Capítulo 1.

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Os National City Lakehawks nunca foram algo a que Luiza prestou muita atenção ao longo de sua vida. O time sempre foi o projeto queridinho de Carol e Luiza nunca teve muito interesse por esportes. Sua irmã sempre amou os Lakehawks, preferindo-os aos outros times que possuíam, incluindo o National City Harriers masculino. E claro, Luiza compareceu a algumas festas, quando Carol pediu, mas nada muito complicado.

Seus pensamentos sobre os Lakehawks nunca foram além da diversão distraída ao pensar em várias mulheres altas e fortes desfilando pela Campos Corp Arena com o elegante logotipo 'C' prateado em suas camisetas. Somente quando ela é essencialmente forçada a fazê-lo é que ela lhes dá um pensamento mais profundo do que isso.

"É bom para a nossa imagem neste momento, senhorita Campos", diz um membro de sua equipe de relações públicas. 

"À luz do recente escândalo de sua irmã..."

"Acho que seria imprudente promover qualquer coisa associada a ela neste momento", Luiza interrompe com um arqueamento desafiador da sobrancelha.

"Embora possa ser assim", diz outro homem à esquerda de Luiza. "Os Lakehawks são amados por grande parte da comunidade. Eles ganharam campeonatos consecutivos e são favoritos para ganhar um terceiro. Eles são populares. E os Harriers... bem, eles fazem parte do pacote."

Luiza pensa nisso por um momento e dá uma olhada na planilha de receitas que está no arquivo à sua frente. "Gostaria de considerar potenciais compradores", decide ele, fechando a pasta e levantando-se. "Tenha algo para mim para quinta-feira."

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As reuniões estão indo relativamente bem. O patrimônio líquido da equipe é bastante elevado e Luiza já pensa em onde vai destinar os lucros. Os Lakehawks e Harriers estão quase vendidos em sua mente.

Até Maxwell Lord entrar em seu escritório com um largo sorriso. Sua atitude irradia superioridade patriarcal, assim como a maneira como ele acrescenta casualmente, depois de conversar com os Harriers por vinte minutos: "E tenho certeza de que vocês têm algo melhor para fazer do que se preocupar com algum time de basquete feminino idiota."

É com o sorriso falso que ele lhe dá que ela decide não vender nada.

"Obrigado pelo seu tempo, Max."

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"Você não entende nada de basquete", diz Duda, rindo enquanto se senta em uma de suas enormes cadeiras de couro.

Luiza vai até ela e lhe entrega um copo de uísque com olhar de reprovação antes de se sentar na cadeira com sua própria bebida. "Estou ciente disso, obrigado."

"Estou simplesmente apontando as falhas desse plano", acrescenta Duda, sentando-se para frente e dando-lhe um sorriso divertido. "Coisas de esporte sempre foram coisa mais da Carol, né?"

"Sim, bem, Carol está fazendo Deus sabe o que no Caribe agora, então..."

"Então aqui estamos", finaliza Duda, erguendo o copo em saudação antes de tomar um gole.

Luiza ri. "Aqui estamos", ele repete como papagaios."E oque você vai fazer?" Duda pergunta, recostando-se no banco e cruzando as pernas. O líquido âmbar em seu copo bate nas laterais e Luiza observa por um momento antes de responder.

"Estude a equipe sazonal", ele responde simplesmente com um encolher de ombros. Ele estende a mão para a sacola que havia apoiado na cadeira e tira o pacote grosso em espiral que seu assistente preparou antes e joga para ele.

Ele bate no peito de Duda e ela faz um barulho de insatisfação, mal evitando que a bebida derrame enquanto coloca o objeto à vista. "The National City Lakehawks", ela lê, virando a capa. "Quem é esse?"

STAY THE NIGHT - VALU ADAPTAÇÃO.Onde histórias criam vida. Descubra agora