Capítulo 17

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Fernanda

Me despeço de Bernardo que quase me olha, e caminho em direção à minha casa. Ao chegar em minha residência subo as escadas rapidamente até o quarto, separo as roupas que levarei para a casa do Rodrygo, incluindo o vestido de seda preto que usarei após o banho. Ele tem o comprimento até metade da coxa, sem decote na frente e com as costas abertas.

Antes de tomar banho, envio uma mensagem para o Rodrygo avisando que cheguei em casa, junto com minha localização. Como imagino que a casa dele seja longe, tenho tempo para tomar banho e me arrumar. Entro no box, ligo o chuveiro e deixo a água escorrer pelo meu corpo, enquanto relembro tudo o que aconteceu hoje.

Fico ali, perdida em pensamentos, por alguns minutos sem perceber o tempo passar. De repente, ouço meu telefone tocar. Rapidamente me enrolo na toalha e vou até a cama pegar o telefone. Era o Rodrygo.

__ Oi de novo Fernanda. __ ouço uma risada tímida do garoto. __ Estou na frente da sua casa.

__ Oi Rodrygo, se quiser pode entrar aqui pra dentro a porta está aberta, estou acabando de arrumar, demorei um pouco pois me perdi nós meus pensamentos. __ vou até a janela uma BMW XM estacionada em frente, pressuponho que seja ele.

__ Ok, pode se arrumar à vontade. __ vejo os faróis do carro sendo apagados e o moreno descendo do carro.

Depois de me secar, coloco uma lingerie de seda combinando com meu vestido do mesmo tecido. Prendo meu cabelo em um coque bagunçado, calço uma rasteirinha e passo desodorante e perfume corporal Cartier. Arrumo as roupas e um tênis na pequena mala para usar no dia seguinte. Verifico o quarto para garantir que não esqueci nada e desço as escadas. Ao chegar lá embaixo, vejo um homem moreno sentado no sofá, distraído com o telefone. Cutuco ele levemente para chamar sua atenção.

__ Pronto já podemos ir. __ digo após dar um leve cutucão no rapaz.

__ Claro. __ assim que o olhar de Rodrygo pousou sobre mim, ele ficou meio que em choque.

__ Oque foi? Tem algo na minha cara? __ levando meu telefone sobre meu rosto para me certificar que não havia nada em meu rosto.

__ Não tem nada. __ ele balança a cabeça tentando fugir de seus pensamentos.

Ele me acompanha até a porta e eu apago as luzes e tranco. Ele me ajuda com a mala até o carro e seguimos para a casa dele, no caminho tocando meu pagode favorito. Começo a cantarolar a música e ele escuta atentamente.

__ Você também gosta de pagode? __ ele me olha alguns segundos e em seguida volta o olha para a estrada.

__ Se eu gosto? Eu amo pagode. __ eu digo empolgada e o mesmo sorri para mim.

__ Se quiser pode aumentar o volume, não me importo. __ não espero o rapaz terminar de falar e já logo aumento o volume.

Não resisti e, conforme a música tocava, me vi cantando em voz alta, até que em breve tempo contagiei Rodrygo, que começou a cantar junto comigo.

Ao chegarmos à mansão de Rodrygo, percebi que a casa era significativamente maior que a de Vinicius, e de fato muito bonita. Ele gentilmente pegou minha mala e caminhamos juntos até a entrada, que foi aberta por uma mulher morena que veio nos receber.

__ Oi Fernanda né, muito prazer me chamo Denise, o drygo me falou de você. __ a mulher estende a mão me cumprimentando.

__ Oi muito prazer Denise, a ele falou!? __ olho para a mulher e em seguida para o Rodrygo e doou um sorriso sem mostrar os dentes.

__ Então você trabalha na casa do Vinicius? __ ela passa uma das mãos pelo meu ombro me guiando até a cozinha.

__ Vou levar sua mala até seu quarto. __ o moreno nós olha pegando minha mala que estava no chão.

Denise me conduziu até a cozinha, sem encontrar ninguém por lá. Ela acendeu as luzes do cômodo e foi até a geladeira, de onde retirou um delicioso bolo de chocolate. Cortou uma fatia generosa e a colocou diante de mim.

