Lábia.

506 55 51
                                    



TW : menção à drogas.


_____________ ______________



"Me encontra lá fora."

_____________ ______________

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.







_____________ ______________




𝓘r é uma
escolha sua,
perder tudo
também.

  

        ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏Lee Minho, com seu olhos avermelhados, aproxima-se de mais um dos pacotes fechados em sua escrivaninha; pensativo, ou talvez nem tanto. — "O quanto Jeongin não me implorou para largar essa vida?" — Seu melhor amigo, e principalmente irmão, sempre foi a mão que o arrastava até a paz, por mais que o mundo lá fora estivesse em constante caos. Agora, com seu namorado Hyunjin, não estava lá para o fazer parar.

Foram os espirros mais culpados de sua vida, o pó no objeto amadeirado fez sua garganta embolar, quase a embolorar. O dever certamente o chamaria daqui à alguns minutos, não tinha como fugir, já era meio dia. Seu nariz doído fazia-o cogitar névoas azuis, e ele sabia o motivo de tudo isso, de toda a sua dor. Moreninho estúpido, achava mesmo que iria beija-lo?
De certa forma, era seu desejo, seu grande desejo, mas nada que devesse ser explorado por todos os neurônios em seu cérebro.



͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏Por outro lado, Han Jisung queimava suas cartas, seus pensamentos. Tudo era sobre aquele dia, naquela balada. "Tudo o que sonhava, conseguia, só não conseguia o esquecer?". Era uma dúvida assombrosa, dolorosa! Os beijos que Letícia o depositava nunca foram tão tensos quanto aquele quase-alguma-coisa. Que coisa mais brega, adolescente.
"SEU DOENTE!"

Aquele tom estridente na voz da mais velha invadiu seus ouvidos de modo incômodo, o fogo descia os restos mortais de seus escritos até os dígitos amendoados das suas mãos. Han jogou o resto na pia encharcada, pesando suas mãos mais do que podia. Seria esse um exagero? Provavelmente, mas doía, tudo doía, seus pensamentos doíam, e a queimadura doía. Não era possível, não tinha como tudo piorar, não era preciso piorar.

Agora, um queima,
o outro cheira.
Esquisitinho, né?


  Era final de dia, dois corpos doentes precisando de refúgio. Suas certidões de nascimento não os proibiam de nada. Esse era o perigo, o que seria nada? Nada sempre foi muita coisa quando tratado de frustrações. "Parar não vai mudar o trajeto patético do meu caos."

Era o pensamento que ambos compartilhavam, cada um em seu respectivo caminho: — Han indo o mais longe que conseguia de sua esposa, e Lee indo até o bar mais próximo. Irônico, isso sempre aconteceu.

E uma Santa-fé estacionou no bar mais próximo do morro, seja lá quem fosse buscar, era olhado como um comum ser-humano, em um disfarce, claro. Com o capuz em tons terrosos cobrindo seu corpo e rosto, qualquer um seria normal, qualquer um seria considerado apenas mais alguém; pelo menos no tão extenso território. Han se sentou em uma das milhares cadeiras livres no estabelecimento, ao lado de alguém que, sem muita análise, precisava de ajuda. Ele não trocaria uma palavra com o jovem, aliás, Jisung também precisava de ajuda, precisava de algo que o preenchesse.

Lee estava vestindo uma roupa qualquer, com um boné que esconderia seu rosto pela maior parte do tempo, pelo menos até alguém o reconhecer, isso que importava. Até que enfim, uma alma viva pisou em território de alto-tesão, só não a alma de quem queria. "Ou queria?". Bastou virar o copo na cavidade entre seus lábios, e disfarçar o nervosismo: — Não reconhecido com sucesso — O inconsciente de Minho jogou baixinho dentre suas cordas vocais, intencionalmente, claro.

Isto chamou atenção do moreno ao seu lado, que depois de alguns segundos, em nervoso, engoliu toda a vodka em seu copo como uma criança se deliciando em um refrigerante. Se a situação não fosse tensa, Lee Know riria como um adolescente inocente, gargalharia como da primeira vez que havia gargalhado em sua vida. Mas não aconteceu, suspiros foram trocados, goles em seco (ou vodkentos) pairavam o local, em completo silêncio, como naqueles filmes velhos de faroeste. — Então, moreninho, vai demorar demais 'pra falar comigo? — Lee indagou em tom brincalhão, tentando miseravelmente descontrair a situação entre os dois.

— Não, na verdade, estava planejando te.. — Pensou, de maneira inútil, mas pensou. — VOCÊ-SABE-BEM. — Este se defendeu em resposta, virando mais um shot de vodka em seus lábios, na tentativa bruta de ignorar tudo lá fora. Mas, porra, tudo ficava mais atraente depois do quente descer sua garganta. — Me beijar, principezinho? — O de fios acastanhados retrucou, levando seu indicador até o desenho do queixo de Jisung, que tinha suas bochechas preenchidas por tons rosados.

— Não sei, você tem alguma dúvida de que eu faça, príncipe do pó? — Furioso, Han deixou seu assento, agora, fazendo Lee Know encarar seu torso por completo. Uma visão, de certo, uma visão. Eu tenho todas as dúvidas do mundo, meu moreno. — Este levantou-se, ficando pouco acima de Jisung, que agora o encarava com as bochechas infladas e uma feição claramente desgostosa. Não demorou muito até que ele virasse outro shot, e..

Pousasse seus lábios nos de Minho.

Loucura, era o que estava fazendo, loucura.
Impressionante, adrenalina agrada. Agrada Lee, que cedeu tua atenção à maciez das curvas que a boca de Jisung tinha, imerso em uma situação vulnerável, num beijo violento.

Em outra perspectiva, Han Jisung engolia tudo o que sentia amassando a cavidade do outro contra a sua. Podia sentir seu sangue ferver, sem muita certeza se era pela vodka, ou a porra da boca daquele traficante. O beijo que tiraria o fôlego de qualquer um que passasse, num ritmo animalesco, parecia nunca findar-se.

Filho da puta, era isso, os dois eram, os dois amavam estar ali. Se engoliam vorazmente, como se fosse a primeira e única coisa que fariam em suas vidas. As línguas colidiam como as brigas de seus donos, esbravejavam uma para a outra: "Faça com raiva."

E foi isso o que fizeram, por longos minutos, em uma bolha densa que imergia ambos os corpos, as mãos luxuosamente postas. Lee, que puxava as coxas do mais novo como se fossem somente suas, e Han, que agarrava os cabelos do rapaz como se fossem atuar pornograficamente ali, e agora.

Se não fosse pela porra da Letícia.

_____________ ______________

"Eu odeio ter me cedido para você."

"

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Qual foi, marrentinho?" 𝐌𝐈𝐍𝐒𝐔𝐍𝐆.Onde histórias criam vida. Descubra agora