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CERCA DE UMA hora se passou, ninguém havia entrado no quarto onde Isabella estava amarrada. Ela parou de gritar e se acalmou um pouco, mas todo aquele pânico voltou quando ela ouviu barulho e Maggie chamando por Glenn.
────── Glenn! Glenn! ── Ela ouviu Maggie gritar, o medo evidente em sua voz.
────── Maggie! Maggie, o que está acontecendo?! ── Isabella gritou.
────── E-eu não sei! ── Maggie gritou de volta, chorando.
De repente, eles ouviram um grito extremamente alto vindo do quarto de Glenn, e depois um silêncio total.
Isabella tentou se libertar mas não adiantou, as amarras estavam bem ali e ela só se machucou ainda mais.
Merle de repente abriu a porta do quarto.
────── Deixe-me sair, idiota! ── Isabella gritou.
Merle riu e colocou a ponta da lâmina contra a garganta dela. ────── Nah, ah, garotinha. Você vai me dizer seu nome e onde diabos está meu irmão e seu acampamento.
────── Eu não vou te contar nada. ── Isabella falou com firmeza, fazendo Merle pressionar ainda mais a lâmina.
────── Diga-me, caso contrário, os pombinhos vão virar comida de zumbi. ── Merle disse com os dentes cerrados.
Isabella soltou um suspiro e olhou para ele. ────── Uma fazenda. ── Ela mentiu.
Merle acenou com a cabeça por um momento, sorrindo e esfregando o queixo, ele se virou e Isabella fechou os olhos de alívio.
────── Mentira! ── Ele gritou enquanto se virava para trás, passando a ponta da faca no olho direito de Isabella, fazendo-a gritar de dor. O golpe não foi no olho real, apenas na pele ao redor, mas ainda assim doeu demais.
Ele apontou a faca para o olho direito de Isabella, mirando na pupila. ────── Agora vou te dar mais uma chance...
Os olhos de Isabella se arregalaram ao ver a ponta, o sangue já escorrendo em seu olho direito. ────── A prisão! ── Ela gritou. ────── Vamos ficar na prisão.
Merle deu um passo para trás, afastando a mão que segurava a faca. ────── Boa menina... escolha certa.
Assim que Merle saiu da sala, ela ouviu vozes de Maggie. Uma voz que parecia muito familiar, uma voz que parecia a de seus tios. Ela podia ouvir Maggie chorando e fungando, fazendo Isabella abaixar a cabeça desesperadamente.
Isabella manteve a cabeça baixa, o queixo firmemente pressionado contra o peito enquanto a porta se abria novamente. ────── Bem, bem, bem, devo dizer, senhorita, você realmente nos fez um favor aqui. ── O homem disse antes de caminhar até ela, agarrando seus cabelos e levantando sua cabeça.
