-Mas você está bemn, minha filha?
Perguntou preocupado

-Sim, estou. Foi melhor terminar.
Disse na tentativa de tranquilizar eles

-Azer o dele! Ele que saiu perrdendo.

Apenas o pai para conseguir tirar uma risada dela nessa situação

-Bem, vamos entrar. Está muito frio aí fora, e eu fiz um chocolate quente muito delicioso.

Os três entraram, a mãe servindo a bebida nas três belas canecas de cerâmica coloridas, pintadas como cogumelos, que as duas haviam feito juntas

Ela amava o cheiro de casa, cheiro de canela e biscoitos amanteigados, que a mãe havia assado apenas para ela. Amava os corredores cheios de pinturas e porta retratos feitos a mão, com incontáveis fotos da família. Amava sentar na lareira e ouvir pela centésima vez a mesma história de como os pais se conheceram e ficaram juntos

Foi um desencontro, de acordo com eles. Julien era francês, estudou em Beauxbatons como esperado, já Grace foi para Hogwarts. Mas após terminarem a escola, ainda jovens e inexperientes, foram mandados como auxiliares de auror para Nova York, o pai a mando do ministério de magia Francês e a mãe pelo britânico, para ajudarem em uma missão conjunta com o MACUSA. Eles se encantaram um pelo outro imediatamente, mas a rivalidade entre os ministérios fez com que se odiassem, e quando depois de tanto tempo perceberam que havia alguma coisa rolando entre os dois, a missão chegou ao fim e cada um voltou ao seu país

Corruption: Uma História de Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora