Capítulo 4

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É preciso exigir de cada um

o que cada um pode dar.

-O Pequeno Príncipe


Isis estava sentada em uma cadeira ao lado de Sam, ambos olhando para o computador. Sam já tinha um esquema com dados de todas as mortes, Isis estava ajudando com informações que não estavam na internet sobre a cidade.

-Talvez alguém tenha sido assassinada na biblioteca e nunca divulgaram...ou até mesmo suicídio... - Sam sugeriu.

Isis maneou com a cabeça desconfiada.

-A biblioteca não é tão antiga assim. Só se for algo relacionado ao terreno que a biblioteca foi construída em cima...mas não tem nenhum histórico de uso daquela terra. Antes de construir a biblioteca lá era só mato.

-Nossa que confusão... tem certeza que você não consegue se lembrar de mais nenhum detalhe sobre a noite que foi atacada? Me conte a história de novo, do início.

-Hm... - Isis se esforçou para lembrar. - No final do expediente Peter pediu para que eu fechasse a biblioteca porque que ele ia buscar o noivo no trabalho. Eu estava sozinha lá naquela noite e fui apagar todas as luzes. Faltava a luz da sala de restauração, então fui até lá e vi que havia alguns livros novos para serem concertados por Margareth, acho que eram da nova doação...

-Aham... - Sam incentivou que ela continuasse falando. - O máximo de detalhes que você conseguir...

-Tinha uma versão lindo de O Morro dos Ventos Uivantes. Era tipo uma versão de luxo antiga, sabe? Lembro que o livro estava em perfeito estado, tinha apenas algumas manchas escuras, nada demais. Comecei a ler as páginas iniciais do livro, tinha uma dedicatória para o antigo dono do livro, então a sala começou a ficar fria e eu...

-Espera! - Sam deu um sobressalto, que assustou Isis. - O que dizia na dedicatória?

-Algo como "Com amor, W.P.", eu acho...

-E o livro estava manchado, talvez fosse...

-Sangue... - Isis arregalou os olhos, enojada e empolgada pela pista ao mesmo tempo. - Pode ser isso!

-Vamos investigar se os outros também...

A fala de Sam foi interrompida pelo toque do seu celular que estava sobre a mesa. O nome de Dean brilhou na tela.

Sam pigarreou e pegou o celular.

-Só um momento... - Ele se levantou e foi para o outro lado do quarto, o canto mais distante de Isis, enquanto atendia o telefone. - Alô?

-Sam! Você está com a Isis?! - A voz de Dean soava urgente e Sam não conseguiu se impedir de franzir a testa.

-Sim, por quê?

-Sai daí agora! Ela é... - A ligação falhou por um momento.

-O que? Não entendi.

-Uma bruxa! Ela é uma bruxa, Sam!

Sam e Isis se olharam. A garota olhava Sam com intensidade, observando cada movimento seu.

-Okay, tchau.

-Espera, Sam... você tem que... - Mas Sam não terminou de ouvir o que Dean tinha para dizer, desligou a ligação antes disso e deixou o celular em cima da cama.

-Está tudo bem? - Isis perguntou, ainda o olhando daquela forma que agora fazia Sam sentir um calafrio no corpo.

-Sim. - Sam forçou uma risadinha. - Dean me avisou que vai dormir fora, sabe como é...

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