𝒞𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁ℴ 6.

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- 𝑽𝒐𝒄ê 𝒆𝒔𝒕á 𝒑𝒓𝒆𝒔𝒐, 𝒄𝒂𝒏𝒂𝒍𝒉𝒂.

𝑨𝒍𝒚𝒔𝒔𝒂 𝒐𝒏*

Eu e Dinho entramos na sala da delegacia pra eu dar meu depoimento, entramos na sala e nos sentamos.

- Então - a moça fala - quanto tempo isso vem acontecendo?

- Uns dez anos. - falo com a voz trêmula - a dez anos moça. - repito e dinho me abraça forte

- então, a dez anos você e sua mãe sofrem dentro de casa? Quantos anos você tem?

- Dessezete - engulo seco.

- Tô impressionada, porque você nunca denunciou seu pai? - a moça pergunta

- Não sei, ele ainda continua sendo meu pai. - falo grossamente

- eu entendo que seja difícil, mas você viu a que ponto chegou? Ele quase matou sua mãe senhorita! E isso é preocupante.

Depois que a moça falou aquilo eu senti um peso de culpa, e ao mesmo tempo remorso pelo dinho ter denunciado meu pai. Depois de alguns minutos, quase horas saímos lá de dentro

- quer almoçar fora? Eu pago - ele diz segurando a minha mão e Além disso já tinha se passado de meio dia.

- Sério? - pergunto e ele assente, pois ninguém tinha me levado pra "sair" - eu topo, mas tenho que trocar de roupa, tô com pijama - sorrio fraco

- Certo, eu te levo pra casa vamos. - nós vamos andando até um ponto de ônibus, depois disso descemos em frente a minha casa pra mim trocar de roupa.

Coloco um cropped vermelho com um short e uma havaiana rosa.
( Se quiser pode imaginar outra roupa!! )
Dinho tinha aproveitado e foi trocar de roupa também, ele estava com uma blusa preta e uma bermuda cinza e um chinelo também.

- Você 'tá bonita - ele diz me fazendo sorrir

- Obrigada, se continuar com esses elogios eu vou ficar mimada - falo terminando de passar um gloss.

- Pode se acostumar a ficar mimada - ele diz e me abraça - você não vai querer tocar no assunto?

- que assunto? - pergunto pegando minha bolsa

- Sobre você ter me chamado de namorado - eu fico parada olhando pra cara dele, não sabia nem o que dizer. - então?

- Eu... - gaguejo

- você?...

-Eutechameidenamoradoporqueeuquerovc - falo rapidamente, fingindo uma tosse.

- que? - ele diz confuso

- ijo - Falo e sorrio.

- Criança ainda né? Esqueci que você não tem dezoito. - ele debocha

- Ata, desculpa senhor idoso - mostro língua pra ele

- quem mostra língua pra mim, quer beijo - ele se aproxima e pega na minha cintura

- Dinho, agora? Eu tô com gloss e vai sair tudo -falo olhando pros olhos dele, quando escuto passos

- Toc, toc - minha mãe fala - desculpa atrapalhar os pombinhos, mas aonde vocês vão?

- Vamos sair pra almoçar mãe, a senhora está melhor? - pergunto saindo dos braços de dinho e indo abraçar ela

- Tô sim, sua tia vai vir ficar comigo enquanto vocês estão fora - ela me abraça e depois vai abraçar Dinho - Obrigada meu filho, obrigada por ter protegido a aly e a mim

- Não precisa agradecer, não fiz mais que um favor pra vocês - eles continuam abraçados - agora vou deixar os namoradinhos saírem, juízo hein e se for transar usem camisinha! - ela fala e sai, depois que ela disse aquilo eu fiquei vermelha igual o cabelo do Julio, ou até mais.

- Misericórdia, perdoa minha mãe ela só tá querendo me proteger - eu falo sorrindo com muita vergonha.

