Convite

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Acordei cedo no outro dia, estava muito pensativa. Me levantei e fui até a varanda do quarto e o dia estava amanhecendo.

Devagar fui até minha mala, troquei de roupa e saí do quarto em silêncio para não acordar Felipe.

Assim que cheguei a área externa do hotel, me sentei na grama e fiquei refletindo. Não conheci meu pai nem convivi com ele por culpa da minha mãe.

Nunca entendi o porque dela ter cismado com ele. Meu pai não era um homem mau, ele era bom, sabia respeitar as pessoas, tinha pureza no coração. Não entendo o porque dela não gostar mais dele e ter me afastado tão bruscamente assim do lado dele.

Meu pai era incrível, e mesmo que eu não tivesse contato com ele, ele sempre estará no meu coração e eu sempre vou amá-lo muito.

Me lembro de uma vez que estava lendo o jornal, e tinha saído a notícia do casamento do meu pai, confesso que quando vi não acreditei muito, mas com isso, achei que ele havia se casado com uma mulher mais ou menos na faixa etária dele, não com uma mulher igual a Angélica (ok, eu julguei ele sim e principalmente ela). Angélica era jovem, parecia ser apenas cinco anos mais velha que eu, ela era linda, quando a vi ontem, meus olhos se perderam no corpo dela e eu senti que ela também estava me olhando.

A voz calma dela me fez ficar bem, e eu não sei porque estou sentindo essas coisas. Eu nunca tinha sentido essas coisas, não senti arrepios nem quando conheci Felipe. Porque com ela era assim?

Essa pergunta eu nunca ia conseguir responder. Olho pras águas do mar e logo sinto meu celular tocar. Acabo atendendo sem nem ver quem é.

Alô. — Atendo ao telefone, e assim que a voz do outro lado fala, um sorriso brota em meus lábios sem minha permissão. — Oi Mia, é a Angélica, tudo bem? Espero não ter te acordado. — Ela diz com a voz tímida e eu logo respondo. — Não se preocupe, eu já estava acordada, precisa de algo, você está me ligando muito cedo. — Eu queria te convidar pra ficar aqui esses dias. — Ela diz diretamente sem delongas e eu solto um suspiro surpreso. — Sei que provavelmente você deve estar estranhando, mas é que eu não sou chegada a rodeios, eu gosto de ir direto ao assunto, e como a leitura do testamento do seu pai é amanhã, queria saber se você quer ficar aqui, seria mais fácil pro Abel. — Não sei porque mas a possibilidade de estar no mesmo lugar que ela me deixava muito nervosa. — Eu posso pensar?— Pergunto e ela responde um sim muito firme. — Sim, fique a vontade, não vou te pressionar, tenha um bom dia. — Antes que eu possa dizer algo, ela desliga o telefone.

Jogo o celular na grama e começo a refletir. Será que eu deveria ficar esses dias na casa do meu pai?

***

Quando chega a hora do café, vou a buffet de comida, coloco algumas frutas no prato e pego um suco me sentando a uma das mesas.

Logo Felipe aparece em minha frente e se senta a mesa.

— Fiquei preocupado com você, quando acordei você não estava na cama. — Felipe diz e eu olho nos olhos dele. — Desculpa, eu fiquei sem sono e desci até a piscina do hotel. — Digo e ele me olha preocupado, porém não responde nada.

Durante todo o café fico refletindo sobre as coisas . Será que devo ir pra realmente pra casa do meu pai? Será que devo ficar perto da Angélica?

Minha madrasta sensual Onde histórias criam vida. Descubra agora