__ Parece que você precisa disso. __ ela me olha com um olhar doce, parecia que ela sabia como havia sido meu dia.

__ Com certeza isso vai melhorar meu dia em 100%. __ passo a mãos pela barriga sinalizado que estaria com fome e a mulher da risada.

Quebra de tempo...

Após saborear aquela tentadora fatia de bolo, Denise me guiou até o quarto em que ficaria hospedado. Ao chegarmos, ela se despediu, pois não passaria a noite na casa. Agradeci-lhe pelo bolo e pela atenção.

Observo com admiração cada detalhe do quarto ao redor, com um leve toque de modernidade e paredes com texturas que lembram mármore, uma atmosfera realmente encantadora. Deixo de contemplar os elementos com tanto entusiasmo para me acomodar na cama macia e direcionar meu olhar ao teto, refletindo sobre o valor desse aconchego que se assemelha ao preço de um automóvel. Não resisto e solto uma risada ao imaginar o custo desse móvel tão confortável.

Não vejo necessidade de trocar de roupa, já que meu vestido serve como pijama. Acomodo-me na cama, aguardando o sono chegar para proporcionar algumas horas de descanso após um dia repleto de emoções.

Acordo e contemplo o teto tão branco como a neve, um sorriso suave se forma em meus lábios ao considerar o valor desse ambiente tão magnífico. Jamais havia presenciado algo tão belo, nem mesmo o quarto da Lívia se comparava a essa grandiosidade.

Reúno coragem para me levantar, constatando que eram precisamente 6 horas. Sigo até o banheiro e me entrego a um banho quente sob o chuveiro. Ao finalizar minha rotina matinal, retorno ao quarto e visto uma delicada lingerie rosa, completando com um short e uma regata.

Ainda preciso cuidar da higiene e arrumar as crianças, então é melhor não me arrumar agora. Coloco minha sandália rasteira e saio do quarto em direção ao quarto das crianças, que era o mesmo do Rodrygo. Denise me mostrou ontem, ao abrir a porta percebo que não é muito diferente do que eu imaginava.

A decoração é simples, porém bastante elegante, com cores em preto e cinza escuro. Os pequenos estão deitados na cama do Rodrygo, dormindo como dois anjinhos. Não quis acordá-los, então me afastei cuidadosamente, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Deixo a porta entreaberta ao sair do quarto, para que assim que eles acordassem eu pudesse saber. Desço até a cozinha e me deparo com uma senhora muito amável.

__ Oi, tô meio perdido... Aqui é a cozinha? __ digo a senhora meio confusa, os cômodos parecem ser todos iguais.

__ É aqui sim, senhorita se chama Fernanda né? __ ela sorri sem mostrar os dentes.

__ Sou eu mesma, mas a senhora pode me chamar apenas Fernanda, não sou acostumada com tanta formalidade. __ faço pose e em seguida coço a cabeça sem graça.

__ Sendo assim pode me chamar de Luiza. __ ela me estende a mão em sinal de cumprimento.

__ Luiza, esse cheiro bom é de que? __ digo a ela me referindo ao cheiro que imundava a cozinha.

__ panqueca e também estou preparando uns ovos mexidos. Tá com fome? __ a senhora vira mais uma panqueca assim que me pergunta.

__ Eu sempre estou! __ digo é Luiza sorri.

Ela dispõe o que preparou ao lado de frutas frescas e suco de laranja recém-socado. Assim que me assento à mesa, sirvo-me de panquecas e frutas e rego minha comida com mel.

Ouço um choro vindo do quarto e percebo que os meninos estão acordados. Termino meu suco, levanto e vou ao quarto onde os meninos estavam. Lá, encontro Ravy sentado na cama chorando, enquanto Rayan dormia profundamente.

__ Oi meu amor, eu estou aqui. __ caminho até a cama onde eles estavam e estendo os braços para pegar ravy no colo.

__ O meu pequeno não precisa chorar eu já estou aqui com você. __com uma das mãos limpo as lágrimas que escorreram pelo seu rostinho.

__ Vamos acorda o maninho para ir ver o papai jogar, vamos. __ ando até o outro lado da cama.





Final de capítulo.....

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