- Tudo bem, e o nosso beijo? - ele me abraça

- hm, não. - pego minha bolsa e vou até a porta do meu quarto - eu já disse, não vou gastar meu gloss pra ele ficar na sua boca e não na minha, agora vamos. - digo saindo do meu quarto.

- Safada - ele fala.

...

Depois de chegarmos no restaurante e o Dinho quase ter falido o restaurante de tanto comer, o dinho foi pagar e depois saímos para comprar sorvete

- Você conhece uma sorveteria? - pergunto - deixa que dessa vez eu pago, eu insisto

- Não, claro que não, pode deixar que eu pago é um favor que eu estou fazendo para senhoria - ele diz debochando de mim, graças a deus ele vai pagar porque a única coisa que tava na minha bolsa era meu gloss e um espelho e minha identidade.

- Tá - seguro a mão dele - e o nosso beijo? Agora eu quero. - não precisei nem pedir duas vezes dinho já veio me beijando ferozmente, mas depois foi acalmando o beijo e ficamos só dando uns selinhos - aí, mordeu meu lábio. - digo dengosa

- Quer outro beijo pra sarar? - ele pergunta - eu acho que ajuda. - ele me pega pela cintura de novo e me lasca um beijão, longo e calmo, quando estávamos nos afastando ouvimos umas vozes familiares

- querem se comer em outro lugar não? - Bento fala - no meio da rua é meio inapropriado.

- Deixa eles o japonês - fala Samuel - eai, tavam fazendo o que?

- se comendo - diz bento

- Cala boca meo - Sérgio fala irritado

- ele só tá assim, porque brigou com a namorada - diz julio e ele leva um tapa - AI, mentindo eu não tô serjão.

Começo a rir, e Dinho também

- o que vocês estavam fazendo? - pergunta Samuel

- estávamos almoçando, Dinho pagou pra mim - sorrio e dou um selinho nele

- IIIIIIIIIHHHHHHHH - Samuel e bento falam em uníssono - TÃO NAMORANDO, TÃO NAMORANDO!

- Calem a boca seus animais, estamos apenas saindo, e pitchula não fala muito não, se não daqui a pouco eles vão pedir pra eu pagar a comida deles - ele fala e se vira pra eles - pobres.

- pobre é você, que semana passada não tinha um real pra comprar pão e ainda por cima teve a cara de pau de me pedir dinheiro - bento fala debochando - e tá me devendo

- Verdade - fala Julio colocando fogo na lenha

- Rapaz, eu vou bater em vocês - Dinho fala dando um peteleco em cada um

E daí começa uma baderna, uns socos chutes, beliscões e aquilo começou a me dar gatilhos e eu comecei a ficar inquieta.

- Para, gente para - falo baixinho, o que quase ninguém escutou - EU DISSE PRA PARAR PORRA! - grito e na mesma horas todos param e ficam me olhando - eu vou pra casa. - digo saindo de Perto deles.

- Ei o que deu nela? - Perguntou samuel - ela tava tão bem e do nada surta, maluca essa sua namorada hein.

- Ela não é minha namorada e para de chamar a garota de maluca, seu retardado - dinho fala e leva um tapa de Sérgio.

- não chama meu irmão de retardado, animal - Julio bate no Sérgio

- Não chama o Dinho de animal, esquizóide - Julio leva um tapa de bento

- aquieta o cu de vocês, crianças - e começa os tapas tudo denovo.

...

Chego em casa e vou logo ver minha mãe, e ela estava dormindo e bem, minha tia já tinha ido embora quando eu cheguei então tava meio suave.
Puta merda, mais que dia, se eu não tivesse conhecido Dinho e deixado ele dormir aqui eu ainda estaria sofrendo mas mãos daquele canalha, que ainda sim é meu pai.

Mas agora, ele está preso e não vai voltar.

𝑨𝒎𝒐𝒓 𝑨 𝑷𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒂 𝑽𝒊𝒔𝒕𝒂 - 𝑫𝒊𝒏𝒉𝒐 𝑨𝒍𝒗𝒆𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora