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Desde que parei de dormi no estúdio, foi um desafio constante conseguir achar algum canto para ser meu "lar", desde abertura desse Hotel ainda me questiono se a redenção pode ser possível; realmente nunca foi meu propósito ter redenção, mas já ter onde dormi sem pagar é melhor que muitos lugares.
Já fazia um bom tempo que não me acostumava a ficar bem em algum lugar, realmente esse Hotel está fazendo alguma diferença momentânea em mim, sei que não irá durar por tanto tempo, até o Val fazer algo a respeito disso.
Faz uma semana que não trabalho, e ele não para de mandar mensagens e de me ligar como um doido sem dono, eu devia saber que isso me colocaria em risco. Nunca me importei com as consequências de meus atos, se tivesse me importado nem no inferno estaria.
Charlie não quer me deixar sair, só porque tive que participar da guerra de território com minha amiga Cherri contra o Sir Pentious, se continuar assim tenho medo que ele venha aqui e faça algo com eles, não que ele tenha o poder de fazer algo, mas e se ele fizer? Se ele botar em risco eles? Principalmente se ele botar em risco a Charlie? Como vou poder suporta isso? Ela ta tentando me "ajudar", sem algo em troca, se eu não fizer tudo certo e dar tudo errado
*trrrim-trrrim*
O som do toque vinha de meu celular, deixado sobre o travesseiro, virei com calma o celular para ver quem me ligava; era óbvio quem séria, Valentino. Fiquei em silêncio vendo o celular tocar, até a chamada cair em caixa postal, me despertei de meu pequeno transe. Ficar ignorando toda hora essas mensagens e ligações uma hora vai me deixar louco, melhor eu ir pro bar beber um pouco, talvez me ajude a cair mais rápido no sono ou apenas me faça desmaiar e não precisar ficar me preocupado com o amanhã por agora.
Finalmente tomei coragem de sair do meu quarto, quase me tranquei por uma semana devido às perturbações incessantes de Charlie e Vaghata, mesmo sendo boas pessoas; nem Lúcifer seria capaz de suportar elas por um dia inteiro. Me sentia um pouco mal devido a tanto imaginar situações ruins que poderia acontecer por conta de Val.
Não me encontrava tanto no clima de sair de meu quarto, mesmo sabendo que ficar não era a melhor opção, me levantei de maneira calma e meia preguiçosa de minha cama, que no momento se encontrava toda bagunçada, sabia que se fosse arrumar iria bagunçar de novo, então não teria o que fazer diante disso.
Já em pé caminho com tranquilidade até a porta, a abrindo e finalmente saindo do quarto, pelo que lembro já estava tarde e Charlie e Vaghata não iria atrapalhar minha bebedeira, ao descer das escadas já podia ver Husk limpar com calma e cuidado alguns copos, com um pano branco que Niffty podia ter dado a ele; os pequenos barulhos de passos descendo as escadas fazia suas orelhas ficarem eretas um pouco e se retrairam novamente para baixo ao notar que seria Angel que estava lá, com seu humor ranzinza de sempre estava a falar abafados palavrões, fazendo o aracnídeo soltar um pequeno sorriso de canto.
— Huskinho docinho, por que não me prepara aquela sua bebida ? Você sabe como eu me sinto sem suas bebidas, me sinto tão sozinho quanto um puta sem pau — Terminei de falar o encarando, suas bochechas ficavam levemente avermelhadas, me sentei em um pequeno banco que não me deixaria muito mais alto que o balcão; soltei uma pequena risada que abafei com meu palmar sobre a boca, o alcoólatra resmungava ficando quase todo o momento de costas para mim, mesmo de costas preparava minha bebida a colocando sobre o balcão, se virando bem irritado.
— Para de me chamar por essa merda de apelido, se quer tanto uma companhia de rola vai pro caralho e pros quinto dos inferno, se veio aqui pra me irritar, melhor ir embora. Por SATÃ, não sei o que é pior nesse inferno, ter te aturar ou aquele cervo chifru— O via ficar quieto em menos de alguns segundos, um alto feedback de rádio vinha de nossas costas, Alastor teria aparecido em meio as falas de Husk, fazendo o alcoólatra contrair suas orelhas as abaixando rápido, seus pelos se arrepiavam enquanto encarava o cervo pasmo, a maneira como Alastor entrou no saguão realmente me assustou.
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𝘕𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘪𝘯𝘧𝘦𝘳𝘯𝘰 𝘱𝘦𝘴𝘴𝘰𝘢𝘭
FanfictionSe passou alguns dias desde a chegada do aracnídeo drogado ao 𝙷𝚊𝚙𝚙𝚢 𝙷𝚘𝚝𝚎𝚕, com sua chegada a novos desafios, que vão precisar enfrentar, além de que o céu não é um lugar tão bom como imaginava. 𝐴𝑠𝑠: 𝑠𝑒 𝑓𝑖𝑐𝑎𝑟 𝑟𝑢𝑖𝑚, 𝑐𝑢𝑙𝑝𝑎...