1. Nova vizinha

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O táxi parou na casa das Chankimha por volta das 17h.

Freen, exausta e quase delirante por causa do estresse das provas finais, pagou o motorista, pegou suas malas e arrastou-as até a porta da frente.

Parte dela só queria deixá-las na varanda. A ideia de arrastá-las escada acima até seu quarto era muito difícil para ela entender.

Parou por um minuto para se preparar para o bombardeio de perguntas de sua mãe. Foi quando ouviu a porta da frente bater na casa ao lado.

Ela olhou e viu uma garota da sua idade carregando uma bolsa de ginástica e uma bola de futebol e jogando-as em um carro.

Ela estava com uma calça moletom larga e um moletom com capuz puxado sobre a cabeça.

Freen não tinha a melhor visão dela, mas não conseguia desviar os olhos.

Como se sentisse que estava sendo observada, a garota olhou para Freen.

Ela deu-lhe um rápido aceno de cabeça antes de entrar no carro e partir.

Freen acenou de volta, mas já era tarde demais antes mesmo de ela processar que a garota a havia partido. Sorriu de sua própria tolice e abriu a porta da frente.

"Mãe?" Abriu a porta da frente e imediatamente se sentiu em casa com o cheiro de panquecas atingindo seu nariz.

"Freen?" Amy Chankimha apareceu da cozinha segurando uma espátula. "Você está em casa" envolveu a filha em um abraço e ajudou a trazer as malas para dentro de casa.

"Panquecas para o jantar?" Freen perguntou entusiasmada.

"Sua favorita" confirmou Amy, enquanto voltava para a cozinha para virar a última panqueca.

"Eu sei que você provavelmente está cansada. Então, teremos um jantar rápido e só vou te interrogar por alguns minutos antes que você possa se instalar. Afinal, temos todo o verão para colocar o papo em dia. Quando eu não estiver no hospital, claro." Freen assentiu e vasculhou suas malas tentando encontrar seu telefone.

"Você já conversou com Nam? Você sabe, ela estava ansiosa para ver você." Amy estava terminando de colocar a calda nas panquecas.

"Ainda não. Vou mandar uma mensagem para ela amanhã. Quando Tee voltar também, provavelmente sairemos todas juntas. Esta noite, eu só preciso dormir." Freen sentou-se enquanto Amy colocava as panquecas na mesa.

Imediatamente enfiou o máximo que pôde na boca. Havia esquecido de comer esta manhã e só agora se lembrou do quanto adorava as panquecas de sua mãe.

"Então, alguma coisa nova e excitante está acontecendo por aqui?" perguntou Freen, com a boca cheia.

"Tenha modos, Freen." Sua mãe teve que rir de como sua filha estava sendo mal-educada.

"E então?" Freen enfiou ainda mais na boca. Amy riu.

"Não, não muito desde o Natal. Mas temos novos vizinhos. Já disse oi algumas vezes. Eles parecem legais, mas na maior parte do tempo são reservados e não parecem estar em casa com muita frequência. Acho que eles têm uma filha da sua idade ou alguém visitando. Eu acabei de vê-la essa semana."

"Sim, acho que a vi quando cheguei aqui." Freen limpou a boca com as costas da mão e se levantou. "Obrigado pelo jantar, mãe. Preciso desesperadamente de uma soneca de quarenta horas." Deu um beijo na bochecha da mãe.

"Boa noite." Amy suspirou e murmurou para si mesma. "Não, tudo bem. Não se importe com aquele guardanapo ao lado do seu prato. Sim, apenas use as costas da sua mão como um bárbaro."

Glances | FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora